quarta-feira, 8 de setembro de 2004

A MEMÓRIA DO RÁDIO em exposição no PÁTEO DO COLÉGIO

São Paulo
entrada fraca

Rádios de épocas diversas, com destaque para os rádios galena, um gramofone de 1905, o primeiro gravador em fio de aço, uma vitrola suíça de 1925 e fones de ouvido de 1930 poderão ser vistos nos dias 14, 15 e 16 de setembro no Páteo do Colégio, junto a mais de 70 peças que documentam a evolução do radio.

A exposição NO AR, A MEMÓRIA DO RÁDIO mostrará em funcionamento todos os aparelhos que, além de identificação, trarão uma ficha histórica que os insere na época em que foram criados. Em um espaço à parte, estarão sendo projetadas fotos de São Paulo a partir de 1850 do acervo particular de Neuza Guerreiro de Carvalho.

Promovida pelo Grupo da 3a Idade que há mais de 20 anos se reúne no local semanalmente para trocar discos e informações ligadas à música em geral, a exposição destaca o acervo de Ângelo Mantovani, um colecionador que é visto como a história viva do rádio e que até hoje se dedica à restauração de aparelhos antigos.

“Só de rádios galena, os mais simples que conhecemos, anteriores aos de diodo e válvula, serão aproximadamente quinze, construídos por mim e Ademar Peres Ometto.Teremos também o primeiro rádio fabricado no Brasil, um Cacique modelo Ipê, de 1933, e o primeiro rádio de válvulas e pilhas portátil”- diz ele.

Além de gráficos e desenhos, como os dos discos de cilindro que eram usados para gravação de músicas e que datam de 1893, painéis e vídeos mostrarão as experiências desenvolvidas pelo jesuíta e cientista brasileiro Roberto Landell de Moura, pioneiro das telecomunicações.

“Roberto Landell de Moura é reconhecido por nós, brasileiros, como inventor do rádio graças às suas primeiras experiências de transmissão de voz humana através de ondas e também da luz, entre 1893 e 1894, anteriores a Marconi, portanto. É necessário destacar que os primeiros registros da transmissão da voz, feitas pelo cientista através da transmissão de ondas eletromagnéticas e registradas pela imprensa datam de 1900” - diz Luiz da Silva Netto, um dos organizadores da mostra e estudioso do cientista.

A exposição poderá ser visitada das 9 às 17 horas, com entrada franca.
O Pateo do Collegio fica na Praça Pateo do Collegio, 84, Centro., fone: (11) 3105-6899.
apoio: REVISTA PALCO - REVISTA RÁDIO LIVRE

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