segunda-feira, 6 de junho de 2005

O que há por trás da CPI dos Correios?

Não sei se alguma rádio atentou para as informações que recebemos por email do website do PCO - Partido da Causa Operária. De qualquer maneira, vou deixar o texto aqui para ver se alguma emissora jornalística (Band News FM, CBN, Guaíba, etc.), tão zelosas em buscar a verdade dos fatos, se interessa em investigar a apurar o assunto melhor. Fiquei curioso sobre uma coisa: teria alguma ligação com a instalação da CPI dos Correios? Será que alguém se habilita a pesquisar e buscar respostas?

Conspiração estrangeira
Abutres internacionais querem destruir a ECT
DO CAUSA OPERÀRIA ONLINE

4 de junho de 2005

A categoria dos trabalhadores dos Correios nunca foi tão violentamente atacada como agora. Na próxima quinta-feira, está prevista a votação da ADPF 46 - a Argüição de Descumprimento de Preceito Fundamental no Superior Tribunal Federal (STF).
Este processo pretende conseguir a quebra do monopólio dos serviços postais, o que significa entregar este serviço para a exploração particular de capitalistas estrangeiros. É o primeiro passo para a privatização dos Correios. Se a lei for aprovada, representará um retrocesso político, econômico e social gigantesco para o país como foi o caso da Companhia Siderúrgica Nacional, da companhia Vale do Rio Doce, das empresas do sistema Telebrás etc.

O pedido de quebra do monopólio estatal deveria ser inaceitável para o STF, uma vez que contraria uma lei já estabelecida pela nossa Constituição. No entanto, o Tribunal vai votar por pressão dos empresários estrangeiros que querem pôr a mão neste enorme mercado brasileiro. Além de inconstitucional, o projeto ataca diretamente todos os mais de 100 mil trabalhadores da categoria assim como toda a população que se beneficia dos serviços prestados pela ECT.

Só os estrangeiros vão se beneficiar

Os únicos interessados e que realmente vão se beneficiar com a quebra do monopólio dos serviços postais serão as grandes empresas estrangeiras que já exploram de maneira limitada alguns serviços postais (DHL, FEDEX, UPS, etc...). Há uma forte aliança entre todas as grandes empresas internacionais de serviços postais para pressionar o governo a aceitar a destruição da ECT e a divisão do seu mercado entre os tubarões internacionais.

Com a abertura do mercado, a competição destas empresas, na base da superexploração imposta aos trabalhadores e do subsídio estatal levaria à falência dos Correios em pouco tempo. Seria o primeiro golpe. A etapa seguinte seria a privatização total da empresa. Se os Correios caírem nas mãos dos capitalistas internacionais, significará a degradação total da categoria, com corte de benefícios, perdas salariais imediatas, demissões de dezenas de milhares de trabalhadores. Querem fazer do trabalhador dos Correios um semi-escravo como acontece com motoqueiros e OTT´s das empresas privadas.

Vamos resistir com a ocupação da empresa

Além disso, como já aconteceu com o setor de telefonia, por exemplo, que foi privatizado e caiu nas mãos dos grandes tubarões estrangeiros, a privatização da ECT levaria a um superaumento dos serviços prestados pela empresa. A maior empresa estatal do País, com mais de 100 mil trabalhadores, não pode ser atacada dessa forma. Toda a categoria é contra essa medida. Ninguém sequer foi consultado, nem os trabalhadores da empresa nem nenhum cidadão brasileiro. Essa conspiração está sendo feita às costas do povo, de maneira sorrateira e criminosa.

A Corrente Ecetistas em Luta convoca toda a categoria a se levantar contra esse ataque que irá lesar mais de 100 mil famílias de trabalhadores da ECT e 180 milhões de brasileiros. Propomos aos sindicatos de luta em cada estado e aos trabalhadores a organização da ocupação dos prédios da empresa em todo o país para impedir a votação de semelhante crime contra os trabalhadores e todos os brasileiros.

O movimento sindical que representa unitariamente toda categoria não pode permitir que o governo e o judiciário desafiem abertamente mais de 100 mil trabalhadores para atender o interesse de capitalistas internacionais que sequer conhecem o Brasil.

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