sexta-feira, 30 de dezembro de 2005

A música pop, via satélite, nas ondas do rádio

Nos últimos 15 anos, o Rádio brasileiro vem tentando aprimorar a sua penúltima fronteira: a transmissão em rede, via satélite. No início dos anos 90, esta forma de difusão, que precocemente havia chegado à Tv junto com o sistema em cores, ainda era inexplorado pelas emissoras de AM e FM, por falta de perspectiva. É sabido que o Rádio é um veículo de comunicação eminentemente local, que fala com o dia-a-dia do ouvinte. No entanto, em um país continental como este as ondas radiofônicas são um meio ideal para a integração nacional, por sua velocidade, baixo custo e agilidade.

Coube às grande empresas de radiodifusão o pioneirismo pelo uso e a criação de uma programação via satélite, tal qual já acontecia na TV. O primeiro formato a ser experimentado foram as das rádios FMs voltadas para o público jovem. A Rede Transamérica e a extinta Rede Cidade foram as primeiras a apostar neste segmento. Em uma época atual, em que a grande tendência e sensação do mercado é justamente a radiodifusão de notícias 24 via satélite, a Rádio Agência resolveu investigar a quantas andam as redes de rádio FM voltado para o público jovem. Das dezenas de redes de rádio de todos os gêneros que se estabeleceram pelo país afora, somente 4 atuam no segmento jovem a nível nacional Jovem Pan, Transamérica, Mix, e Rádio Rock.. Coincidência ou não, elas estão sediadas em São Paulo, a capital econômica do país. Apostando no pesos de suas marcas e na qualidade de sua programação e comercialização, estas redes deixam implícito que a briga é para valer pela melhor fatia do mercado radiofônico. (Marcos Ribeiro)

Leia nas postagens a seguir

A música pop, via satélite, nas ondas do rádio - Rede Rádio Rock

Rádio Rock – Credibilidade está no sobrenome
Por Marco Ribeiro

Diferentemente das demais redes que atuam no segmento jovem, a Rede Rádio Rock, capitaneada pela 89 FM, tradicional rádio segmentada em rock and roll, aposta na diversidade do gênero, cujo diretor e sócio da emissora, José Camargo Júnior, acredita ser mais do que um estilo musical. Para ele Rock é música, atitude, conceito e até filosofia de vida. E por meio disso, a rede consegue ter credibilidade, tanto artística como comercial, para expandir a sua rede. Leia a primeira parte da entrevista que José Camargo Júnior concedeu a este blog.

Vocês estão operando a rede de forma diferente das demais. A marca 89 não aparece e sim, o slogan “Rádio Rock”. Por que isso?

José Camargo Júnior – Quando a gente montou a 89 FM, a Rádio do Rock, não existiam redes. Por isso optamos por ter o nome da rádio usando o número de sua freqüência. Esse é o nosso maior patrimônio. No entanto, isso acabou nos causando uma certa dificuldade quando tivemos de ter um nome para a rede. Por exemplo, no Rio de Janeiro, a freqüência é 102, 9 MHz. Logo, não podemos chamá-la de “89 FM, a Rádio Rock”. Então o que fizemos: adaptamos o nome da emissora, Rádio Cidade – que é uma marca do seu proprietário, o Jornal do Brasil, e colocamos nosso slogan – “A Rádio Rock”. Então somos os primeiros a usar o sobrenome para identificar nossa rede, a “Rede Rádio Rock”.

E como é tratada a programação da rede?

Justamente por ter este diferencial, nós procuramos respeitar as características de cada cidade. Tomemos como exemplo a Rádio Cidade novamente. A emissora possui locutores cariocas, o humor dela é tipicamente carioca, o jornalismo deles enfoca assuntos locais basicamente, o programa de futebol de lá só fala dos times do Rio e o formato dele é diferente do programa de esportes que temos aqui. Outra característica é a programação musical. Existem músicas que tocam no Rio e em outras praças que não tocam aqui. Lulu Santos, Kid Abelha, Los Hermanos têm uma aceitação muito grande por parte do público carioca e entram normalmente na programação deles. Já aqui eles são artistas típicos de outras emissoras com outro perfil diferente do da 89. E nós damos este tipo de liberdade na programação para as afiliadas.

Qual é o espaço que as afiliadas tem dentro da programação da rede para por no ar programas locais?

Nós temos cerca de 16 horas de programação local na rede, ou seja, elas fazem 100% do conteúdo delas próprias, tanto no jornalismo, como na programação musical, promoções, enfim, tudo que envolve a parte artística e a comercial também.

Elas não seguem um determinado padrão de vinhetas, locução, produção de comercias, etc?

Sem dúvida que seguem. Para isso a gente manda todo o material que caracteriza a rede, vinhetas, chamadas, trilhas de fundo da programação, logotipos e os nomes dos programas, etc. Quando surge um programa novo, a gente manda tudo isso para elas. O programa pode ser feito até pela própria rádio, mas a gente manda esse material via intranet banda larga para mantermos o padrão de programação. Se não você acaba descaracterizando a rede.

Quando vocês fazem um programa para a rede, vocês transmitem via satélite?

Sim, nós transmitimos. Aliás, a madrugada é toda via satélite, gerada a partir do estúdio da 89 . Da meia-noite às 6 da manhã está todo mundo junto na “Madrugada Rádio Rock”. Usamos esse horário até por uma questão de economia de custos na transmissão por conta do horário. Também transmitimos via satélite em eventos ou shows especiais. No Live 8, nós pegamos a exclusividade da transmissão pelo rádio. Então captamos este sinal de áudio que nos foi cedido pelos organizadores do show e nós o enviamos para toda a rede ao vivo. Fora estes dois casos, a afiliada tem autonomia para colocar ou não o que nós disponibilizamos.

A Rádio Cidade foi a pioneira na linguagem para o público jovem no FM. Na década de noventa foi uma das primeiras emissoras a montar uma rede por satélite, mas que acabou sendo um fracasso. Agora ela é uma afiliada da Rede Rádio Rock......

Pois é, a rede se dissolveu. Inclusive eles se chamavam Rede Rádio Cidade e faziam parte do Sistema JB de Rádio.

Só que antes da Rede Rádio Cidade, eles foram seus parceiros.

Exatamente. A 89 surgiu numa parceria entre a minha família e o Sistema JB de Rádio. Essa parceria durou 7 anos, de 1985 a 1992. Quem fazia o formato, comandava a programação, a parte artística, a parte promocional e tudo mais era o pessoal da JB. Aliás, esse período foi a minha escola de rádio. Eu gostava de música, mas não sabia nada sobre o meio. Aprendi muito com o pessoal que passou por aqui, como o Luis Fernando Maglioca, Tavinho Ceschi, Fábio Massari, Luis Augusto Alper, que depois assumiu a coordenação da Jovem Pan, e muitos outros.

Foi a partir de 92 que vocês assumiram a programação?

Exato. Em 92, reassumimos a rádio. Na verdade, a emissora entrou no ar em 1984, com o nome de Pool FM - que não deu certo por vários motivos. Nós colocamos a Pool no ar novamente em 95, na freqüência em que hoje está a Nativa FM, outra emissora que nós temos.

Quando vocês tiveram a idéia de formar a rede?

Foi em 1.999 que começamos a formar a rede com esse nome. É claro que quando temos uma emissora na mesma freqüência que a 89, ela passa a se chamar “89 FM, a Rádio Rock”, como é o caso de Campinas e de Goiânia, cujas afiliadas operam nos 89,5 MHz. Agora nós teremos mais uma emissora com a marca Rádio Rock e nesta freqüência. Recentemente, nós ganhamos a licitação para explorar a freqüência de 89, 5 MHz em Brasília, juntamente com um grupo empresarial local. E a emissora se chamará “89 FM, a Rádio Rock”.

A música pop, via satélite, nas ondas do rádio - Rede Rádio Rock

Rádio Rock, a Credibilidade está no nome - parte final
Por Marcos Ribeiro

Acompanhe a segunda e última parte da entrevista de José Camargo Júnior, da Rede Rádio Rock - 89 FM, a esta série de reportagens da Rádio Base.


Quando isso acontece, facilita a vida de vocês?

Com certeza. Quando em determinada praça há uma filiada em 89,1 ou vírgula 3, vírgula 5, ou qualquer freqüência parecida, é muito mais fácil porque podemos fazer a mesmas vinhetas e chamadas para São Paulo e para estas praças. Vou citar um exemplo: quando vem um artista fazer uma vinheta aqui na rádio, ele tem de fazer duas, 3 ou quatro versões com “89 FM, a Rádio Rock”, “Cidade, a Rádio Rock”, “98 FM a Rádio Rock” e por aí vai. Quando ele vai na Jovem Pan, ele grava uma vinheta para a rede toda, porque todas se chamam Jovem Pan. Não chega a ser um grande empecilho, mas que facilita bastante o nosso serviço, isso facilita.

Esse não é o fator principal para uma emissora fazer parte da rede, é?

Não. O que olhamos primeiro é o interesse de ter determinada praça em nossa rede. Nem sempre é interessante ter uma cidade pequena ou mesmo uma capital com uma afiliada nossa, mas, de repente, a região em que ela está nos interessa comercialmente. É muito caso a caso. Às vezes uma emissora nos procura, às vezes a gente procura parceiros em uma determinada região como foi o caso de Brasília – cujo nosso sócio também é dono da 89 FM a Nativa FM de Goiânia. Não existe uma regra única.

E no caso específico da Rádio Cidade que já teve uma rede de rádio? Essa rede continua afiliada agora a vocês?

Não. O Sistema JB só possui agora duas emissoras: a JB FM, que é uma emissora própria, e a Rádio Cidade, que é nossa afiliada no Rio. Fora essas, eles não tem mais nenhuma emissora. O que é uma pena porque o JB foi um grupo de comunicação forte no passado.

Como funciona o comando da Rede Rádio Rock?

Hoje nós estamos fazendo uma experiência nova: temos dois coordenadores artísticos. Um focado mais na programação musical e outro focado mais em produção, humor, jornalismo, etc. Isto é muito comum nos Estados Unidos. Lá as emissoras possuem o diretor de programação, que cuida só da programação musical e dos horários da programação, e o diretor artístico que cuida de todo o resto. E claro que um pode opinar na parte referente ao outro, compartilham opiniões e tal, mas cada um dá a palavra final sobre os assuntos do seu departamento.

Qual é o público alvo da Rede Rádio Rock?

É a faixa jovem de 15 a 29 anos, da classe AB, 55% masculino. Esse é o nosso target principal.

Esse perfil é semelhante ao das emissoras neste segmento. No entanto, vocês trabalham mais com uma programação voltada ao rock, ao contrário das outras que tem um “playlist” mais aberto. Isso não caba restringindo a audiência de vocês?

É claro que sim. Concordo plenamente. Só que a foi uma opção que a gente fez desde o começo da 89, há 20 anos, quando ninguém nem falava em segmentação e a gente já o era sem saber. Isso acaba sendo o nosso maior patrimônio e ao mesmo tempo é o nosso “calcanhar de Aquiles”. Então a gente tenta ser o mais abrangente dentro do nosso segmento. As outras redes podem tocam dance, axé, brega, ou qualquer outro gênero. A gente toca só rock e tudo aquilo que se encaixe no gênero. Apesar de tudo, esse perfil acaba trazendo muita credibilidade para as nossa rede. Quase todos esses grandes shows de rock que acontecem em São Paulo, por exemplo, são da 89 FM. E isso se deve ao respeito que os promotores do evento têm pelo nosso trabalho. Promovemos shows desde bandas de heavy metal tradicionais, como Judas Priest, até artistas de pop rock atuais, como Avril Lavigne. Às vezes me perguntam se a 89, por exemplo, tocasse dance music se teria audiência. Eu digo até que teria, mas não teríamos tanto respeito e a credibilidade que temos.

Se vocês mudassem de estilo sempre, correriam o risco de trocar uma audiência fiel por uma audiência mais volúvel.

Pois é. Às vezes você acaba virando mais uma do balaio igual aos outros. Então tocar rock hoje pode ser um grande limitador, porém é o grande diferencial nosso. É preciso lembrar que o Rock, por ser um estilo bem abrangente, é mais do que um gênero musical. É conceito, é atitude, é até filosofia de vida. E é isso que passamos para o pessoal que gosta do gênero e também para aqueles que não gostam.

Como vocês trabalham esse segmento do Rock nas outras cidades?

Nós respeitamos o gosto do ouvinte de cada praça, como citei no caso do Rio de Janeiro. Alguns artistas que tem a cara do ouvinte de lá, nem sempre são identificados pelos ouvintes da 89 FM e vice-versa.

Há um mercado que é um tanto quanto difícil para as redes que estão sediadas em São Paulo, que é a região Sul. Vocês têm interesse de entrar nesse mercado e também no Nordeste?

A gente tem muita dificuldade de entrar no Sul do país por causa da Rede Atlântida (RBS) e de outras redes regionais. A RBS acaba dominando 70% do mercado de rádio na região. Mas nós temos interesse de entrar lá, sim.

A Rede Bandeirantes, que é parceira de vocês em outras emissoras, possui uma rádio neste segmento lá em Porto Alegre......

Nós estamos conversando com ele há um bom tempo. E há interesse de ambas as partes. Não há um acordo definido, nem nada, ainda. Mas estamos conversando com eles e com outras emissoras da região, que fazem parte da Rede Bandeirantes.

E no Nordeste?

A gente tem interesse de chegar lá também. Mas, por enquanto, resolvemos nos concentrar no Sul e no Sudeste. Já tivemos uma emissora em Recife fazendo parte de nossa rede, mas o dono a vendeu e o novo proprietário não teve interesse de continuar conosco. É claro que se formos procurados por algum interessado daquela região, podemos sentar e conversar.

A música pop, via satélite, nas ondas do rádio - Rede Jovem Pan FM

Jovem Pan, a maior rede via satélite do Brasil
Por Marcos Ribeiro

A Rádio Jovem Pan entrou duas vezes para a história das comunicações do Brasil pela porta da frente. Na década de 60, recriou o rádio AM, que perdia espaço para a televisão, ao inventar uma programação voltada para o jornalismo “prestação de serviço”, dando ênfase ao dia-a-dia e aos problemas da capital paulista, numa época em que a Imprensa tinha pouca liberdade de expressão. Na década de 80, sua irmã mais nova, a Jovem Pan 2, reinventou totalmente a linguagem do FM, dominado por uma locução sóbria e de certa forma sisuda, adaptando o famoso estilo jovem da Rádio Cidade carioca para São Paulo. Com isto a emissora conquistou a faixa jovem dos ouvintes, que passou a ser cobiçado pelo mercado. Foi um feito e tanto. Numa época em que nem ao menos se pensava em segmentação de programação, a Jovem Pan manteve-se firme e forte, virou sinônimo de rádio para a juventude, apesar da concorrência, que queria a todo custo tirar-lhe a liderança e o prestígio da audiência.

A década de 90 trouxe novas perspectivas para a radiodifusão. A segmentação começou a se tornar uma tendência mundial irreversível, as redes de rádio surgem no Brasil e novas tecnologias juntando a informática a comunicação iniciam seus domínios sobre o cotidiano da indústria, do comércio, dos serviços e da vida da população. A Rádio Jovem Pan chega aos seus 50 anos, com clara intenção de expandir seus negócios e sua marca, tendo o rádio como o principal carro-chefe. E em 1994 criou a Rede Jovem Pan Sat.

Apesar de ter demorado um pouco mais para formar suas redes do que a concorrência, a empresa comandada por Antonio Augusto Amaral de Carvalho, o Tuta, formou sua cadeia de afiliadas. “Hoje a Rede Jovem Pan FM possui 48 emissoras. A Jovem Pan AM tem oitenta. Somos hoje a maior rede de rádio via satélite do País”, informa Calil Bassit, diretor da Jovem Pan Sat. A exemplo de outras empresas, as duas redes obedecem a perfis distintos. Jovem Pan AM é voltada para o jornalismo e o esporte. A rede FM baseia sua programação para o público jovem, tal qual sempre fez a Jovem Pan 2 FM. “Para as emissoras que queiram retransmitir a programação da rede FM, nós colocamos à disposição um estúdio 24 horas por dia para esse fim. Há emissoras que preferem usar o espaço que destinamos ao horário local para gerar um playlist e programas próprios, geralmente no período da manhã e também à noite. Eles podem optar por este procedimento, desde que esta programação obedeça ao formato de nossa rede e respeite o perfil musical da Jovem Pan FM. Quando é assim, nós fornecemos as músicas e as enviamos às afiliadas diariamente. Com isso fica caracterizado o perfil da emissora porque o público é muito fiel ao tipo de programação da Pan. Se não fizermos desta forma, a audiência reclama. Fora isso, as afiliadas possuem horários de retransmissão obrigatória para programas que veiculamos via satélite, como é o caso do ‘Jornal da Manhã’ e do ‘Pânico’”, explica Bassit.

A escolha de quem vai fazer parte da rede FM geralmente é feita pela própria Jovem Pan. Segundo Bassit, com exceção de Natal, Campo Grande e Cuiabá, a rede já possui emissoras nos lugares que eles mesmos escolhem. “Também atendemos emissoras de outras praças que nos procuram e geralmente fechamos acordo, como é o caso da empresa Novo Nordeste, de Arapiraca, no interior de Alagoas, de uma emissora em São José do Rio Preto, de outra que fica em Criciúma, em Santa Catarina e Teófilo Otoni, no Norte de Minas Gerais. Em breve, todas elas estarão conosco”, comemora o diretor da Jovem Pan Sat.

Mesmo mantendo um tipo de programação para FM, a Jovem Pan não encontra dificuldades para a comercialização da rede. O estúdio da Jovem Pan de São Paulo é separado do da rede. Apenas nos programas via satélite é que os dois trabalham conectados um ao outro. “Montamos a parte técnica desta forma porque há uma diferença muito grande entre a grade comercial da praça de São Paulo para as demais. Uma anúncio de 30 segundos na Jovem Pan paulistana custa cerca de R$ 1.000 em média. Temos afiliadas em cidades pequenas cujo mesmo anúncio sai por 50, 40, 30, até 20 reais. Ou seja, em São Paulo toca-se mais música e tem menos comerciais e nas demais o espaço para publicidade é maior”, informa o diretor da rede.

A Jovem Pan tem uma preocupação constante com a formatação de sua programação musical para que ela seja homogênea. Para tanto eles lançam mão de todo tipo de levantamento para saber o que o ouvinte quer ouvir: telefones 0800, emails, cartas, promoções pela rádio e pela internet, etc. “O público alvo que buscamos atingir é interessado em cultura pop e numa programação voltada para esse segmento. E são as pesquisas que dizem que ele rejeita outros tipos de atração que não estejam exatamente neste perfil, como transmissão esportiva, por exemplo. E este tipo de programação nós procuramos abrir para as afiliadas da AM”, analisa Bassit.

“Graças a esses cuidados todos estamos nos primeiros lugares de audiência e faturamento de várias praças, inclusive nas principais capitais brasileiras”, conclui Bassit, revelando que a Jovem Pan deseja montar uma terceira rede, voltada para o público adulto. “Existe um projeto para isso. Fizemos uma experiência há alguns anos que foi bem sucedida. O que precisamos no momento é de uma estação aqui em São Paulo que sirva de ‘cabeça de rede’ para que possamos usá-la como ‘show room’, a fim de atrair interesse de possíveis parceiros interessados em suprir essa demanda”.

A música pop, via satélite, nas ondas do rádio - Transamérica Pop

Transamérica oferece opções de programação aos parceiros
Por Marcos Ribeiro

Muito antes do advento da transmissão de rádio via satélite, a Transamérica já possuía sua rede de emissoras e FM. A primeira estação com esta marca, foi inaugurada em agosto de 1973, em Recife, época em que a freqüência modulada era usada pela maioria das rádios para ligar os estúdios aos transmissores. A programação, como as das pouquíssimas emissoras que surgiam nessa faixa de onda, era voltada a um público adulto, pertencente às classes A e B com mais de 25 anos. Todos os programas eram gravados, incluindo a locução. A formação inicial da rede compreendia outras cinco emissoras próprias, nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Brasília, Salvador, inauguradas entre 1974 e 1980. Nessa época, a programação – músicas, vinhetas, programas especiais e locução – era toda gravada na sede paulistana e distribuída para as demais estações por meio de fitas de rolo enviadas por correio ou avião.

Em meados da década de 80 do século passado, a programação começou a ser feita ao vivo, visando atender a demanda de cada praça. Cinco anos mais tarde, em janeiro de 1990, a Rede Transamérica começou a transmitir via satélite, ainda no sistema analógico. Posteriormente, este sinal foi codificado e abriu-se a possibilidade para que outras emissoras participassem da rede como franqueadas. Nesta época padronizou-se a programação, voltando-a para o segmento jovem, cujos ouvintes estavam na faixa dos 15 a 29 e pertenciam a classe AB. Nesta época, a Transamérica obteve grandes índices de audiência chegando à liderança pois constatou que o público alvo em todas as praças era homogêneo e possuía gostos musicais e outros interesses semelhantes.

“De 1997 para cá, a empresa percebeu que havia uma demanda de público por uma programação igual ao das chamadas ‘rádios populares’ no Brasil que não era atendida. A partir daí a Transamérica resolveu dividir a rede e segmentá-la visando três perfis de públicos diferentes”, explica Ruy Balla, gerente de programação. E assim foi criada a Transamérica Hits, a maior das três redes, que atende a uma audiência mais afinada a uma programação mais popular – axé, pagode, sertanejo, etc, a Transamérica Light, com uma programação baseada em "flash-backs", músicas românticas e MPB, e a Transamérica Pop, que continua a trilha da rede original, baseado num formato pop rock. “O crescimento da rede ‘hits’ foi muito proveitoso porque estávamos perdendo alguns franqueados para outras redes no segmento popular. Então para dar uma opção a estes parceiros, resolvemos criar de configuração de formato”, conta Balla. “Ainda sim, a Transamérica Pop, mesmo sendo menor possui uma penetração maior no público porque está com afiliadas em várias das principais cidades do país”, informa Lígia Cervone de Araújo, gerente de marketing da rede.

A emissora que queira fazer parte da rede Transamérica Pop precisa se localizar numa praça que possa gerar um certo interesse comercial e que tenha uma cobertura, ou ainda que esteja próximo a uma região que possa ser viável para a rádio comercialmente. Outros requisitos também são necessários como, por exemplo, ter um mínimo de qualidade de transmissão, instalações adequadas, ser uma empresa bem estruturada financeiramente, etc. O “franqueado” também precisa investir na compra de softwares e equipamentos que vão fazer a captação da transmissão do satélite, o que não é muito caro, segundo a gerente de marketing. Além disso, o afiliado paga uma espécie de “aluguel” pela franquia. “Em contrapartida, ele tem o direito de explorar a marca em sua praça, conta com o apoio da rede para elaborar promoções locais, espaços nos intervalos comerciais da rede para veicular seus anunciantes e também apoio para produzir programas locais se for se sua vontade”, esclarece.

Por causa das diferenças de público de região para região, optamos por estabelecer horários obrigatórios, em que a afiliada tem de retransmitir os programas e os anunciantes da rede. Nesses horários, reservamos uma espaço do ‘break’ para que ele coloque anunciantes locais. Nos demais horários, ele tem a opção de colocar no ar a programação disponibilizada para todos, menos para a Matriz em São Paulo. Se a filial não quiser levar ao ar esta programação nacional, ela pode produzi-la localmente, desde obedeça aos parâmetros de programação, formatação e veiculação de comerciais exigidos pela Transamérica”, diz o gerente de programação. A Transamérica Pop está tentando mudar a faixa etária onde atua. No momento, o objetivo imediato deles é atingir o ouvinte um pouco mais velho, entre 20 e 35 anos. “Percebemos que há um filão de público que não está sendo bem explorado pelo mercado e que se encaixa na programação da ‘Pop’”, calcula Ruy Balla.

A música pop, via satélite, nas ondas do rádio - Mix FM

Mix FM – Opção pela qualidade e pela eficiência
Às vésperas de inaugurar seu canal de Tv voltado para o público jovem, a Rede Mix de Rádio investe pesado: O grupo que a controla, comandado por João Carlos di Gênio, dono da rede de colégios e cursinhos Objetivo e da Universidade Paulista – Unip, construiu um edifício em frente à sede do Metrô, no bairro do Paraíso, região central de São Paulo, que abrigará a sede da Unip e uma torre que abrigará as novas antenas da rádio e da TV Mix, canal 16 UHF de São Paulo.

É um investimento arrojado para uma rádio que está no ar há um pouco menos de 10 anos. A Mix FM surgiu com o nome de SP 1 FM, em 1996. Na época tinha uma programação um pouco mais voltada para o rock clássico. Nos últimos quatro anos, ela entrou para valer na briga pela audiência com a sua concorrência direta – Jovem Pan, Brasil 2000, Transamérica Pop - e não poupou esforços para tentar chegar à liderança no seu segmento. Ainda não chegou lá, mas conseguiu tirar um naco desta fatia do mercado.

Consolidado o mercado paulistano, a Mix resolveu constituir sua rede, num projeto semelhante aos das demais. A sua possui sete afiliadas e há planos de serem incluídas mais três nos próximos dois meses. “Fazem parte hoje da rede Mix : João Pessoa, Fortaleza, São Paulo, Campinas, Guaratinguetá, Avaré e Ribeirão Preto. Santos, Curitiba e Passos (MG) serão as próximas cidades a ter filiais.

O sinal já é distribuído via satélite para estas cidades, a partir de um estúdio montado para veicular a programação da rede, exceto para São Paulo, que possui um estúdio próprio. “Nós fizemos essa separação para podermos oferecer aos nossos afiliados mais flexibilidade no atendimento de seus interesses, sobretudo dos interesses comerciais, porque o tempo dos intervalos nas diversas praças é bastante variável. Uma praça de tamanho médio, como Ribeirão Preto por exemplo, precisa de um intervalo maior do que uma praça do tamanho de São Paulo. Para que não comprometêssemos uma retransmissora que tem um intervalo curto com outras que precisam de um espaço de anúncio maior, preferimos ter um estúdio à parte”, explica Lui Riveglini, diretor da rede Mix. “Além disso, podemos usar neste estúdio da rede uma linguagem própria para as demais praças, sem regionalismos. Em São Paulo, podemos falar com sotaque paulistano, falar sobre as promoções daqui, as notícias daqui, etc. Já na rede tomamos todo o cuidado para não caracterizarmos o produto como um produto feito em São Paulo e adotamos uma linguagem que consideramos ‘nacional’. É uma linguagem sem o sotaque característico de um ou de outro lugar, uma espécie de linguagem média”, continua.

Para os parceiros da expansão da sua marca, a Mix já proporciona alguns planos de representação comercial junto a anunciantes nacionais. “Quando uma emissora se afilia à nossa rede, ela passa a ser representada comercialmente aqui em São Paulo pela nossa empresa. A Rede Mix visita as agências aqui em São Paulo oferecendo a elas a possibilidade de comprar mídia em outros mercados. Nós podemos vender tanto na nossa grade nacional, ou seja, dentro da programação da rede para todas as praças simultaneamente, ou nós podemos vender o espaço de cada uma dessas emissoras individualmente, para que elas veiculem em seus intervalos locais as mídias que nós vendermos aqui”, explica Lui. “As afiliadas também podem vender para seus anunciantes localmente. Na verdade, adotamos o esquema que todas as redes comerciais de TV adotam”.

Por ainda estar no início, a Mix enfrenta uma certa dificuldade de se apresentar como rede. Riveglini, responsável pela expansão, admite que possui dois trabalhos ao apresentar o produto. O primeiro é “vender” o conceito de rede, que segundo Lui ainda não está bem fundamentado nas emissoras fora dos grandes centros. O segundo é o de vender a sua própria rede. “Do ponto de vista artístico, uma das dificuldades que tenho é que, no passado, algumas outras redes ofereceram ao mercado formatos que não se tornaram confiáveis, que não foram corretamente trabalhados, pois não foram seguidos ao longo do tempo. Então a proposta de programação era uma e, no meio do caminho, virou outra. E isso acabou atrapalhando a imagem do conceito de ‘network’. Deve ter havido um certo afrouxamento no controle das afiliadas”, diz Riveglini. “Algumas redes se preocuparam muito mais em aumentar a quantidade de emissoras do que em manter a qualidade do projeto. Eles quiseram expandir para apresentar às agências de propaganda um número grande de emissoras. Só que várias afiliadas ficavam em praças de pequena expressão comercial, sem muito interesse para os clientes das agências. E ,em geral, essas cidades precisam de um trabalho local comercial diferenciado”.

Foco na programação musical

Para se destacar de outras redes a Mix aposta no foco de sua programação: “muita música pop, muitos hits e pouco papo.” É assim que ela quer se diferenciar da concorrência e oferecer um produto consistente para os seus parceiros. “Algumas emissoras que desejam participar de uma cadeia via satélite, na verdade, querem uma rede que ofereça um conteúdo para elas ocuparem um determinado espaço e também aproveitar uma outra faixa horária para fazer uma programação local sem acompanhar o formato da rede. Isso é o oposto do que nós fazemos aqui. Queremos apresentar a Mix como sendo um produto só. Mesmo nos horários locais, em qualquer lugar do Brasil ou do mundo, porque temos a intenção de expandir a rede para fora do país. Se não fizermos assim, isso irá desacreditar o filão da rede de rádio ainda mais”, sentencia Riveglini.

Por este motivo, os parceiros interessados tem de obrigatoriamente assimilar o projeto artístico integralmente. A Mix abre um espaço para que elas veiculem programações locais desde que dentro dos padrões exigidos. A rede envia para seus afiliados vinhetas, trilhas, orientações de como gravar os programas, comerciais, spots, para que ele possa fazer o horário local, com locução local, mas seguindo o padrão da matriz. As afiliadas pagam uma taxa mensal de franquia. Como há o repasse de verbas publicitárias, as emissoras acabam, na prática não pagando nada.

Para ter esse objetivo na comercialização, a rede Mix atenta para padronizar o conteúdo de sua programação, visando o público alvo. “Fundamentalmente, o perfil que nós atingimos com a nossa programação, segundo as nossas pesquisas, é o mesmo no Brasil todo, apesar da peculiaridades de cada região. Os jovens de 15 a 29 anos, da classe AB têm basicamente as mesmas características em qualquer lugar em que você esteja. Eles tem os mesmos gostos musicais, usam os mesmos produtos, assistem aos mesmos filmes, etc. Se eles não se enquadram neste perfil e tem outros interesses, então ele não faz parte do público que queremos alcançar. Certamente este ouvinte terá em sua cidade emissoras que atendam a esta outra demanda”, conclui Lui. (Marcos Ribeiro)

quinta-feira, 29 de dezembro de 2005

O que faz a Anatel? parte 2

Com certeza, muita coisa. Mas se eles dessem uma chegada aqui pras bandas do Parque do Estado iriam apreender muita rádio pirata peba que anda atrapalhando a recepção da USP FM, da Eldorado FM. Aliás, já que esse monte de mosca morta que trabalha em rádio se caga de medo de denunciar esses bandidos do eter, eu vou meter a boca. Foda-se. TÔ DE SACO CHEIO DE FUNCIONÁRIO DE RÁDIO COMERCIAL QUE DIZ QUE O PROBLEMA DAS RÁDIOS CLANDESTINAS NÃO É COM ELES, QUE ISTO É PROBLEMA DA ANATEL. SERÁ QUE EU CHEGO? Então já que a Anatel parece que não trabalha direito, resolvi dar uma ajuda.

Anota aí dona Anatel: Rádio FM 93, 93,9 MHZ. Essa atrapalha o sinal da USP FM aqui no ABC. Transmite da região da Avenida do Cursino, Parque Bristol e cercanias. Seu sinal chega até Santo Amaro, Diadema, Cidade Ademar e adjacências. Se tiver difícil, tenta ligar pra lá. Eles disseram que o telefone de lá é (11) 6805 0211. Foi o que disseram no ar, pelo menos.

Agora, mãos à obra que tem muita rádio pirata pra ser interditada por São Paulo afora.

O que faz a Anatel?

O que faz a Anatel aqui em São Paulo. Deve fazer muita coisa, mas uma coisa ela não faz: fiscalizar as rádios piratas que abundam na periferia. Existe uma tal de FM 91, em 91,1 MHz que transmite em alto e bom som a partir do Capão Redondo até o ABC. Como se o ABC fosse vizinho do Capão Redondo. Para esses piratas dever ser. São só 35 km de distância - pouco mais da metade da distância entre a Praça da Sé e Mogi das Cruzes. É logo ali, né? Todo mundo ouve. Menos a Anatel. Não se perca pela sintonia: FM 91, de Capão Redondo. É nóis. Quero saber como vou fazer quando a Itapema entrar no ar.

PS.: Se a Anatel quiser mais informações sobre a alternativa emissora é só mandar um email para marcos_rezende@hotmail.com, tá?

domingo, 25 de dezembro de 2005

Fiquei na dúvida se deveria colocar no ar,....

.....mas como se trata de uma instituição pública, financiada com o nosso - o meu e o seu - dinheiro, e dado à relevância do fato, mandei a falta de discrição às favas e vou publicar a seguinte mensagem:

Prezado Marcos,

Seu voto no nosso programa " Programa do Estudante" foi um estímulo para a nossa Rádio e uma obrigação de fazer ainda mais. Muito obrigado pela sua participação. Um ótimo fim de ano e muita força para 2006.

Um abraço,

Marcos Mendonça
Presidente da Fundação Padre Anchieta
Rádio e Televisão Cultura
São Paulo - SP


Muito obrigado, caro xará Mendonça, se me permite a ousadia da intimidade. Espero que a Rádio Cultura continue sendo uma fonte permanente de boas idéias para o rádio. Outro abraço.

Milagre de Natal: cultura FM

Querido Papai Noel,

Gostaria de agradecê-lo pelo milagre que tenho certeza de que aconteceu sob sua intervenção. Neste domingo de Natal, estava eu distraidamente passando pelo nosso sofrido dial Fm quando sem querer cheguei aos 103,3 Mhz, da Cultura FM. O senhor sabe, né? Aqui onde moro é quase impossível ouvi-la por causa dessas malditas rádios piratas auto-entituladas "comunitárias". E não é que justo nesse domingo o som da Cultura estava limpo em alto e bom som? Só pode ter sido um milagre!!!!! Liguei o meu rádio gravador, que não tem um sintonizador muito bom e o som estava quase perfeito. Liguei o meu walkman "tijolão", da década de 80 e o som estava supimpa.

O que teria acontecido? Desistiram de bombardear o sinal da nossa rádio educativa? Ou a Anatel resolveu trabalhar? Será que voltaremos aos bons tempos em que ligávamos o rádio e ouvíamos as rádios sem interferência? Tomara. De qualquer maneira, agradeço mais uma vez, pois de alguma forma, creio de alguma forma o senhor interveio a meu favor. Afinal, não é pra isso que servem os santos?

sábado, 24 de dezembro de 2005

O pior de 2005: as mexidas essebetianas da Globo

Do Tributo ao Rádio do Rio de Janeiro

Data: Sun, 03 Jul 2005 18:38:06
De: "Diego Andersen"
Assunto: COMO SURGIU A CBN NO FM CARIOCA

Amigo,

Postei isso no Orkut, na comunidade Sistema Globo de Rádio...

A recente falta de respeito do Sistema Globo para com o Rio começou com a tentativa de transformar a Globo AM em rede. Demitiram vários apresentadores cariocas (até o Haroldo de Andrade) e tentaram transformar os paulistas em donos dos horários de ponta. Demitiram os melhores noticiaristas cariocas do Globo no Ar. Chegaram até a colocar insistentemente os narradores esportivos da Globo/SP nos jogos de times cariocas jogados em SP. Ah, com certeza o ouvinte carioca do Panorama Esportivo adora saber que o jogador Jeca Tatu do Quinze de Pindamonhangaba teve o dedo do pé direito machucado no treino para o jogão contra o Anhangabaú, fato comentado em detalhe pelo fantástico comentarista Paulo Roberto Martins com seu sotaque do interior do interior de SP.

Resultado... a Tupi fez molecagem de garotinhos (desculpem o trocadilho) e lançou o lema "Tupi Rio 24 Horas". Conseqüência: audiência Tupi disparou, audiência Globo despencou. A Globo AM agora corre atrás do prejuízo. Depois, sem saber o que fazer com a concessão dos 1180 kHz, jogam no ar uma parceria com o Viva Rio. Ninguém merecia ouvir aquilo, na histórica freqüência que um dia fora da própria Globo AM e que já pertencera a uma saudosa Rádio Eldorado.

Aí pensaram "como podemos desrespeitar mais o ouvinte carioca?" - algumas cabeças pensantes resolveram lançar uma vitrola que toca pagode e samba o tempo todo. Não se pode recomendar isso nem para o assassino da própria mãe. E pior ainda, para triturar o ouvinte carioca, jogam nessa coisa o nome e as vinhetas da legendária Rádio Mundial, que pautou a adolescência de muitos de nós em 860 kHz.

As mesmas cabeças pensantes do SGR não se contentaram. "Tem mais alguma coisa que o carioca gosta do Sistema Globo?", se perguntaram. E chegaram à conclusão que tinha: a Globo FM. "Ah é? Então tá". E assim surgiu a CBN com seus âncoras paulistas na FM carioca.

Abraços!
Diego

terça-feira, 13 de dezembro de 2005

Atenção, saudosistas de plantão,.....

...eis aqui uma amostra da antiga Rádio Eldorado AM e seus locutores que marcaram época. Ouça através do Real Player, clicando aqui. Ai ai. Bons tempos, não?

segunda-feira, 12 de dezembro de 2005

Os melhores do rádio em 2005, segundo a APCA

Foram escolhidos na noite desta segunda feira, na sede do Sindicato dos Jornalistas, no centro de São Paulo, os melhores do ano de 2005 no mundo das artes, segundo os membros da APCA - Associação Paulista dos Críticos da Arte. Os contemplados pertencem a diversas categorias: televisão, cinema, teatro, teatro infantil, literatura, artes plásticas, música, dança e rádio.

Os vencedores na categoria rádio foram:

Melhor programa de Humor: "Porteiro Zé", da Rádio 89 FM;
Melhor programa de variedades: "Trip Eldorado", da Rádio Eldorado FM;
Melhor programa de cultura geral:"Você é curioso?", da Rádio Bandeirantes AM/FM;
Melhor programa musical: "O samba pede passagem", da Rádio Capital AM;
Melhor produção universitária:"Programa do Estudante", da Rádio Cultura AM;
Programa revelação do ano: "Chic", da Rádio Eldorado FM;
Grande Prêmio da Crítica: "Quadrante", com Paulo Autran, da Rádio Band News FM;

Votaram na categoria rádio:
Marcos Ribeiro (Editor do Portal Rádio Base)
Regina Augusto (Editora-chefe da revista Meio e Mensagem)
Miriam Ramos (Professora de locução do curso de rádio do Senac Lapa - SP)

A entrega dos prêmios acontecerá no dia 4 de abril de 2006, no Teatro Municipal de São Paulo.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2005

Entrevista do Lula: corre que ainda dá tempo de ouvir!!!

Pois é, o rádio é um veículo tão veloz que quando a gente pensa que vai ser, já foi. ouça a entrevista do presidente Lula para as redes Bandeirantes, Band News, Jovem Pan Sat e CBN, agora, pela nossa página de rádios ao vivo, clicando aí ao lado. Não perca mais tempo!!!!!

terça-feira, 6 de dezembro de 2005

Pod quem?

Olá, caro leitor que nos prestigia com a sua audiência e que entra nesse mal traçado blog para saber as últimas do mundo do rádio.

Como você deve ter percebido, a última moda entre os fãs de rádio e internet é um tal de podcast. Pod quem? Pod Cast. É uma nova ferramenta que une a tecnologia do Ipod - aqueles aparelhos digitais que armazenam milhões e milhões de bytes em informação sonora - com o princípio da radiodifusão.

Parece um ovo de colombo, mas não é. Para você ouvir os programas disponibilizados neste sistema, você precisa instalar em seu computador um software que vai permitir que você baixe as gravações e depois as ouça no seu computador. Ele também permite que você seja avisado toda vez que há uma atualização do seu programa de rádio preferido. Porém, tem um problema: você terá de baixar também uma atualização da Microsoft a fim de que seu sistema operacional (o programa instalado em seu micro que faz com que ele funcione) possa tornar estes softwares funcionais. Ao menos na versão XP, que é meu caso, esta atualização modificou algumas configurações de entrada, mas não trouxesse maiores prejuízos.

Embora pareça um grande invento, a única inovação é que você é avisado pelo "podder" que uma nova edição já pode ser baixada, ou seja, você não precisa entrar na home page do programa de rádio, emissora, cantor ou seja lá o que for, para fazer "download do áudio". Honestamente, não creio que só isso seja suficiente para provocar tanto auê em cima dessa nova ferramenta.

Para o profissional de rádio, ou qualquer pessoa que queira botar suas impressões sonoras na web, não muda muito: vai ter de ter um servidor onde ele possa colocar seus arquivos de áudio. Se este arquivo for muito acessado, vai gerar transferência excessiva de dados, o que é ruim, já que 99,9% das empresas de hospedagem de sites e de rádio cobram o que o pessoal "ouve a mais". Sempre achei isso uma puta sacanagem, mas é a prática corrente. Talvez compense para o "poddcaster" que possua uma máquina própria. Mas convenhamos: se o cidadão possuir um servidor de áudio próprio, creio que seria mais interessante transmitir "ao vivo" e não apenas programas "ondemand", como é o caso do podcast.

Para o ouvinte, é muito mais fácil entrar no site, procurar o link do áudio que quer e baixar este arquivo para o seu PC do que ter esta trabalheira toda de instalar um programa que vai avisar sobre atualizações, etc, etc. Além do mais, por enquanto, os arquivos do podcast só podem ser gravados no formato do MP3 - que já está superado porque sua qualidade sonora é inferior a de outros formatos mais novos - e wma, formato do Windows Media Player.

Alguns internautas mais modernos hão de dizer:"eu saio ganhando porque não tenho tempo de ficar entrando nas páginas dos programas que quero ouvir". Aí eu pergunto: se este usuário não quer gastar 2 minutos acessando o site e fazer o donwload do áudio, como ele vai usar 10 minutos que seja de seu tempo ouvindo o áudio que ele baixou, hein?

Com a palavra, o caro leitor deste blog.

Bandeirantes AM assume programação da filial carioca

Do Tributo ao Rádio do Rio de Janeiro

Depois de muitos anos fazendo de sua Bandeirantes AM 1360 (ex-Guanabara) uma mera locadora de horários, o grupo Bandeirantes promete mudar sua conduta, conforme noticiou o portal Tudo Rádio:
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Exclusivo: Rádio Bandeirantes AM no dial carioca

Rio de Janeiro - No final da edição do Jornal Gente da Rádio Bandeirantes AM de São Paulo do último dia 8, o jornalista José Paulo de Andrade anunciou que a Rádio Guanabara AM-RJ 1360 KHz que faz parte do Grupo Bandeirantes passará a se chamar Rádio Bandeirantes AM, realizando transmissões de programas realizados pela emissora de São Paulo através da Rede Band Sat e com a produção local de programas e reportagens.

A estimativa é que essa mudança seja concretizada no mês de dezembro ou inicio de janeiro/2006.

por Rodrigo Oliveira - 10/11/2005

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Percebe-se que a equipe do portal Tudo Rádio não sabe que o nome Guanabara foi trocado por Bandeirantes, já há muitos anos.

Tomara que a Bandeirantes AM monte, enfim, uma equipe de reportagem local, parando de depender da equipe de reportagem da TV Bandeirantes do Rio. Que montem também um equipe local de comunicadores e âncoras.

Por fim, torcemos para que sejam mantidos os dois programas jornalísticos que são os carros-chefe da rádio, atualmente: o Faixa Livre (segunda a sexta, 7h30 às 9h) e o Boca Livre (segunda a sexta, 13 às 15h)(Marcelo Delfino)



Comentário do editor da Rádio Base: segundo a própria emissora, a Rádio Bandeirantes AM 1360 do Rio de Janeiro vai retransmitir os programas "Primeira Hora - edição nacional" (7h - 7h30), "Jornal Gente - primeira parte" (8h - 9h), "Esporte Notícia - edição nacional" (12h - 12h30) e Jornal em 3 tempos - Brasil (18h - 18h30. Desconfio que ela vá retransmitir outros programas como "Você é curioso" - (sábados, 10h30), "Porque hoje é sábado" (sábados 21h - 0h) e "A caminho do Sol" (segunda a domingo, 0h. Isso já acontece em alguma outras emissoras da outrora "Cadeia Verde-Amarela", como a Rádio Band FM, de São José dos Campos (SP) e a Rádio Bandeirantes AM, de Porto Alegre (RS). Isso não deixa de ser salutar porque as emissoras citadas retransmitem programas da rede, mas não deixam de lado suas principais atrações locais. Parece que a BAndeirantes está no caminho certo para a formação de uma rede de rádio genuinamente brasileira, tal como fazia em passado recente. Ponto para Band. (Marcos Ribeiro)

Finalmente!!!! Som da Antena 1 carioca chega à internet

Depois de trocentos anos mantendo seu website no ar,a Antena 1 Lite carioca resolveu colocar à disposição dos internautas o som de sua programação ao vivo, informa nosso leitor, amigo e correspondente André Luis Alves Amorim. Finalmente quem mora fora do Rio de Janeiro vai poder ter a chance de conhecer e apreciar (ou não) a programação desta tão badalada emissora. O endereço do site é www.antena1rio.com.br. Valeu André e ponto para Antena 1!!!!

Para ouvir essa estação em nosso painel de rádios ao vivo entre no link correspondente ao lado. O sinal está disponível em Real Player (ou em media player, conforme o caso.

PS.: Cadê o sinal da Paradiso FM? O gato comeu? Tomou doril? Também quero ouvir a Paradiso, pô!!!!!

PODCAST: NOVA MANIA DA REDE

Já faz um tempinho que prometí um texto sobre podcast! Fiz esse texto para um trabalho e aproveito para reproduzir aqui. Quem já conhece e já utiliza o formato podcast pode achar um texto meio bobildo... ele serve mais pra quem está começando mesmo.

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Uma nova ferramenta surge na internet mundial para garantir o direito de liberdade de expressão: o podcast. Com ele, qualquer usuário pode produzir e disponibilizar um programa de rádio para outro internauta ouvir, em qualquer lugar em que esteja, desde que ele baixe o arquivo de áudio em seu mp3 player (o mais conhecido é o iPod, da Apple). Um dos adeptos dessa nova linguagem é o jornalista Roberto Miller Maia, ex-diretor artístico da rádio Brasil 2000 FM. Maia conheceu o formato há cerca de sete meses, quando comprou um iPod. “Sempre existiu áudio pela internet, mas o podcast é um facilitador”, afirmou. Toda vez que um podcast é atualizado, o ouvinte-internauta é avisado por programas, como o iPodder.

Outro “podcaster” é o professor de Comunicação Social da Universidade Anhembi Morumbi, Ricardo Senise. “Conheci o podcast lendo o caderno Link, do Estadão, de maio”. O nome do seu programa é “5 a 1 – 5 músicas e um pretexto”. Semanalmente, Senise escolhe um tema e seleciona cinco músicas que se relacionam com ele, além de contar histórias. Para gravar o programa, Senise transformou seu laptop em um estúdio portátil, onde pode conectar até dois microfones e gravar em formato digital pelo software Audiction, da Adobe. Mas, por outro lado, Maia garante que um podcast não depende de tecnologia: “Posso gravar com um microfone baratíssimo e conseguir um bom resultado”.

O podcast não tem regras. “É um formato completamente livre. Pode-se tratar de qualquer tema, ter qualquer estilo, e não tem amarras comerciais. É a verdadeira equação da liberdade, disse Maia.

Inicialmente, os dois conseguiram como público somente amigos mais próximos. “Mas eles já espalharam a notícia. Cheguei a ter mais de cinqüenta acessos em um único programa”, comemora Senise.

Para ouvir os trabalhos de Roberto Miller Maia e do professor Ricardo Senise, acesse http://radiomaia.tripod.com e http://www.5a1.ricardosenise.com.br.


MARCOS LAURO

domingo, 4 de dezembro de 2005

Rota 77 e Mundo Punk & HC

Se você curte porrada punk e hard core na oreia, não deixe de ouvir os programas Rota 77 e Mundo Punk & HC pela web rádio Mundo Rock: http://www.radiomundorock.com.br

Gisele Santos
Portal Mundo Rock

Promoção do Roko-Loko na rádio Brasil 2000

Até o dia 2 de janeiro de 2006, a Rádio Brasil 2000 FM (www.brasil2000.com.br) , de São Paulo, vai veicular diariamente a vinheta do game do Roko-Loko no período das 14h às 16h. Todo dia irão sortear 01 (um) kit contendo 01 (um) livro do cartunista Marcio Baraldi ("Tatoo Zinho" ou "Roko-Loko") e 01 (um) game do "Roko-Loko no Castelo do Ratozinger" - o primeiro game rock'n roll do país. Além disso, a vinheta também rolará no programa Backstage, apresentado por Vitão Bonesso, toda quinta e domingo até o fim de dezembro.
Quem quiser ouvir a vinheta, poderá baixar no site da Rock Brigade: www.rockbrigade.com.br
www.marciobaraldi.com.br

sexta-feira, 2 de dezembro de 2005

Transamérica chega a mais duas cidades

A Rede Transamérica de Comunicação se instalou em mais duas cidades brasileiras: Sobral, no Ceará, e Canoinhas, em Santa Catarina. Com isso, a rede passa a contar com 51 emissoras. A cidade de Sobral recebe o sinal desde esta quarta-feira, dia 30, operando no dial FM em 105,1 MHz. A cidade de Canoinhas passa a transmitir a programação da Transamérica Hits, a partir desta sexta-feira, dia 2. (Meio e Mensagem Online)

Grupo Jovem Pan investe R$1,5 milhão em gravadora

O Grupo Jovem Pan investe cerca de R$ 1,5 milhão para a criação da mais nova gravadora do País. Trata-se da Bacanas Records, que será voltada ao público classe A. O objetivo da nova empresa é lançar cds, com uma tiragem inicial de 30 mil cópias, com distribuição pelas Lojas FNAC, Submarino e Americanas.com, entre outros.

A nova companhia programa 10 lançamentos até o final do ano. Os cinco primeiros levarão a marca Daslu: Daslu Lounge, Daslu House, Daslu Samba Rock, Daslu Hip Hop e Daslu Mix. Além disso, uma artista inédito também deve fazer sua estréia na Bacanas Records.

A parceria entre o Grupo Jovem Pan e a Daslu já vem de algum tempo, desde que Eliana Tranchesi inaugurou a nova sede de sua loja, quando contratou a Jovem Pan para criar a Rádio Daslu, uma rádio exclusiva. Depois desse projeto o grupo acabou criando uma empresa para customizar música para ambientes comerciais, como lojas, hotéis, restaurantes, desfiles, entre outros. (Meio e Mensagem online)

quinta-feira, 1 de dezembro de 2005

Parabéns para você nesta data querida...

Muito bom dia!!!! Hoje duas importantes emissoras FM de São Paulo fazem aniversário. Em 1° de dezembro de 1985 surgiam no eter paulistano a Rádio 89 FM e Rádio Brasil 2000 FM.

A Rádio 89 FM começou a operar em 12 de outubro de 1984, com o nome de Pool FM. Um ano e um mês depois o Sistema Jornal do Brasil de Rádio assumiu seu controle operacional e criou a "89 FM, a Rádio do Rock", aproveitando a então crescente onda do rock nacional. A 89 deu seu ar da graça às 6 horas da manhã, com a locução de Marcelo Moraes (aliás, que fim levou Marcelo Moraes?). A primeira canção que a nova estação tocou foi "Head Over Heels", faixa do então recém lançado LP "Songs from the Big Chair", um clássico do duo pop inglês Tears for Fears. O sistema JB de rádio comandou a emissora até 1992. De lá para cá, a emissora está sob a batuta da Rede Autonomista de Rádio, sua verdadeira proprietária desde o início.

A Rádio Brasil 2000 surgiu em caráter experimental no mesmo dia. Com cerca de 5 KW de potência, seu sinal mal cobria a área metropolitana. No começo da década de 90, as Faculdades Anhembi Morumbi assumiram o controle total. A outra sócia mantenedora eram as Faculdades Ibero-Americana. Dessa época em diante, a Brasil 2000 começou a dedicar-se a tocar o melhor da música pop contemporânea, sem se importar muito com os modismos da indústria do disco. Nos sete anos que se seguiram, ela foi comandada pelo jornalista e professor Roberto Muller Maia e sua equipe. Em 2005, esta rádio educativa passou a reproduzir a programação do horário nobre da Rádio Bandeirantes AM, das 6h ás 10h.

Em nome dos editores e leitores deste blog, queremos mandar nossos parabéns aos funcionários e diretores das destas duas importantes emissoras.