quarta-feira, 18 de julho de 2007

Até o rádio "se esqueceu" do Pan

Fica para um outro dia os rasgados elogios que iria fazer a cobertura que a Band News FM estava fazendo dos jogos Panamericanos. Em determinados momentos, a equipe sob o comando de Luis Megali, no Rio de Janeiro, chegava a transmitir as finais do Tae Kwon Do, nos quais ganhamos 4 medalhas. Enquanto isso, a CBN emitia apenas alguns boletins burocráticos a cada meia hora, sem ao menos informar o quadro de medalhas atualizado.

No dia em que ganhamos mais medalhas de ouro e chegamos ao terceiro lugar, quis o destino que uma grande tragédia se abatesse sobre São Paulo - a queda do avião da Tam sobre um prédio da própria companhia nas proximidades do aeroporto de Congonhas -Como era de se esperar, o acidente tirou os holofortes da Imprensa sobre as competições do Pan.

E é por isso, que nessa hora de comoção, que estendo esses agora discretos elogios a todas as emissoras que, diante do desastre aéreo, pararam tudo o que faziam e vararam madrugada a dentro dando todas as informações relevantes a seus ouvintes, tal como fez a Jovem Pan FM e a Eldorado FM, por exemplo.

Além de ter mandado sua programação normal para o espaço, as "Jovens Pans" - AM e FM - mandou toda sua equipe de repórteres para rua e para os principais pontos de interesse, acionou correspondentes em Porto Alegre e Brasília, monitorou a imprensa internacional e as agências de notícias, etc. Como era de se esperar, as duas emissoras fizeram jus ao seus slogans "a Jovem Pan não é só audiência. É também referência." Tá explicado.

2 comentários:

Anônimo disse...

Parar tudo para uma cobertura importante é, pra mim, obrigação tanto das grandes emissoras de rádio quanto de televisão. É a prestação de serviço, o engajamento em levar a informação mais atualizada, mais apurada... tendo o bom senso de deixar o entretenimento em segundo plano (quando o fazem).
Da mesma forma que eventos como os jogos panamericanos poderiam ser melhor aproveitados por algumas emissoras, por darem certa "vida" à programação normal. Essa rotina que a Rede Globo tanto gosta (aquela que faz com que o Carnaval de São Paulo espere o Globo Repórter acabar, por exemplo) é cansativa e burocrática.

É óbvio que a cobertura da tragédia de ontem foi grandiosa, em alguns casos, porque as emissoras acham que agreva valor à imagem do seu jornalismo essa presença atuante... a TV Band fez vinhetinha, criou nome pro "evento" ("Sala de Emergência"), colocou o Datena pra repetir 300 vezes cada informação... mas sempre é válida a cobertura "intensa" dos eventos, bons ou ruins.

Anônimo disse...

P.S.: Sempre é válida a cobertura "intensa"... mas esqueci de dizer que o exemplo sensacionalista da Band que eu dei é a exceção! ;)