A parte que lhe cabe...

Na edição de ontem do jornal Folha de S. Paulo foi publicada uma reportagem de página inteira sobre os gastos federais com os meios de comunicação, com destaque para a TV e para as empresas das Organizações Globo. Mas é lógico que o que nos interessa aqui é o rádio... e a reportagem também traz as vinte rádios que mais receberam verbas do governo nos anos de 2001 a 2004. No último ano, as "dez mais" foram:

Globo - R$ 7,6 milhões
CBN - R$ 4,4 milhões
Band AM/FM - R$ 4,4 milhões
Jovem Pan - R$ 3,3 milhões
Super Rádio Tupi - R$ 2,7 milhões
Capital - R$ 1,9 milhões
Antena 1 - R$ 1,7 milhões
Transamérica - R$ 1,5 milhões
Nativa - R$ 1,5 milhões
Gaúcha - R$ 1,4 milhões

A rádio Mix FM, que não recebeu nada em 2001 e 2002, aparece em 17º lugar e apresenta uma tendência para subir ainda mais nesse ano: em 2003 recebeu R$ 200 mil e em 2004, R$ 600 mil. As duas primeira colocadas, Globo e CBN, ficaram com 13,6% de toda a parte que cabe às rádios.

Observando os números totais. os gastos com rádio superam os gastos com revistas (R$ 89,9 milhões contra R$ 87,5 milhões das publicações), mas ainda ficam muito abaixo dos jornais (R$ 109,7 milhões, com a própria Folha de S. Paulo em 2º lugar, com R$ 10,2 milhões) e principalmente da TV (R$ 506,4 milhões).

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Mais da parte que lhe cabe
Outras Globos
Em outros meios, as empresas de comunicação da Globo também se destacam.
As duas emissoras de rádio que mais receberam verbas estatais em 2004 foram a Globo e a CBN, ambas pertencentes às Organizações Globo. Juntas, tiveram R$ 12 milhões -ou 13,6% de tudo o que a administração Lula investiu nesse meio de comunicação.
Não há aferição de audiência média nacional para as redes de rádio. O Ibope calcula apenas as audiências locais. Por essa razão, não é possível fazer uma relação precisa entre os valores recebidos por veiculação de propaganda estatal e a penetração no mercado.

Quando se analisa jornais diários, "O Globo" é o primeiro colocado. Com circulação média de 257,5 mil exemplares, recebeu R$ 10,6 milhões pela veiculação de publicidade estatal federal em 2004. Logo atrás está a Folha, com R$ 10,2 milhões recebidos e uma circulação média de 307,7 mil exemplares -ou 19,5% a mais que o diário concorrente do Rio. (Trecho da reportagem "Com PT, Globo aumenta sua fatia no bolo" de FERNANDO RODRIGUES, Folha de São Paulo, 5 de setembro de 2.005)