quinta-feira, 30 de novembro de 2006

Essa (banda) não é para tocar no rádio

Veja agora um exemplo de uma banda brasileira que virou notícia lá fora, mas que mui provavelmente nem ouvirá suas músicas serem tocadas na maioria das emissoras de rádio jovens tupiniquins.

Banda brasileira vai a Londres para final de concurso da BBC

Sete bandas, entre elas a santista Sweet Cherry Furry, foram selecionadas no concurso Generation X, organizado pelo Serviço Mundial da BBC com o objetivo de revelar o melhor grupo jovem do planeta. Mais de mil bandas e artistas de vários países que ainda não assinaram com uma gravadora se inscreveram.

As únicas regras estabelecidas pela organização eram que os integrantes deveriam ter 18 anos ou menos e entrar na competição com músicas originais. Na próxima semana, os sete conjuntos vão a Londres tocar nos estúdios de Maida Vale. Entre os 22 jurados que vão escolher a melhor banda, estão três brasileiros: o cantor Ed Motta, o mutante Sérgio Dias e o editor da revista Bizz, Ricardo Alexandre. (BBCBrasil.com)

quarta-feira, 29 de novembro de 2006

A revolução na audiência teen

Nos últimos dias, o glutão Grupo Bandeirantes de Comunicação diz estar travando uma guerra suja promovida pela Editora Abril por uma certa hegemonia no mercado de comunicação televisivo focado no público jovem. Diz o grupo sediado no Morumbi que a Abril, sócia da operação brasileira da MTV - emissora cujo target está voltado para o público adolescente - está melindrada com entrada da rede 21 neste setor com a programação da Play Tv, cujo sócio é a Gamecorp, de Fábio Luís Inácio Lula da Silva, filho do presidente da República.

Nessa história toda, sobram acusações de que uma estaria com medo da concorrência direta e assim usa seus veículos de comunicação junto com o seu poder de persuasão para amedrontar futuros patrocinadores. Do outro lado, vem as denuncias não comprovadas de que o concorrente estaria se beneficiando do novo sócio para usar seu poder de influência sobre empresas estatais que são grandes anunciantes, entre outros diz-que-diz e choramingos. Tudo "denunciado", nada comprovado.

Picuinhas corporativas e televisivas à parte, a verdade é que, no rádio AM/FM, esses mesmos personagens travam uma guerra muda pelo filão da audiência teen, cujo mercado de consumo é promissor e atrai os cada vez mais escassos grandes anunciantes de rádio. Comenta-se por aí que a ex- Rádio Brasil 2000, emissora educativa da Universidade Anhembi Morumbi, teria sido comprada, pela MTV Brasil, que pretende transformá-la no braço radiofônico do canal de tv. Ao longo deste ano, a Music Television brasileira começou a investir em internet e passou a produzir conteúdo exclusivo para o seu novo site MTV Overdrive, que também inclui o melhor da programação. Segundo alguns especialistas em mídia, é uma tentativa de estar presente em todas as mídias que seu público alvo frequenta: TV, Internet, rádio FM, celular. Há quem diga que, com medo de um certo estranhamento do mercado, a Abril poderia "comprar" a ex-Brasil 2000 e transformá-la num braço radiofônico da Revista Bizz, também de sua propriedade. Há pouco mais de um ano essa publicação foi "ressuscitada", mas com um viés multimídia: revista e internet e o que mais aparecer pela frente.

Criada em 1985, a Rádio Brasil 2000, de São Paulo, foi ao longo destas duas décadas pivô maior de suas crises. Teve um início cambaleante, cuja programação musical oscilava entre o pop, o popular e o popularesco. Na década de 90, sob o comando de Roberto Miller Maia, ganhou prestígio e credibilidade junto ao público jovem. Mas o lucro e faturamento não vieram dado à baixa potência de seus transmissores. Com a saída de Maia, a crise de identidade se instalou junto com equipamentos mais potentes. Grandes nomes do mercado - e alguns medíocres também - se revezaram no comando da emissora. O prestígio e a audiência subiam ou desciam conforme a competência do diretor de plantão.

Em certa época, a emissora da Anhembi Morumbi retransmitiu o horário nobre da Rádio Bandeirantes AM pelo custo estimado de R$ 70 mil por mês. Dizia-se na época que era o primeiro passo para a Band adquirir a Brasil 2000 e transformá-la em Bandsports FM, braço radiofônico da emissora homônima de TV por assinatura. Tal profecia não se concretizou.

Em passado recente, o grupo Band adquiriu a lendária 89 FM, a rádio rock. Segundo comantava-se então, é que a idéia era transformá-la em Play FM, uma extensão da Play TV. Até o momento esse projeto não se concretizou. Em contrapartida a 89 mudou sua programação, investindo numa grade musical pobre e sem imaginação, visando brigar com redes de maior fôlego como a Mix, a Transamérica, a Jovem Pan e nanica e insignificante Metropolitana.

O grande filão teen e as nova tecnologias

O público que vai hipoteticamente dos 14 aos 29 anos é muito promissor para o mercado de consumo. É justamente aquela faixa que escolhe o que quer para si, mas ao mesmo tempo "lê" a opinião de seus pares e de suas referências, buscando uma identidade aos seus iguais. Ao sair dessa faixa, os consumidores desse target tornam-se adultos com poder de compra. Ganhar a confiança de um público dessa nesta hora pode significar possuir um cliente para o resto da vida, se ele for bem trabalhado.

Os adolescentes atuais possuem uma grande diferença dos de décadas passadas. Eles podem ter acesso à interatividade por meio da internet, comunicação celular, etc. Isso era impensável até para jovens que viviam na década de 90. A interatividade mudou os conceitos do mercado, sobretudo o do mercado "teen". O ouvinte / telespectador / leitor deixou de ser mero receptáculo de conteúdo e passou a consumir e selecionar muito mais informações e a produzir também.

No caso do rádio, podemos dizer que Excelsior, Difusora, Tamoio e Mundial, emissoras musicais AM de grande sucesso na década de 70, cuja principal função era despejar conteúdo e ditar a moda musical, são impensáveis hoje em dia. Até poderiam dar certo comercialmente, mas talvez não tivessem prestígio ou credibilidade. Esse tipo de programação começou a dar sinais de fadiga a olhos vistos.

Com a derrocada da ditadura militar e a chegada das FMs, tudo levava a crer que novos tempos se instalariam nas ondas do rádio nos anos 80. Mas a crise econômica e fatal falta de visão do meio publicitário e dos comandantes desta nova mídia, levaram o rádio para o atraso. A ordem era martelar um sucesso até ele se desgastar. O jabá corria solto e as grandes gravadoras multinacionais impunham o que o consumidor iria ouvir e comprar, uma vez que eles eram os grandes produtores de música sem concorrentes.

Lentamente, criou-se uma geração de profissionais acostumados a não inovar, a não pesquisar, a não criar e a não aprender sobre a principal matéria prima de seu trabalho: a Música Pop. Ao menos na década de 70, os profissionais de rádio, mesmo com poucos recursos, se esmeravam em aprender mais sobre música, apesar da censura e da minúscula produção de então. Os poucos profissionais que teimaram e não sucumbiram à "má formação" da maioria, acabaram indo para a mídia impressa, ou conquistaram espaços minúsculos mas altamente importantes de resistência em alguma FM independente de baixa potência, mas de muita garra. Boa parte da audiência, aquela que ansiava por novidades, cobrava criatividade dos profissionais de então, saiu frustrada da década perdida, com um sentimento de derrota nos ouvidos. Eles não conseguiram o espaço suficiente no rádio para expressar suas idéias, muito menos dominar os meios de produção da música, manifestação artística que lhes é tão caro e que fala direto aos seus corações.

A década de 90 traz o Brasil toda a desilusão de um presidente almofadinha, equivocadamente eleito pelo povo. E também a Music Television. Rapidamente a MTV assumiu o posto de "referência na moda musical" do país, posto este que pertencia às FMs de um modo geral. Os gênios da rádio - aqueles que na década anterior contribuíram enormemente para a queda da qualidade radiofônica - decretaram que a ordem agora era segmentar, uma vez que o surradíssimo modelo de "broadcast" americano apontava para isso também nos EUA. Como não poderia deixar de ser, a segmentação foi deturpada em terras tupiniquins. Simplesmente separaram as emissoras de rádio por gênero de programação que transmitiam, e não por tipos de público alvo. Afinal para que fazer o ouvinte pensar por meio de uma identificação com a sua rádio predileta, não é mesmo? Foi o fim da diversidade musical, último traço de vida inteligente no rádio herdado dos anos 70.

Como foi dito, a falta de visão dos homens de rádio, foi minando a qualidade do veículo aos poucos. Alguns até apostavam que o rádio sumiria de vez com as novas tecnologias. Para felicidade dos ouvintes e órfãos dos anos 70 e 80, tudo saiu ao contrário. Nenhuma mídia se beneficiou tanto da parceria com a internet e a telefonia celular como o rádio. Novas formas de transmissão de rádio foram criadas dentro da web. Aos poucos, quem apenas lamentava ou se contentava em "consumir" as sobras culturais das rádios FM musicais de agora, passou para atividade e montou sua própria programação de rádio. Emissoras literalmente virtuais criadas em "fundos de quintal" começaram a competir de igual para igual com rádios convencionais. Em favor destes pequenos empreendedores, a vontade de mexer com essa mídia, o gosto pelas ondas hertzianas e a experiência acumulada em outros campos de atuação. Músicos, jornalistas, especialistas em informáticas e leigos começaram a produzir coisas novas e novas formas de linguagem para o rádio. Passou a ser emissor e destinatário de si e de outras emissoras virtuais ou não.

O público "teen" mais acostumado ao uso destas novas ferramentas, foi o primeiro a entrar de cabeça. O rádio, comandado por gente atrasada e sem visão, percebeu e começou a perder ouvintes aos montes. Aquele jovem que décadas atrás se resignava apenas a ouvir e consumir a música que lhes era imposta, de repente, sumiu. O FM deixou de ser referência na hora do ouvinte escolher o que vai ser a sua trilha sonora pessoal. Okut, My Space, Trama Virtual, Itube, Google, MSN Messenger, entre outros portais e ferramentas, passaram a ser o referencial de música em quase todos os gênero. Grandes hits começaram a ser forjados em ringtones de celulares para depois caírem em algum site especializado e daí sim, ganhar as decadentes lojas de CD e FMs "campeãs de audiência". Hoje em dia é comum ver bandas novas criarem seus sites, com direito ao internauta baixar as músicas do grupo, antes mesmo de eles lançarem o primeiro CD. Outros artistas disponibilizam obras inteiras ao seu público de forma totalmente gratuita. Assinando serviços de podcast ou RSS, o usuário recebe automaticamente atualizações de todos os sites ou rádios virtuais que costuma ouvir, sem se preocupar em ter de visitar as urls todos os dias.

Apesar desse admirável e desconhecido "mundo novo" o rádio de um modo geral, sobretudo aquele que quer se voltar ao público jovem, insiste em permanecer na idade média do "broadcasting". Timidamente, estações voltadas ao jornalismo - CBN, Bandeirantes, Band News FM, Eldorado, Gaúcha, usam algumas destas ferramentas para colocar à disposição dos ouvintes os seus principais programas, quadros e atrações para aquele que não pode acompnhar a programação ao vivo em tempo real. Revistas especializadas em música, esporte, notícias incrementam seus sítios com gravações e programaetes de rádio que complementam ou até atualizam suas edições impressas. As rádios "teens" - objeto de nossa análise, por terem uma programação musical totalmente anacrônica e superada, não consegue sucesso com o uso dessa implementação. O prbolema é que maioria continua no atraso, há 20 ou 30 anos. Não chegaram à era da internet ainda. Os recursos que disponibilizam em seus portais não atraem ninguém. Não há uma interatividade verdadeira entre eles e os ouvintes porque o Jabá - prática abominável que, por ironia do destino, foi esvaziada pela pirataria contra as grandes gravadoras - não tem como imperar onde o destinatário tem voz ativa.

Emissoras como a 89, Fluminense, Rádio Cidade (Rio) que não compreenderam essa nova relação mercado / consumidor vão sumir sem deixar rastro ou saudade. Grandes redes como Transamérica, Mix, Jovem Pan, Atlântida , vão evaporar, caso não se integrem aos novos tempos. Aos poucos, a ditadura das FMs vai minguando. Novos conceitos de rádio - como a Oi FM, uma emissora voltada exclusivamente para o público da operadora de celulares Oi - levam a sério a relação rádio/internet/ouvinte/internauta e e expandem seu mercado de telefonia usando inteligentemente o rádio como ferramenta de marketing. Emissoras virtuais como a Hype, Fênix, Pool web radio, Rádio Mundo Rock, se especializam em nichos de mercado, com públicos altamente qualificados, não disperdiçando um byte sequer para atingir seu target, como é do gosto do anunciante de rádio. Ainda não foi dessa vez que o estrábico mercado publicitário enxergou esse apuro de audiência. Se não começarem a pesquisar o quanto antes, vão perder clientes também.

É engano dizer que na pré-historia da internet que ainda vivemos, todas estas constatações caem por terra porque o número de internautas é pequeno. Mentira! O número de aparelhos domésticos pode ser ainda pequenos. Mas o acesso à rede mundial de computadores aqui no Brasil é mais facilitado do que se imagina: Lan Houses que cobram R$ 2, 00 a hora de uso nas periferias das grandes cidades e nas cidades do interior distante; Centro de consulta digital instalados em instituições de ensino privados e públicos; terminais de consulta gratuitos em diversos locais públicos; as facilidades de crédito para aquisição de computadores domésticos em lojas do grande varejo; tudo isso contribui mais do que se imagina para a tão propalada "inclusão digital".

Em suma, a responsabilidade dos que trabalham em rádios dita jovens torna-se enorme: ou eles mudam essa postura de não ousar, não arriscar, não tentar e venerar o status quo do jabá em que vivem desde a idade média, ou nem mesmo o rádio digital que vem por aí salvará o lixo sonoro imposto aos ouvidos adolescentes.

segunda-feira, 27 de novembro de 2006

Devotos, do Recife, em alto e bom som, no Rota 77

Os punks pediram, os punkabillies imploraram, os hardcories suplicaram, os crusties solicitaram e o resto da galera EXIGIU!!!! Ele está de volta: Rota 77 - Rock da Periferia. O primeiro programa de Punk Rock da Internet Brasileira voltou com força total!!!!!

E para marcar esta volta, remixamos e remasterizamos o nosso especial de aniversário com a lendária banda Devotos, de Recife. São 20 anos do melhor do Punk Rock com o melhor som da web, gravado no Noise Factory (Estúdio do Jacó), o melhor estúdio Hardcore do Brasil, para você baixar e ouvir no seu MP3 player, ipod, ou para gravar e ouvir no seu CD Player.

EXCLUSIVO PARA OS OUVINTES DA RÁDIO MUNDO ROCK E LEITORES DO PORTAL RÁDIO BASE!!!!!! ACESSEM, ACESSEM, ACESSEM!!!!!!

Programa Rota 77 - Rock da Periferia
Produção e apresentação: Marcos Ribeiro e Barata
http://www.programarota77.com

na Rádio Mundo Rock,
http://www.radiomundorock.com.br

no Portal Rádio Base,
http://www.radiobase.org

e no Portal DZK,
http://www.bandadzk.com

Barata do DZK
Programa Rota 77 - Rock da Periferia

sexta-feira, 24 de novembro de 2006

Artigo - Santa Música

* Ricardo Sá

Historicamente, há quem alegue que a música nasceu na igreja e, sendo assim, necessita sempre ser ouvida e pensada como algo sagrado. Mas há, também, aqueles que justificam certos abusos dizendo que a música é muito mais coisa do corpo e da mente, do que da alma. Ou seja, não tão divina.

Em um cenário diversificado como o brasileiro, a música cristã vem ganhando cada vez mais importância e espaço, já que não há limites para a criação. Ganhou adeptos, ritmos distintos, bandas e grupos, fãs, ídolos, e um movimento predominantemente adolescente. O número de emissoras religiosas ou não que transmitem ou abrem espaço para esse nicho cresce a cada dia, comprovando a evolução do contato com Deus através dos sons. Tem-se impressão de que o véu está se abrindo. Na prática, por razões que impactam a sociedade, as pessoas procuram cada vez mais um sentido para a vida, uma razão para viver e crer na felicidade. Estamos todos barulhentos demais em nosso interior para fazer silêncio, intensamente agitados para ouvir uma palavra confortável, e cansados demais para ser capaz de dar espaço ao novo e sobrenatural.

Aí está o espaço cativo da música cristã, com sua qualidade e habilidade para dizer à alma o que os ouvidos já tensos repelem. O que as pessoas não são capazes de ouvir apenas pelas palavras, canções ajudam a penetrar o coração, aliviar os medos, diminuir a desconfiança e, quem sabe até, fazem com que se possa distinguir a palavra que até aquele momento era confundida com o barulho de sempre. A música é um instrumento capaz de preparar o terreno do coração para que se ouça a palavra de conforto, ou de Deus. A mensagem ainda pode chegar ao coração daquele que, mesmo no meio da multidão, é único aos olhos de Deus e pode, através de uma experiência pessoal, descobrir e comprometer-se com uma nova maneira de viver. É a terapia da alma e o conforto do coração.

* Ricardo Sá é músico, cantor, apresentador da TV Canção Nova e ministro de música da Comunidade Canção Nova

segunda-feira, 20 de novembro de 2006

Fonte de inspiração? Eu?

Boa tarde, Marco Antonio!!
Primeiramente, gostaria de saber se este é o email do Marco Antonio Ribeiro,
editor do Rádio Base. Seguinte: Você não me conhece, por isso farei uma breve apresentação. Meu nome é João Henrique Marques, sou jornalista, e resido na cidade de Santos, local onde trabalho. Como cheguei até você?? Estive em contato com o jornalista Milton Jung, onde falei de minha paixão pelo veiculo. Ele respondeu para que eu entrasse em contato com o Zalo Comucci, e lhe mostrasse meu trabalho.

Estava atrás do contato do Zallo, e na internet me deparei com o seu texto
http://br.geocities.com/radiobase2000/escritos/esqueamo.htm
Cara, eu me identifiquei muito com este texto. Na verdade é tudo que eu imagino que pudesse acontecer comigo. "Depois de falar com o Celso, saí pela rua das Palmeiras afora todo irradiante. Havia acertado na loteria, na loto e na sena juntos." Este parágrafo aqui, eu vivo fantasiando.

Marco, sou um apaixonado por rádio. E atualmente trabalho na agência RF7 (Do Reinaldo Gottino), além de ser o setorista do Santos para a equipe esportiva da Tropical FM (do Marcelo di Lallo e do Valmir Jorge).

Não estou incomodado com a falta de dinheiro. Até porque para conseguir esses serviços que me proporcionam prazer, tive que largar áreas onde estava me saindo melhor, fui editor do Jornal A Bola, e correspondente em Santos, para a Gazeta Esportiva.

Entretanto, almejo vôos mais altos, e um dia possuir uma história como a sua. Até aproveito a oportunidade, para pedir que, caso saiba de alguma vaga em uma grande rádio de São Paulo, me avise, por favor. Vou que nem um louco atrás. E espero um dia chegar lá.

Um grande abraço,
Marco, parabéns por sua carreira.
Ass: João Henrique

Que fim levou Thiago DJ?

Que fim levou Thiago DJ, ex-produtor da 89 FM, do Tarja Preta, do Bate Cabeça e de outras atrações daquilo que um dia foi a "Rádio Rock"?

Para a sua sorte, ele elvou o mesmo fim que a gente: montou seu pod cast no Podomatic e criou o programa Pogo na Rádio Mundo Rock. LEVAMOS MAIS UM PARA IRMANDADE!!! OBA!!!

Programa Pogo - http://pogo.podomatic.com

sexta-feira, 17 de novembro de 2006

Mulheres invisíveis vão sumir de vez. E já vão tarde!!!!

Alô, fãs do programa Mulheres Invisíveis, da Rádio Globo. O programa vai para o saco. A partir de 1° de dezembro, a atração sai do ar e em seu lugar entra Roberto Canázio, uma voz marcante da extinta Rádio e Tv Manchete, e que atualmente estava na Rádio Tupi do Rio.

Engana-se quem acha que Marlene Mattos vai parar de meter o bedelho na Rádio Globo com seus "projetos". Não, não será desta vez, pelo que se comenta na rádio corredor.

Até que enfim alguém se tocou lá na Globo de que Rádio se faz com gente do ramo, não com celebridades televisivas ou amigas que ninguém sabe de onde vieram, ou que tem seus talentos escondidos sob nomes ridículos de programas.

Ufa, uma boa notícia de fim de ano, hein!!!

terça-feira, 14 de novembro de 2006

Uma rádio Venenosa no arrrrrrrrr.................

Sob o comando de Selma Boiron, está no ar a Venenosa FM, a mais nova - se não a única - rádio FM especializada em Rock'n Roll do Rio de Janeiro. Se tudo der certo, vai ser um refúgio para órfãos da Federal AM, Eldo Pop, Fluminense FM e tantas outras que foram injustamente assassinadas pelos asnos radiofônicos de plantão.
Anote o site: http://www.venenosafm.com.br

Ou ouça em nossa tabela de links aí ao lado, ok?

sábado, 11 de novembro de 2006

Cid Barboza e suas "pequenas" compras

Lançamento do livro REVOADA, a poesia cáustica do jornalista Cid Barboza.
Dia 21 de novembro de 2006, às 19h
no Bar Chopp & Cia, Rua Guatapará, 191 – Estação Conceição do Metrô – ao lado do Centro Empresarial do Aço.

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Nada é mais cruel do que trabalhar numa redação de rádio de madrugada. Nada é mais divertido do que trabalhar de madrugada na redação da Rádio CBN ao lado de Cid Barboza e Haisen Abaki. O volume de trabalho é certo, mas a s risadas também são garantidas. Principalmente se você estiver trabalhando também ao lado de figurinhas improváveis como Cláudio Lovatti, Wilson França, Jair Marcos, Israel de Freitas, Paulo Rodolfo Lima, Jonas Rosa, Favotto Júnior, Paulo Roberto Martinelli e, o inesquecível Nilton "Leão da Montanha" José.

Principalmente quando num belo sábado, Cid Barboza, Jair Marcos "Cover", Willian José Sartori e eu fomos escalados para uma bela noite de plantão. Findo o Jornal da CBN de saábado e o serviço na redação, rumamos os três - o Sartori havia largado o serviço algumas horas antes - em direção ao Metrô. Eis que no meio do caminho, nosso dramaturgo, poeta, escritor, repórter e professor de jornalismo resolve passar em um supermercado ali mesmo na rua das Palmeiras para comprar umas "coisinhas para casa". Solidários, Jair e eu resolvemos esperar. Cinco minutos e nada de Cidão. Dez minutos, quinze minutos, trinta minutos. Quando já estávamos ligando para a rádio a fim de dar uma nota de desaparecimento do nosso excelso colega, eis que ele surge cheio de sacolas penduradas pelas mãos: "Ô, rapaziada, me dá uma força para eu levar estas coisas até o Metrô", solicitou inconteste.

Confesso que devem ter sido as sacolas de compras mais pesadas que carreguei. Pelo menos num sábado, 10 horas da manhã, sol quase a pino em plena Rua das Palmeiras e morrendo de sono. "Poxa, Cid, ainda bem que só comprou umas "coisinhas". Já pensou se fosse a despesa do mês? A gente iria ter que pedir para algum amigo do Calé descolar um caminhão, hehehehe", observei cinicamente. "É, acho que a patroa vai chiar porque não deu pra trazer aqueles sacos de 5 Kg de arroz que estavam em promoção nesta loja aqui", lamentou ele.

Após conseguirmos ultrapassarmos as barreiras do metrõ, finalmente conseguimos entrar num vagão rumo ao Jabaquara e sentar com aquelas "comprinhas". Curiosa, uma velhinha sentada ao meu lado me questiona: "Nossa moço, a essa hora já fizeram despesa?". "Não minha senhora", respondi, " a gente só está ajudando o nosso colega repórter aqui a carregar umas comprinhas que ele fez, quando a gente saiu do serviço agora de manhã. "Vocês trabalham na Globo?". "É sim, como a senhora sabe? Dá para perceber?". Antes que ela pudesse responder, um garoto de 10 anos sentado ao seu lado, provavelmente seu neto, disparou: "É, vó, bem que mãe vivem falando que esses povo de televisão ganha dinheiro pra chuchu". Achei muita graça naquele raciocínio do garoto e fiquei imaginando: se o Cid que era um humilde repórter da Rádio Globo fez umas "comprinhas" daquele tamainho, imagina o tamanho da despesa na casa do doutor Roberto Marinho, nosso finado ex-patrão, hein???

Sexo pelo sexo: conseqüências além da Vida

Traição, liberdade e compromisso, culpa e resgate, lar e reencarnação... Em cena, duas famílias desajustadas tragicamente unidas por sentimentos conflitantes de Amor e de ódio, alimentando motivos e sofrendo conseqüências. Tudo isso está na radionovela Sexo e Destino, que estréia no dia 13 de novembro (segunda-feira), às 16 horas, na Super Rede Boa Vontade de Rádio (Super RBV), para todo o Brasil e o exterior.

Baseada na obra literária homônima do Espírito André Luiz, que foi psicografada por Francisco Cândido Xavier (1910-2002) e Waldo Vieira e teve os direitos autorais gentilmente cedidos pela Federação Espírita Brasileira (FEB), a radionovela narra acontecimentos materiais sob a influência dos chamados “mortos” e todo o esforço dos Espíritos de Luz, ou Anjos da Guarda, para afastar as pessoas do domínio de obsessores espirituais. São descritos, com riqueza de detalhes, o Mundo Espiritual e seus habitantes, mas, principalmente, exemplificadas as relações entre causa e efeito, que modificam a trajetória evolutiva tanto dos seres encarnados quanto dos desencarnados, delineando, assim, seu futuro.

A radionovela é uma iniciativa do jornalista e radialista Paiva Netto e reúne, sob a direção artística da atriz Arlete Montenegro, os maiores nomes da dublagem de superproduções de Hollywood, que imprimem emoção e calor humano aos personagens reais dessa comovente história. Sexo e Destino faz parte de uma série de radionovelas já produzidas pela Super RBV, entre elas as minisséries Nosso Lar, Há 2000 Anos e 50 Anos Depois. Os capítulos serão transmitidos diariamente às 16 horas e terão reapresentação especial às 23, 2 e 8 horas.

Mais informações pelo tel. (11) 3358-6800 ou pelo site www.redeboavontade.com

sexta-feira, 10 de novembro de 2006

Daniel Daibem e os vinis da Xuxa que não estragam

Agora a pouco ouví uma história que o locutor Daniel Daibem, da Rádio Eldorado, contou no ar que foi sensacional.
Ele anunciou, no começo do bloco das 18h, George Benson. Depois, disse que não tocou porque não achou o CD. "Não tinha CD pior pra perder??", reclamou Daibem.
Isso o fez lembrar de uma história da infância. Disse que tinha vinis da Xuxa em casa e os raspava na calçada. Os vinis do inferno (vinis do inferno eu pus por conta própria, ok?) não riscavam de maneira alguma. Mas era só encostar a agulha nos vinis do Pink Floyd que já era!!
Em que outra rádio o locutor tem a liberdade de contar uma história dessas ou de falar um pouquinho a mais do que a programação recomenda? Difícil, não??
Ainda sendo o Daibem... esse faz o final de tarde feliz.

quarta-feira, 8 de novembro de 2006

Ricardo Sam deixa a Rádio Fenix

Criada a quase três anos, a Rádio Fenix - a rádio dos brasileiros no Japão - fica sem o seu coordenador artístico, Ricardo Sam.
Também locutor da Rede Transamérica Pop, Ricardo Sam assumiu a coordenação da webradio com o intuito de aproximar o brasileiro que mora no Japão da sua terra natal.
Ainda não há um nome para substituí-lo.

segunda-feira, 6 de novembro de 2006

Podcasting é o poder do rádio - 2 - a missão

Cansado de esperar que estas rádios que estão aí façam uma programação segundo o meu gosto musical, segui o exemplo do nosso amigo Marcos Lauro e fiz meu próprio pod cast. O Vitrola do Janja. Meia hora de música sem vinhetas, sem intervalo comercial, para você ouvir no seu computador ou baixar para ouvir no seu Ipod (ou Mp3 player portátil) E aí vai o playlist desta edição

Vitrola do janja - nº2
Michael Jackson - Off the wall
Poussez - Never gonna say goodbye
Fagner - Noturno
Basement Jaxx - Cish Cash
Guto C - Infinito Paraíso
Public Image Limited - This is a not love song
U2 - Beautifull day

Vitrola do Janja - http://vitroladojanja.podomatic.com

Se você tiver algum podcast em algum canto da internet e quer que o pessoal ouça, mande o link junto com o playlist do bicho para vitroladojanja@gmail.com

E passa a régua

Rádio MTV vem aí


A MTV, emissora de televisão ligada à Editora Abril, prepara mais uma ampliação, vislumbrando uma nova transmissora de rádio FM. O canal já tem braços no mercado editorial, com a Revista MTV, e de Internet, com o portal Overdrive e começa a seguir a versatilidade do multimídia Grupo Abril.

A emissora jovem deu os primeiros sinais de seu novo sonho com o VMB 2006, que foi retransmitido pelas rádios 89 (São Paulo), Oi (Rio de Janeiro) e Atlântida (Porto Alegre), todas do FM. Nesse novo projeto, no entanto, as parcerias seriam deixadas de lado; a Rádio MTV entraria no dial como concorrente direta dessas emissoras.

Fonte: portal Imprensa

Só espero que a turma da MTV não se esqueça de que rádio não é Tv sem imagem!!!!!!

Festa de Aniversário da JB FM


A versão 2006 do tradicional e aguardado aniversário da JBFM, 99,7 MHz, Rio de Janeiro, tem data, horário e local para acontecer: quinta dia 9 de novembro, às 21h, no Claro Hall. O palco da Barra da Tijuca vai receber dois ícones da disco music, as divas Gloria Gaynor e Cynthia Manley. Com uma trajetória guiada por hits como ¨Never Can Say Good-Bye¨, ¨Just Keep Thinkin’ About You¨, ¨I Will Survive¨ e ¨Last Night¨, Gloria Gaynor acumula diversos prêmios ao redor do mundo. Conhecida mundialmente como vocalista da banda Boys Town Gang, Cynthia Manley, influenciada por Tina Turner e Aretha Franklin, possui uma carreira pontuada por sucessos como ¨Ain´t no Mountain High Enough¨, ¨Back in My Arms¨, ¨Chain Reaction¨ e ¨Can’t Take my Eyes off of You!¨. Participação dos DJs do programa Celebration, Marcelo Maia e André Werneck.

Fonte: JB FM

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Quantos anos mesmo a JB FM faz em 2006? Parece até aniversário de supermercado, hahahahaha.

O dia-a-dia de Salomão Schvartzman


De segunda a sexta-feira, a rotina se repete. Ele se levanta às 4h30 da manhã, e já começa a procurar as novidades nos jornais impressos e na internet. Às 5h, dá início à redação da abertura do programa. São 6h30 quando ele entra em sua padaria favorita, para tomar o café da manhã. E, às 7h, está na Cultura FM, ao lado de toda sua equipe, ajudando a vestir o Diário da Manhã com a seleção musical feita a partir de seu acervo de dois mil CDs.

Aos 72 anos de idade, Salomão Schvartzman exibe, orgulhoso, os números do Ibope: em agosto, foram 19.623 ouvintes por minuto. O programa recebe 70 e-mails por semana, e o apresentador costuma ser abordado em lugares públicos, como concertos, restaurantes e filas de cinema.

"O sucesso me amedronta", afirma, sem ironia. "Porque sou obrigado a fazer, no dia seguinte, um trabalho igual ou melhor àquele que motivou os elogios. É difícil estar à altura do bordão do programa: diariamente necessário. O tempo de uma hora diária na Cultura FM me obriga a ler mais, a pesquisar sempre e a buscar histórias que possam cativar o público ouvinte".

Diário da Manhã chega ao sétimo aniversário em 4 de novembro. O apresentador relembra como se encontrava "sem bússola e sem norte" em 1999, depois do fim da casa que o acolhera durante tanto tempo, a TV Manchete.

"12 dias depois, ofereceram-me a chance de produzir um programa jornalístico para a Cultura FM", relembra. "Tive que me adaptar à linguagem do meio radiofônico, e, no início, sofri críticas. Eu jamais havia usado minha voz abaritonada e metálica".

"De um relance, imaginei o Diário da Manhã como um programa leve e sem pretensões, com as principais manchetes do dia, seguidas de comentários mordazes e com bom humor, com as músicas adequadas para cada tema", conta Salomão, que tem a seu lado, na apresentação do programa, a voz padrão do locutor Alfredo Alves.

A seleção musical do programa já chegou ao disco. O CD Salomão Schvartzman - Diário da Manhã In Concert reproduz o clima da transmissão radiofônica, com obras como Cielito Lindo, na interpretação de André Rieu; Czárdás, executadas pelo virtuose russo do violino Maxim Vengerov; e o tema do filme A Lista de Schindler, por Roby Lakatos.

"Tudo o que vai ao ar é o Salomão quem escolhe", explica a produtora Luciana Monzillo, que tem as estagiárias Carolina Circelli e Elisa Rosar a ajudá-la na tarefa de fazer contato com os personagens que o programa entrevista diariamente. A pauta de entrevistados está longe de se ater apenas a temas como política ou economia, e visa manter o ouvinte informado sobre a gama mais ampla possível de assuntos.

Se o Diário da Manhã é feito ao vivo, o outro programa de Salomão Schvartzman na Cultura FM, Sábado Perfeito, costuma ser gravado nas manhãs de sexta-feira. Para este, cujo conteúdo é musical, sem a intromissão do noticiário, ele lança mão do acervo fonográfico da emissora.

"Eu aproveito muito os temas da semana", diz o apresentador. Assim, por exemplo, um programa de Dia dos Pais fala sobre a atuação decisiva dos progenitores de compositores famosos, como Bach, Beethoven e Schubert. À época da estréia de um filme como Superman, Salomão Schvartzman leva ao ar a refinada seleção musical ouvida pelo vilão da história, Lex Luthor. Ele ainda pode contar a história de grandes violinistas do passado, como Paganini e Jascha Heifetz.

Com a vigência do horário eleitoral gratuito, o programa entra no ar uma hora mais tarde: às 13h. "Mesmo assim, ele continua sendo um excelente aperitivo para o almoço do sábado", brinca o apresentador.


CULTURA FM - 103,3 MHz - São Paulo
Diário da Manhã - Música e informação com Salomão Schvartzman. Seg a sex, às 8h.
Sábado Perfeito - com Salomão Schvartzman. Sáb, às 13h.
http://www.tvcultura.com.br/radiofm/

Fonte: website Cultura FM

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Ouça, comente, dê palpite, reclame, sugira...
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domingo, 5 de novembro de 2006

O Quinto Sinal da Bandeirantes - evidências

Olha aí, pessoal, o Sílvio ???? (o sobrenome gente, não se esqueçam. E agora Silvio do quê, Silvio?), amigo do Agostinho Teixeira, da Rádio BAndeirantes, nos dá uma pista sobre o Quinto Sinal da Rádio Bandeirantes.

Estive na Bandeirantes em 2002, fazendo uma visitinha como convidado do repórter Agostinho Teixeira e como me interesso muito pela parte técnica, fiquei babando nos equipamentos, estúdios, mesas de som e perguntei sobre o quinto sinal, uma curiosidade que eu tinha desde criança. Ele não soube responder e chamou um cara da parte técnica que também deu uma explicação meio superficial. Mostrou um relógio de ponteiro bem grande que tem na parede do estúdio e disse que era sincronizado e concectado pelo ponteiro dos segundos daquele relógio.

Bem, continuei sem compreender muito bem como isso se dá com a mesa de som, mas tudo bem (risos). É bom lembrar que a Rádio Gaúcha tem o seu sinal também, não sei se são 5 ou 3 toques, sendo que o último é em outro tom, para diferenciar.


Valeu pela dica, Silvio.

Enquanto a bola não rola

às vezes a gente fica perguntando para nós mesmos por que o programa "Enquanto a bola não rola" ainda não foi devidamente imitado. É um programa "sui generis" do rádio brasileiro": uma mesa redonda sobre futebol, debatido em 3 praças diferentes - Rio, São Paulo, Belo Horizonte - e retransmitido pela Rede Globo de Rádio e também pela internet.

Não é preciso dizer que a atração tem sua grande estrela: Gerson, o canhotinha de ouro da Selação Brasileira da Copa de 70. Ele é que movimenta o time de comentaristas do Sistema Globo de Rádio durante o programa com suas tiradas sensacionais.

Vale a pena ouvir, mesmo para quem não é muito chegado a futebol como eu.

Enquanto a Bola não rola
Rádio Globo Brasil
Domingos, 12h
http://www.radioglobo.com.br

quinta-feira, 2 de novembro de 2006

O Quinto Sinal da Bandeirantes

Este é com certeza o sinal de hora certa mais famoso do rádio brasileiro. A cada 15 minutos, lá está ele no meio de uma reportagem, de uma narração de futebol, de uma música, de uma entrevista, de um comercial. O quinto sinal é o som mais característico da emissora do Morumbi. Basta ouvi-lo para saber em que rádio estamos sintonizados. Se você nunca escutou, ou é surdo, ou nunca ouviu a Rádio Bandeirantes.

Minha saudosa mãezinha nunca comprou um relógio de parede porque achava que o Quinto Sinal era mais preciso. O meu pai nem relógio usava. Pudera: ouvia Bandeirantes o dia todo na alfaiataria em que trabalhava. No reveillon, a emissora ficava em total silêncio só para que o ouvinte ouvisse o primeiro sinal de hora certa do ano. Depois o locutor anunciava:"O quinto sinal marcou zero hora de um novo ano. Feliz 1980."
Chique no "úrtimo".

Mas como ele surgiu? Quem teve a brilhante idéia de colocá-lo no ar? Ele sai de algum relógio? Já está programado na mesa de som? Quantos tons de hora certa já foram emitidos? Se alguém souber escreva para cá. Valeu.

Enquanto escrevia este texto, ouvi dois "Quinto Sinais": um às 21h e outro às 21h15. Portanto, devo ter levado usn 17 minutos para escrever este texto. Viu como ele é indispensável?

Roquete Pinto FM: MPB de primeira

E não é que a rádio fm do governo estadual do Rio está muito boa? Já será a influência do governador eleito Sergio Cabral Filho? A programação musical da rádio está ótima, mesclando a nova e a boa e velha MPB.

Não seria má idéia que o futuro "primeiro pai" daquele Estado - Sergio Cabral sênior - fizesse alguns programas lá. Ou, quem sabe, dirigisse a rádio. Afinal, ele entende do riscado. O problema que vai aparecer algum "chato de condomínio" dizendo que isso é nepotismo e não sei o quê....

Enquanto eles não decidem o que vão fazer no governo do Rio, vai ouvindo a Roquete Pinto FM 94,1 MHz, Rio de Janeiro. Pela internet ouça agora:http://www.fm94.rj.gov.br/

Como era bom o meu setorista!!!

Seu nome era Saturnino, mas no ar virava o repórter Nino Campos. Todo dia ele acordava às 4 e meia da manhã e ia voando assumir seu posto no aeroporto de Cumbica. Gravava seu primeiro boletim às 5h45 da matina. E a cada 10 mintuos soltava um boletim para a CBN e outro para a Alpha FM. Quando lhe sobrava tempo, sempre fazia entrevistas com alguma perosnalidade que estivesse nos noticiários. Quando ocorria algum fato de reprcussão em que a chefia mandasse mais um repórter para Cumbica, ele sempre estava lá, orientando e dando dicas ao colega, quando ele mesmo não fazia a cobertura.

Nino Campos fazia parte de uma raça jornalística hoje praticamente extinta chamada setorista. Era o profissional que trabalhava como verdadeiro "correspondente de guerra urbano", enviando boletins de tempos em tempos dos aeroportos, do QG da Polícia Militar, do Palácio do Governo, da Prefeitura, do Congresso Nacional, da Câmara Municipal, dos clubes de futebol, da sede da polícia rodoviária, enfim, de algum local que sempre gerasse interesse jornalístico diário.

Os setoristas foram praticamente varridos do mapa, ou pela precarização que ocorre nas redações ou pela ignorância de algumas chefias atuais que decretaram que este tipo de profissional pouco fazia e ainda gerava custos e não boas pautas. Há quem diga que o pobre do setorista acaba incorporando os péssimos hábitos do local que cobre, que vira amigo da fonte e que, por conseguinte, acaba deixando passar coisas importantes que seriam do interesse do ouvinte. Pura mentira. Na década de 70, João Carlos do Amaral Kfouri, o Juca, resolveu este problema na revista Placar, instituindo o rodízio entre os setoristas dos clubes. E ponto final.

Com a atual crise nos aeroportos brasileiros, os "meninos" da reportagem geral devem estar apanhando feitos condenados para obter informações pois ainda tem de se acostumar ao "meio ambiente" a ser coberto. Se nossas excelsas emissoras jornalísticas ainda mantivessem os setoristas dos aeroportos no ar - sem trocadilhos - a notícia seria muito melhor apurada. Afinal, eles estariam lá todos os dias, colheriam informações daqui e dali, conversariam com suas diversas fontes. Quem sabe teriam dado o alerta semanas antes da crise acontecer? O primeiro repórter a falar sobre o PCC foi Renato Lombardi, ex-setorista de polícia da Rádio Bandeirantes. Em suas andanças entre os quarteís da PM, delegacias especializadas, presídios, cadeiões, etc, ele descobriu, durante conversas com delegados, soldados, carcereiros, suboficiais da PM, funcionários das cadeias e até condenados que uma organização criminosa estava se formando dentro dos presídios. Ela tinha nome: Primeiro Comando da Capital. Lombardi ainda disse que, se nada fosse feito, o Estado poderia perder o controle sobre as instituições penais ou coisa pior. E isso ele falou em 1994, não em 2006. Se os nossos governantes prestassem atenção no que o rádio fala....

Fica aqui a nossa homenagem aos setoristas que fazem (ou fizeram) carreira no rádio. Eu coloquei só alguns porque minha memória anda mais fraca que os arquivos das emissoras de rádio. Se por acaso você se lembrar de mais alguém, me avise ok?

Sarjento Ranulfo - Rádio Bandeirantes (estradas)
Roberto Viegas - Rádio Excelsior (Palácio dos Bandeirantes)
Lázaro Roberto - Rádio Bandeirantes (Câmara Municipal SP)
Nino Campos - Rádio CBN (Aeroporto de Cumbica)
Ronaldo Pantera Lopes - Rádio Record (QG Polícia Milittar)
Aluani Neto - Rádio Jovem Pan (prefeitura SP)
Orlando Magnoli - Rádio Bandeirantes (prefeitura SP)
Berto Ferreira - Rádio Bandeirantes (palácio do governo SP)
Luciano Dorim - Rádio Jovem Pan (aeroporto de Congonhas)
Franciso Verani - Rádio Jovem Pan (palácio do governo SP)
Amorim Filho - Rádio Bandeirantes (aeroportos)
Baía Filho - Rádio Bandeirantes (Palácio do Governo SP)
Milton Leite - Rádio Jovem Pan ( Via Dutra - Vale do Paraíba)
Caiã Messina - Rádio Bandeirantes (Congresso Nacional - Brasília)
José Maria Trindade - Rádio Jovem Pan (Brasília)

Ouço uma luz no fim meu PC

Esta máquina é de fazer doidos mesmo. Só porque tive a brilhante idéia de revisar os cabos de áudios ligados aos meus aparelhos de som - ô blogueiro enjoado - a minha palca de rede, uma pecinha que faz com que o computador acesse a internê de banda larga, parou. E lá vou eu ligar para o suporte do meu provedor da acesso, alugo o ouvido do pobre cidadão que tenta desesperadamente resolver meu problema e..... nada!!! Desesperado, ele me envia um colega seu para verificar o problema in loco e....nada!!!

Irritado, desinstalei um tal de driver da placa e instalei-o várias vezes e...nada. Bom, pra resumir a história, hoje pela manhã liguei o computador, desliguei o cabo de áudio e.....entrei na net de novo. Entendeu? Não? Nem eu.

quarta-feira, 1 de novembro de 2006

O GARAGEM VAI PARAR (de novo?)

Amigos, amigas e animais!

Não é maldição do Brown! Nem olho gordo do Caê!

Por falta de apoio financeiro e pela falta de tempo dos apresentadores no momento, o Garagem vai parar por tempo indeterminado. Faremos o último programa na próxima segunda-feira, dia 6/11. Depois, deixaremos todos os programas da fase do UOL disponíveis no nosso site: www.garagem.net. São muitas e muitas horas de programa para ninguém passar vontade...

Os motivos da parada não envolvem conspirações, nem censuras. O Garagem é hobby nosso. Não ganhamos nada e temos um custo com ele. Afinal, temos um operador de mesa, um câmera e um escravo (ou melhor, um estagiário!) que, por mais que tenham amor à camisa, não podem ficar sem verba de auxílio. Como estamos sem patrocínio, esse custo breca a sequência do programa.

Junte-se a isso a agenda lotada dos apresentadores, cada vez mais ligados em suas atividades profissionais. O Barcinski está envolvido em um dos maiores projetos de sua vida: a inauguração de um clube noturno no bairro da Barra Funda, em São Paulo. A abertura da casa, que vai se chamar Clash, está prevista para meados de janeiro próximo. E a melhor notícia: as próximas festas do Garagem já têm um lar garantido no Clash! O Paulão trabalha atualmente no Esportes da TV Globo e está com a agenda cada vez mais ocupada.

Portanto, não existe teoria conspiratória (n. do e.: dessa vez, né?), nem maldição, nem nada... É apenas uma parada necessária, mas não é um adeus definitivo.Se conseguirmos boas condições, o programa voltará novamente das cinzas no melho estilo Jason do “Sexta-Feira 13’. O Garagem nunca deu lucro, mas sempre foi nosso xodó!

Abraços e beijos.

Paulão, André e equipe do Garagem

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Eu sei o que é ter de parar um projeto por correria de outros trabalhos. Infelizmente, as nossas prioridades nem sempre combinam com o que gostaríamos de fazer.
Esperamos o Garagem de volta, em breve. Assim como tantos outros programas e profissionais de qualidade que estão parados no limbo internético/radiofônico.

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Fica o consolo de saber que eles saíram do ar mais por falta de tempo - afinal todo mudno tem que correr atrás do seu pão de cada dia - do que por falta de anúncio. De qualquer forma, é uma pena. Pensei que, quando o Garagem fosse para o Uol, a coisa melhoraria. Mas, em termos de "financiamento", a internet atual está na fase equivalente ao rádio dos anos 30, ou à Tv dos anos 50.

Nós, do blog Rádio Base, somos verdadeiros "guerreiros do chuveiro", ou heróis da resistência. Há cinco anos produzimos este espaço e jamais ganhamos um centavo para tal. Nunca tivemos apoio financeiro de ninguém, nem parceria com alguma empresa de internet, infelizmente. Nós, quer dizer, o Marcos Lauro, tira do bolso para fazer este blog. Eu também tirava quando tinha emprego. Agora, nem isso.

Mas quando a gente vai ficando velho, vai aprendendo a ver o lado bom das coisas. O fato de não temos anunciantes deve-se, a nunca termos ido atrás, ou porque não sabemos como fazê-lo, ou porque não temos saco para ficar convencendo o anunciante que o nosso produto é bom e blá blá blá. Ora, qualquer mortal que tenha lido este espaço sabe a qualidade que ele tem. A gente precisa ficar repetindo?
Em compensação, como não temos apoio financeiro isso nos dá uma liberdade editorial sem igual, coisa que muito site sobre rádio por aí não tem (embora jure que tenha).

Talvez o nosso mal, quiçá do Garagem, seja esta liberdade que ambos possuímos e do qual jamais abriremos mão nem em nome de nossas audiências. Um abraço ao Paulão e ao Barcinski. (Marcos Ribeiro)