segunda-feira, 29 de março de 2004

Mais considerações sobre a 94 FM

Caro Marcos Ribeiro e amigos da Rádio Base,

Quero fazer uma réplica com relação a seu comentário a respeito dos dados
que enviei aqui para o blog a respeito da Rádio 94.1. Foi escrito que "se o único problema do FM paulistano fosse as rádios do irmãos Abreu, viveríamos no melhor dos mundos".

Não quero entrar na polêmica especifica dos 94.1Mhz, mas creio que não dá
para defender as posturas adotadas pela Rede CBS. A primeira delas, é a de pegar emissoras de rádio da grande São Paulo e transferir seus sinais para a capital, na ânsia de audiência maior e de disputar um pedaço do bolo da verba publicitária que está concentrada aqui.

Quem perde com isso, são os moradores dessas cidades, que ficam sem ter um veículo de comunicação que atenda as suas necessidades. A Rede CBS estaria dando uma contribuição muito maior se ela fizesse com que
a 94,1 operasse para a cidade de Registro, dando voz e vez a seus moradores. Em vez disso, a idéia é fazer com que ela seja uma mistura de Jovem Pan e Transamérica dos bons tempos. Aliás, o Ricardo Henrique, diretor artístico da nova emissora, já dirigiu a emissora da Rua Pio XI e a colocou em primeiro lugar na audiência por alguns anos.

A outra postura indefensável é essa bagunça de frequências e estilos de
programação imposta pela Rede CBS. Hoje, uma emissora opera numa frequencia, amanhã ela muda de lugar arbruptamente, isso quando simplesmente não é tirada do ar, após conseguir algum sucesso, como foi o caso da Kiss FM. Isso é uma tremenda falta de respeito com o público e com o mercado publicitário.

Como investir numa emissora cujo futuro é incerto? Não dá para dizer que o rádio paulistano vive no melhor dos mundos com esse estilo de administração que Rede CBS impõe as suas emissoras. Já li declarações de um dos proprietários da Rede CBS à extinta coluna de rádio da Folha On Line que as rádios são dele e, sendo assim, ele faz o que quer. Melhor seria que o distinto cavalheiro fosse presenteado com aqueles kits de montar da Lego. Aí sim, poderia ser feito o que bem entendesse com esses brinquedos. E com isso, deixasse concessões públicas em paz.


Abraços
Rodney Brocanelli
São Paulo - SP
http://onzenet.blogspot.com

Um comentário:

lopes&¨lopes disse...

senhores, vou ser breve... trabalhei por uns 06 anos na rede cbs.... bagunça total , trocas abruptas de programação musical, arreendamento pra igrejas, desrespeito com funcionarios.etc, etc... agora como pode um empresario do radio como o mesmo se intitula, pois pramim é´um MERCENARIO... consegue deliberadamente concessões e mais concessões de radio...