quarta-feira, 31 de dezembro de 2003

Coda On Line está de volta

Após 1 ano de férias "forçadas", o mais importante programa de rock do interior do Brasil CODA ON LINE (www.coda.com.br) voltará ao ar em 11 de janeiro, agora aos domingos com 4 horas de duração (das 19 às 23) pela rádio Nova Onda FM de Mogi Guaçu SP e também pelo site do programa em Real Audio. No site poderão ser encontradas todas as informações como a Equipe, Playlists, Promoções, Shows Realizados, Entrevistas, como mandar material e muito mais. O programa engloba TODAS as vertentes do rock, desde o mais obscuro garage rock aos clássicos e dando muito destaque ao rock nacional.

Delcio Padovani Junior
Itatiba SP


Uma curiosidade: Coda não era o nome do último LP lançado pelo Led Zeppelin, em 1981? Se você souber, por favor nos avise, ok?

Pelo que eu me lembro, já existiu um programa com esse nome na Rádio USP nos anos 80, que apresentava música erudita eletrônica, algumas experimentações nessa área. Você teria se inspirado nesta atração para fazer o seu programa?

De qualquer forma, Delcio, boa sorte em sua volta ao rádio, ok?

terça-feira, 30 de dezembro de 2003

Socorro!!!!!! Chama o Pasquale!!!!!!

Em 2004, gerundismo zero!
Ricardo Freire - Revista Época

As reformas passaram. Os juros começaram a cair. A indústria voltou a contratar. As vendas melhoraram um pouquinho. Já dá para comemorar? Não. Existe um grande perigo por trás de tudo isso. O quê? Não, não é a volta da inflação. Refiro-me à bolha do gerundismo.

Pense bem: quanto maior é a atividade econômica, mais negócios são fechados. Mais telefonemas são dados. Como conseqüência, mais gente tem a oportunidade de dizer coisas como: 'Nós vamos estar analisando os seus dados e vamos estar dando um retorno assim que possível'. Ou: 'Pra sua encomenda tá podendo tá sendo entregue, o senhor precisa tá deixando o nome de uma pessoa pra tá recebendo pelo senhor'.

Pára! Pára tudo! Não é para isso que a gente se sacrificou este ano inteiro. Crescimento, sim. Gerundismo, não! Mais do que nunca, precisamos nos mobilizar. Cada um de nós deve ser um agente sanitário eternamente a postos para exterminar essa terrível praga que se propaga pelo ar, pelas ondas de TV e pelas redes telefônicas.

E só existe uma forma de descontaminar um gerundista crônico: corrigindo o coitado. Na chincha. Com educação, claro. Por incrível que pareça, ninguém usa o gerundismo para irritar. Quando a teleatendente diz 'O senhor pode estar aguardando na linha, que eu vou estar transferindo a sua ligação', ela pensa que está falando bonito. Por sinal, ela não entende por que 'eu vou estar transferindo' é errado e 'ela está falando bonito' é certo. O que só aumenta a nossa responsabilidade como vigilantes e educadores.

O importante é nunca deixar barato. Se alguém vier com gerundismo para cima de você, respire fundo - e eduque a criatura. 'Não, eu não posso TÁ ASSINANDO aqui. Mas, se você quiser, eu posso ASSINAR aqui, com o maior prazer.' 'Não, minha filha. Eu não vou TÁ EXPERIMENTANDO nada em provador nenhum. Eu vou é trocar de loja!'

Se você tiver habilidades de professor, pode ir mais fundo: 'Desculpa. Não é 'a gente pode tá liberando o seu carro no sábado'. Você não deve usar nunca o verbo estar, no infinitivo, combinado com um verbo no gerúndio. O certo é 'a gente pode liberar o seu carro no sábado'. Entendeu?' O sujeito vai continuar sem entender nada, e depois dessa provavelmente o seu carro nem fique pronto no sábado - mas é um preço que vale a pena pagar por uma sociedade sem gerundismo.

Toda atenção é pouca. Nesse período de tolerância zero com o gerundismo, precisamos evitar até mesmo os casos em que o 'vou estar fazendo' esteja certo. Por exemplo: em vez de dizer 'Não ligue agora para o seu tio, porque ele deve estar jantando' - o que é perfeitamente correto -, diga: 'Não ligue agora para o seu tio, porque é hora do jantar'.

O governo poderia fazer de 2004 o Ano Oficial de Combate ao Gerundismo. Um bom começo seria proibir o gerundismo em todas as declarações do Executivo (presidente: metáfora, tudo bem. Gerundismo, não!). Gerundismo poderia dar pontos na carteira de motorista. Poderia aumentar a alíquota do Imposto de Renda do infrator. As universidades públicas poderiam inovar o sistema de cotas. Que tal: 100% das vagas para não-gerundistas?!!

Ainda estamos longe da erradicação do analfabetismo. Mas o fim do gerundismo só depende de nós. Não vamos nos dispersar!

e-mail para a coluna: xongas@edglobo.com.br

A audiência das rádios mais ouvidas (na Rádio Base)

Aqui está o ranking das rádios que podem ser ouvidas pela Home Page da Rádio Base. Apesar de estar meio bagunçado (calma, estamos acertando isso), dá para ter uma idéia de quais emissoras os leitores gostam de ouvir quando entram em nossa porteira. Outra coisa que a pesquisa revela é que muita gente chega até os links pelas ferramentas de busca. Acompanhe:

Visitas no mês:

Punk Rádio - 56
98 FM - 69
Alvorada FM - 42
América - 82
Brasil 2000 - 51
Capital - 92
CBN SP - 20
Cidade Rio - 68
Cultura FM - 43
Eldorado FM - 55
Globo AM Rio - 54
Globo AM SP - 32
Globo FM Rio - 171
JB FM - 222
Jovem Pan AM - 95
Mix FM - 90
MPB FM Rio - 150
Nova Brasil FM - 102
Sociedade da Bahia - 25
Transamérica Light - 69
Transamérica Pop Brasília - 76
Transamérica Pop S. Paulo - 129
USP FM - 0
Outras emissoras em Real Player - 274

segunda-feira, 29 de dezembro de 2003

Até 2004!

Esta é a minha última participação no blog este ano.
Espero que todos alcancem seus objetivos, que os radialistas que tiveram seus postos tomados por famosos da TV e picaretas em geral voltem para o rádio e que o nosso dial não seja invadido por piratas e emissoras que dizem amém.
Um abraço a todos e um ótimo 2004!
Amém.

Marcos Lauro

Fala, que eu não te escuto!

Sintonia flexível
O Senado e a Câmara querem que suas rádios sejam desobrigadas a transmitir a "Voz do Brasil" às 19h em dias de sessões deliberativas. Estudam até entrar na Justiça para conseguir transmitir o programa em horários alternativos, como já fazem emissoras paulistanas.
Folha de S. Paulo - Painel - 29/12/2003

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Mas se até as pessoas que deveriam defender a "Voz do Brasil" com unhas e dentes tentam driblá-la, acho que melhor acabar de vez com esse programa, não é?

domingo, 28 de dezembro de 2003

2003? Já vai tarde...

Eita, aninho besta!! É Bush pra cá, radicais pra lá...
Em relação ao rádio, houve algumas coisas interessantes:
- O sempre criativo 1º de abril da 89 FM;
- A mudança de programação da Rádio América;
- A nova rádio Brasil 2000, com os dois pés fincados de vez no Rock 'n' Roll;
- A volta do programa Garagem;
- Vida curta dos "programas apresentados por famosos da TV" (eca!);
- "Na Geral" se firmando na Band AM (e ganhando APCA!!).

E se eu me lembrar de mais coisas, vou incluindo aqui...

Ah, e a volta do programa Kizumba Net, o mais lindo de todos, para fechar o ano com chave de ouro (aaafe!!!).

O balanço anual de Magaly

Retrospectiva FM
Magaly Prado, da Folha On Line

O dial FM decepcionou ao longo de 2003. As emissoras de ponta, cada vez mais populares, não tentaram melhorar absolutamente nada o nível da programação para assim criar gosto mais apurado ao ouvinte comum. Com a Tupi FM, segmentada em música sertaneja, galgando mês a mês a audiência das mais ouvidas, chegando ao final do ano em terceiro lugar, as rádios concorrentes passaram a "sertanejar" sua programação aos poucos, e hoje, as duplas sertanejas atuais dominam o espaço.

Menos massante, porém bastante presente, o axé, que muitos bradavam como modismo que não se sustentaria, como a lambada, provou que ainda tem fôlego e também deu cria. Um exemplo notório foi a Transcontinental colocar no ar um programa dedicado ao gênero no mesmo horário que sua concorrente maior, a Band FM, com o seu "Axé Band", líder de audiência nacional. Ambos são calcados em músicas baianas. De qualquer forma, a Transcontinental consegue resistir ao samba e pagode, ainda como ponto alto. Ao passo que a Band FM continua com a fórmula: samba-pagode, axé, sertanejo e brega romântico.

A única emissora segmentada em pop-rock entre as cinco primeiras, a Mix FM, precisou se popularizar o suficiente para figurar nesta posição privilegiada do ranking. Portanto, colocando no ar o mais "baba" dos rocks, o rock mais fácil de digerir, a balada roqueira etc em detrimento ao som mais
pesado. Isso lhe deu frente folgada as demais rádios que atendem os jovens como 89, Jovem Pan. Sem nomes fortes, o destaque é o humor leve de Felipe Xavier no programa "Chuchu Beleza", dropes espalhados.

A Sucesso FM resolveu apostar em música eletrônica na madrugada, o que destoou do resto do dia com atrações ultrapopulares. Conseqüência: perdeu ouvintes e saiu da lista das cinco primeiras, na qual esteve por anos e anos a fio.

A Gazeta que havia perdido terreno na guerra de audiência vem voltando aos poucos para sua posição tradicional: ficar entre as quatro primeiras.

A surpresa do dial FM foi a crescente e constante audiência do público fiel que gosta de rap a levar a 105 ao patamar das mais ouvidas, pelo menos à noite. Aliás, o que gerou alteração na grade de programação, como incluir mais rap entrando pela tarde também.

Várias emissoras permaneceram sem grandes mudanças. Nem em conteúdo e nem em posição no ibope, caso da 89, Antena 1, Jovem Pan, Alpha. A 89 consolidou o "Do Balacobaco" como programa engraçado nas manhãs da Rádio Rock, apresentado por Zé Luiz, o mesmo que faz reportagens no programa de TV da Adriane Galisteu.

Metropolitana investiu em famosas como Daniella Cicarelli, que não durou três meses, porém mantém boa corrida aos bons números de audiência com o "Chupim", programa que com suas tiradas estapafúrdias faz de tudo para ganhar público.

Outra emissora que andou investindo em famosos e que deu com os burros n'água foi a Transamérica. Nada vingou, nem Tiazinhas levantaram a audiência, tão pouco Zepedrices seguraram o ouvinte na rádio que deveria voltar a apostar em seu estúdio com música ao vivo.

A Kiss FM se descaracterizou do projeto inicial. Diminuiu as vinhetas que a denominavam "classic rock" porque já estava ficando feio continuar a martelar insistentemente o slogan ao longo do dia, não condizendo mais com o que rola na programação atual. Virou mais uma rádio comercial sem personalidade.

Ao contrário da Energia 97 que mantém boa parte de sua programação no segmento dance-eletrônico. Digo boa parte, pois o programa de esporte e humor de final de tarde foge totalmente do restante.

O programa "Na Geral" acabou por sair da Brasil 2000 e ganhou a audiência nacional. Foi para a Rádio Bandeirantes AM, no mesmo fim de tarde, um dos horários tradicionais do esporte no rádio, e já abocanhou prêmio da APCA.

Por falar em Brasil 2000, passou por inúmeras tentativas de afinar a programação nos últimos tempos. Parceria com o projeto Aprendiz, capitaneado por Gilberto Dimenstein, virando uma rádio-escola; programa "Blog do Tass" com o talentoso Marcelo Tass, que não vingou por ter sido considerado um projeto caro; e agora está sob comando de Kid Vinil, que incluiu o programa "Nova Brasil" recém saído da rede Nova Brasil.

Por um lado, o esquema de acolher projetos que já chegam com patrocínio resolvem o problema financeiro que acomete a maioria das rádios, mas nem sempre seguem a mesma linha editorial proposta pelo departamento artístico.

A Imprensa FM é a demonstração de que alugar horário é possível. Ao longo do ano, todos os seus minutos foram vendidos. Na mesma linha da Mundial que também aluga seus espaços para terceiros.

Na verdade, inúmeras emissoras partem cada vez mais para este expediente: cobrar um X por hora para quem possui anunciante e assim vai colocando pessoas que não são radialistas ocupando o lugar dos profissionais do rádio.

Semana que vem trago a retrospectiva do dial AM
Beijos sonoros e feliz 2004!


Nossa, vou mandar um colírio virtual pra Magaly. Ela está vendo tudo cinza. Será que nada se salvou? Mal posso esperar para ver o balanço que ela fará do AM. Terá ela coragem de criticar a rádio América, emissora em que trabalha atualmente, por mudar uma programação de audiência certa e cativa por uma que nem sabe se dará certo ou não? Será que ela vai cobrir nosso amigo Roberto Miller Maia, diretor da rádio, de elogios? Será que ela vai meter a ripa novamente em comunicadores populares, que até pouquíssimo tempo atrás
eram seus colegas de emissora? Vamos aguardar momentos eletrizantes desta história!!!!!!

sábado, 27 de dezembro de 2003

Que tal ouvir agora o Black Beat???

Eu já falei para vocês que o Black Beat, da Rádio Sucesso é um puta programa legal? Não? Então, o Black Beat, da Rádio Sucesso é um Puta Programa Legal!!! Todo o sábado, Das 21h à meia noite. Tá falado.

Tem bate papo na área

Clique aqui e entre na nossa sala de bate papo, que já está aberta. Escolha um nick e entre.

Classic Rock açucarado

Olá, pessoal da Rádio Base,

Vocês já notaram como está doce a programação da Kiss FM, 102,1 - S.Paulo, nesse final e ano ?

Bem doce, vocês não acham ? Rocks mais populares, baladas clássicas e acreditem, até rock nacional está sendo tocado na Classick Rock. Hoje por exemplo, já ouvi, Paralamas do Sucesso e claro, não poderia faltar, Legião Urbana. Eu estou gostando e espero que não seja apenas uma programação de final de ano.

Abraço a todos,

Ah ! Outro dia li um comentário de um "radiomaníaco", com eu, querendo fazer um "site" com vinhetas da Rádio Jovem Pan. Olha, todo o meu apoio e se precisar conte comigo. Tenho a vinheta mais famosa da Joven Pan, aquela, Joven Pan dois classe especial, com o Guilherme Arantes, mas estou em busca de outras. Acho que nesse "site", poderia ser de vinhetas de uma forma geral. O que acha o nobre colega que eu, perdão, esqueci o nome ?

Nilson Sousa
São Paulo - SP


É, Nilson, é bom a Kiss, a Antena 1 e a Alpha abrirem o olho para as cagadas que estão fazendo e a gente cansou de dizere reprtir aqui. De repente, a Paradiso FM chega aqui, ou outra emissora com filosofia semelhante e aí é que eu quero ver. Agora deu pra perceber porque a Globo FM e a JB "desencantaram". Ainda bem que foi pra melhor. Não sei se os cariocas acham isso. Mas a Paradise aqui em São Paulo iria dar o que falar, assim como a Brasil 2000 deu. Aliás, você reparou como a 89 vem colocando mais flashbacks, ops, classic rocks?

Pois é, a Kiss vai mais ou menos na mesma balada, muito embora tocar duas ou três classic rocks por dia é muuuuuito pouco. Não adinata a Antena ter bons locutores se eles mal abrem o bico. Se é por falat de bons redatores e programadores, tá resolvido. Há muita gente boa em produção de rádio que sabe escrever e conhece música melhor do que ninguém, que está parada. É só seu Orlando Negrão tirar o escorpião do bolso e contratar reforços de peso pro time da Antena 1. Talvez não custe tão caro quanto eles imaginam.

E não adianta enganar macaco velho com banana verde dizendo que é saborosa se ela for frita e comida com hambúrger. E desde quando índio lá do meio do mato vai ao Macdonald's?

Um abraço e nos avise quando conseguir colocar estas vinhetas no ar, ok?

A Paradise arrebenta na web

É, finalmente a Paradise FM carioca colocou seu link de aúdio na net. A primeira impressão é que a rádio parece ser aquilo que dizem dela: uma rádio de primeira. Mistura todos os gêneros sem perder a pose e com a autoridade de quem enxerga longe.

Se por acaso ela conseguir chegar a São Paulo, como anunciou na semana retrasada a Revista Veja São Paulo, a emissora de Luis Calainho e sócios vai fazer um estrago enorme na Nova FM, na Antena 1 e principalmente, na Alpha FM.

Não foi à toa que a Globo FM a a JB Fm do Rio levantaram da tumba e recauchutaram a programação. O efeito foi semelhante ao que a Brasil 2000 causou à programação da 89, da Mix e da Kiss.

Esta coluna apurou que a candidata mais séria ao arrendamento seria a Sucesso que é lounge de madrugada e pagodeira de dia. Já seria meio caminho andado. Vamos esperar para ouvir.

Entre na Radiolândia e ouça a Paradise.

Chat rolando agora...

Chat com ouvintes do programa Rota 77 e leitores do blog Rádio Base: http://chat.cjb.net/+radiobase/.
Entre e fique a vontade.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2003

Site atualizado

Atenção!
O site do programa Kizumba Net, com um esforço descomunal, foi atualizado!!!
Ainda faltam algumas páginas, mas o mais importante já está lá... acesse para conferir: www.kizumbanet.hpg.com.br.
E tenho dito!

Causos

Apaixonados por rádio como nós sempre vivem correndo atrás de arquivos, sejam de áudio ou escritos, que contem pelo menos um pouquinho da história do meio radiofônico. E como é difícil essa busca!!!
Nesse mês, a Revista Rock vem com uma reportagem muito boa sobre os 18 anos da Rádio Rock, que foram comemorados "sem moderação" pela equipe da 89 FM durante uma semana, com um estúdio montado no meio da Praça Osvaldo Cruz. Na revista, há vários "causos" que ilustram bem a história da rádio. Está (quase) tudo lá, desde o locutor que saiu no braço com um cantor no estúdio até um outro que pensou que o prédio estava pegando fogo, abandonou o estúdio e deixou a cartucheira repetindo a mesma música 10 vezes seguidas...
Seria muito bom se a próxima edição da Revista Rock viesse com uma "parte II" dessa reportagem... nós, os radiofissurados, agradecemos!

quarta-feira, 24 de dezembro de 2003

Rádio América, inovação ou invencionice?

Pessoal, estou abismado com a Rádio América. Até agora, não consegui entender qual é a proposta da rádio. Das duas uma: ou é a coisa mais revolucionária que foi inventada no rádio AM nos últimos 20 anos, ou é uma tremenda bobagem, e das grandes. A locução então, nossa, tá complicado. Não são bons nem são ruins. No entanto, a gente não consegue descobrir se eles estão indo ou se estão vindo. Será que é alguma nova forma de apresentar rádio???

Vou fazer o seguinte: continuarei na escuta da emissora para ver se chego a uma conclusão lógica. Talvez consiga, se puder ao menos imaginar qual o tipo de pessoa ouve a Rádio América atualmente. E tá difícil até de chutar. Se alguém conseguir uma definição, por favor, me avise. Talvez estejamos diante de uma grande revolução na mídia rádio!Ou não! Ahahahahaha

terça-feira, 23 de dezembro de 2003

Rádio América respeita o ouvinte

Olá, amigos da Rádio Base

Há muito não me sentia respeitado como ouvinte. Felizmente, desde setembro deste ano, a rádio América (1410 Khz) modificou sua programação, seguindo o lema de que audiência sem qualificação é ilusão. Tive a oportunidade de comprovar uma coisa simples, mas quase impossível de acontecer nas chamadas rádios populares ou jovens. Por duas vezes, em períodos distintos, liguei para a emissora e pedi músicas que há muito tempo não escutava num programa de rádio, ao menos nas emissoras que escuto com freqüência.

Não só tocaram na seqüência daquela que estava no ar, como fui atendido pelo próprio apresentador! Tratou-me pelo meu nome e agradeceu-me no ar. O apresentador em questão é Lino Alves, que conheci apenas nessa nova programação da América. Seja como for, por mais simples que seja, sabemos que as emissoras de rádio há muito perderam esse contato e respeito para com o ouvinte, tratando-o como idiota e induzindo-o a ouvir o pequeno número de músicas que fazem parte de seu “play list”. Por essas e outras, acredito que a nova América é, sim, uma das boas novas desse ano que termina. Sugiro que escutem quando puder. Vamos prestigiar o que é bom.

Em tempo: as músicas que pedi e que não escuto tocar no rádio são antigos sucessos da Alcione e da Clara Nunes. Que não tocam na Nativa, Band, Gazeta, etc. e não fazem parte do playlist na Nova Brasil FM. Nessa última, pedi uma música recente da grande Elza Soares e a atendente riu, sem pudor, da minha sugestão musical. Lamentável.

Alessandro Pereira
Jundiaí - SP


Fez-me lembrar quando era mais novo e a gente sempre dava um jeito de ligar para as rádios pedindo as músicas que queria ouvir. Na minha turma de colégio tinha o Zé da Paulicéia, que era o único que estava desempregado, e vivia ligando para uma rádio nova, que se chamava 89 FM, e praticamente fazia metade da programação só com as sugestões que ele dava. O Zé pedia, a 89 tocava e a gente ouvia no serviço. à noite a gente combinava o que ele iria pedir no dia seguinte. Um dia o Zé ficou doente e eu mesmo, do orelhão do restaurante da Ford Ipiranga resolvi pedir: "alô, já que vocês tocam tudo que a gente pede, não daria para rolar aquela música 'sun City' daquele grupo contra o Apatheid?", indaguei. "Sem problemas. A gente ainda não rolou, mas vai tirar da discoteca e por na programação. A que horas que você quer ouvir?", perguntou o atendente a rádio?". "Pode ser depois das 23h30? Porque aí deu tempo de toda a minha turma chegar da escola e ligar na rádio". "Ô, você é que manda, chefia.", disse a voz do outro lado, antes de perguntar de onde eu era, onde a gente estudava, etc."

À noite, no horário marcado, a 89 rola "Sun City", do United Artists Against Apartheid ("aquele monte da artista contra o apartheid"). Em seguida, o locutor abre o microfone e diz o nome da música, a banda e dispara:"essa vai pro pessoal do ABC paulista, da turma de 4º ano de Eletrõnica do Colégio Anchieta, em São Bernardo: o Marcos, o Zé e o caras, que vivem ligando para cá dando ótimas sugestões de músicas para gente rolar na programação. Valeu, galera do ABC".

Nossa, isso rendeu assunto pra mais de um mês no colégio. Só não superou a vez em que um certa candidata a deputada estadual, mulher do então prefeito, foi à escola fazer um comício disfarçado de palestra com cada uma das turmas dos cursos noturno. Mas isso eu conto em outra postagem. Cobrem isso de mim depois, ok? Ah, bons tempos em que se fazia rádio para os ouvintes, não?

Há vida inteligente no jornalismo do rádio?

Há sim. Diário da Manhã, com Salomão Schartzmann. em 60 minutos, a apresentador mescla crônicas, ensamentos, anotações, citações e informações exclusivas, com as principais informações dia e as músicas do vasto acervo da Rádio Cultura de São Paulo. Não é á toa que o programa é o que tem maior número de anunciantes dentro da emissora. Não que os demais programas da Cultura FM não sejam de boa qualidade, aliás, são de um nível acima da média e também mereceriam ser mais prestigiados comercialmente, nem que fosse só a título de incentivo. Mas duvido que cinco grandes empresas iriam se arriscar a veicular sua imagem a um programa com 25 mil ouvintes por minuto altamente qualificados, se ele não fosse tão bom, não é mesmo?

Apesar de tanta coisa ruim que há no rádio, Diário da Manhã é uma prova de que há muitas idéias simples e funcionais que ainda podem ser postas no ar. O que falta é gente que não tenha preguiça de botas seus nobres cérebros para funcionar.

Diário da Manhã
Rádio Cultura FM
Apresentação: Salomão Schartzmann
De segunda a sexta, 8h

Patrocínio: Visa, Rubayat, Telefonica, Semp Toshiba, Seguro Itaú

domingo, 21 de dezembro de 2003

...enquanto isso na 89,......

.... a auto proclamada "Rádio Rock" tocava CPM 22 (ou seriam os Detonautas). Isso é para eu largar a mão de ser besta. Só a anta aqui achava que a "Radiroque" iria por um especial do The Clash, Neil Young, Velvet underground, Iggy Pop & Stooges, ou até mesmo, um providencial Beatles - Let it Be - Naked, e quem sabe um especial de 4 horas com o melhor de rock progressivo ou de Jazz Rock, para combater a Brasil 2000 fogo com fogo. É pedir muito para os caras, né?

Já é uma dádiva muito grande eles terem um programa quase "divino" como o Tarja Preta e o a Vez do Brasil (muito embora, no caso desse programa, seja um grande mistério da culinária nordestina o fato de eles não rolarem as bandas que tocam nesse programa na programação normal) no fim do domingo.

Mas nem tudo é ruim pode piorar. Na Mix FM acabaram de passar aquela música das nuvens de algodão que os Engenheiros do Hawaii garvou para o Beto Guedes!!!!Ai, jisus!!!!!!

Especial do Zappa mal começou e já merece reprise

Alô, Kid Vinil!!!! Eu quero saber quando é que você vai programar a reprise do especial do Frank Zappa. Eu sei que ele ainda está no ar, mas já deu pra sentir que merece repeteco, ou, no mínimo, uma série de programas especiais. É pra esgotar o assunto e deixar a concorrência se mordendo de raiva por serem tão bundões e por não terem sido corajosos o suficiente como a Brasil 2000 para botar uma iguaria dessas no ar (se é que eles sabem quem foi Frank Zappa).

Pra quem ainda não acordou direito da macarronada da sogra e já está quase assistindo ao Gugu, desligue a televisão e ligue na Brasil 2000. LIGUE JÁ!!!!!!

Na absoluta falta do que fazer.....

Resolvemos transcrever o script de alguns programas de rádio. O primeiro "laureado" foi o programa Tambor, de Wagner de Paula, da rede USP de Rádio.

Se o caro leitor é estudante e ainda não sabe como se faz um roteiro é só dar uma olhada no do Wagner e de outros que a gente vai colocar em breve.

Entre em nossa Home page e clique em Roteiros, certo, mano?
Ou se você achar que é muito trabalhoso, clica aqui e entra direto.

Vichi.........

O post anterior saiu com caracteres estranhos, mas prometo que o Marcos Lauro vai consertar depois.....heheheheh

Não perca!!!!!! Ainda hoje em seu rádio

12h00 - São Paulo de Todos so Tempos - Eldorado / Estadão AM
12h00 - Enquanto a Bola não rola - Rádio Globo Brasil
19h00 - Terra Brasilis - Rádio Cultura FM de São Paulo
19h00 - Especial Frank Zappa - Brasil 2000
21h00 - Plug 700 - Eldorado Estadão AM
21h30 - Tarja Preta - 89 FM
22h00 - Rádio Corsário - Imprensa FM
22h00 - Get up - Jovem Pan Sat
23h00 - Barranco Underground - Punk Radio

Alguns desses programas podem ser ouvidos pela internet, através da nossa home page, cujo link está aí do lado. Não seja tonto e mande as dicas dos programas que vc costuma ouvir durante a semana e fim de semana, ok? Quem sabe a gente faz um grande roteiro com a rogramação de todas as rádios que a gente puder ouvir, não é mesmo?

Rede Universitária toca serestas e marchinhas

Um programa para relembrar a´Música Brasileira. Essa é a proposta do programa "Um jardim, um coreto: a música e a saudade", produzido pela equipe da Rádio USP FM de São Carlos que vai ao ar todos os domingos, às 8h, pela Rede Universitária de Rádio. A emissora pode ser ouvida em Real Player ou Media Player . Para quem não pode ouvir os programas no domingo, o site da emissora coloca à disposição dos internautas gravações dos programas anteriores que podem ser ouvidos a qualquer hora do dia no site http://www.usp.br/radiousp, ou por este link da Rádio Base, clicando aqui (bloco 1), aqui (bloco 2), ou aqui (bloco3).

sábado, 20 de dezembro de 2003

Escritor apresenta especial sobre Frank Zappa na Brasil 2000

A Brasil 2000 FM, de São Paulo, exibe hoje, às 7 da noite, o "Especial Frank Zappa". A apresentação é do escritor, ex- VJ e ex-radialista Fábio Massari. O programa relembrará a obra do músico americano, um dos mais importantes da história do rock, morto em 1.993. Se vivo estivesse, Zappa completaria 63 anos de idade neste domingo. Fábio Massari conhece toda a carreira do músico, que gravou mais de 80 discos oficiais e mais vários álbuns piratas extraídos de seus shows.

Programa de Ondas Curtas começa daqui a pouco

Qual a importância das ondas curtas frente à atuação das agências de notícias? A resposta você confere no programa "Nas Ondas Curtas da Guarujá Paulista", neste sábado, dia 20 de dezembro, às 2330 UTC, ou seja, às 21h30min, no horário brasileiro de verão, pelas tradicionais freqüências de 1550, 3235 e 5045 kHz. E tem muito mais: identificações de antigas emissoras do também antigo "bloco soviético", a programação em português e espanhol da Rádio Cairo, saudações a dexistas da Argentina e de outras paragens. A competente condução fica a cargo do Engenheiro Sarmento Campos, do Rio de Janeiro (RJ), e de outros membros do DX Clube do Brasil. Fique ligado nesta parceria exclusiva do DXCB e Rádio Guarujá Paulista, de Guarujá (SP).

Célio Romais
Coordenação do DX Clube do Brasil
Porto Alegre - RS


Ô, Célio, a Rádio Guarujá pode ser ouvida pela internet?

Vinhetas da Jovem Pan

Olá amigos da Radio Base, sou Jorge Ribeiro, tenho 18 anos e fico muito feliz ao ver posts como o de Edson Kadoya, que também é um admirador assíduo das vinhetas antigas do rádio.

Possuo algumas gravações da extinta Classic Pan FM (Nota da redação: emissora que foi ao ar há cerca de 4a nos na região da Baixada Santista, para transmitir uma programação no estilo adulto contemporâneo) e estarei enviando para vocês.

Sempre acesso o blog quando eu posso para ficar bem informado sobre o mundo do rádio e gostaria de participar também!!! No ano que vem estarei ingressando na faculdade de Rádio e TV, e pretendo conseguir o meu DRT também.

Parabéns pelo trabalho.
Jorge Ribeiro
São Paulo - SP



Oh, Jorge, legal que você tenha passado no vestibular. Parabéns.

Corre que ainda dá tempo

De ouvir o Plug 700 e tirar todas as suas dúvidas sobre informática. Entre no site da Rádio Eldorado Estadão AM.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2003

As aftas arden in Teresina?

Olá, Marcos e amigos da Rádio Base!

Segue endereço do site de uma emissora alemã, comentando sobre uma rádio no Brasil, A Rádio Pioneira de Teresina, no Piauíhttp://www.bnet-ibb.de/~teresina/rundfunk.htm

Um abraço,
Nilton Santos
São Paulo - SP


Não entendi nada que o cara da tal rádio alemã disse. Mas se estava elogiando, eu concordo.

Programa Kizumba Net de volta!

Não perca a volta do programa Kizumba Net, o primeiro programa de humor totalmente ao vivo da internet brasileira.
Ouça nesse sábado, a partir das 12h, vários quadros divertidíssimos e uma super entrevista gravada com a banda Ira!.
"Sintonize" a Rádio Fênix (www.radiofenix.net), entre no chat ou mande e-mails para ouvinte@radiofenix.net para participar do programa.
Até lá...


Marcos Lauro

quinta-feira, 18 de dezembro de 2003

A Vez do Brasil deste domingo

Na edição deste domingo, o programa da Rede Rádio Rock vai rolar as bandas Invasores de Cérebro, Take Me, Namastê, B Negão, Rhd, Sculk Patition Root, Cereal Killer, Glitter, Aviso aos Passageiros.

A Vez do Brasil rola todo domingo, às 23h30, na Rede Rádio Rock.
http://www.89fm.com.br

Atores globais enfrentam pagodeiros em jogo beneficente

No próximo domingo, dia 21, artistas e pagodeiros se unirão por uma causa nobre. Um jogo de futebol será realizado em prol de duas instituições beneficentes: Ação Cidadania e Ação Solidária do Câncer Infantil.

A partida contará com a presença de Henri Castelli, Márcio Kielling, Heitor Martinez, Rodrigo Faro, Fernando Fernandes, Carlos Bonow, Kadú Moliterno, Fábio Villa Verde, Harry (BBB), DJ Marcelo Kretzer, Salgadinho e dos grupos Art Popular e Sensação.

O ingresso será um quilo de alimento não perecível, que será doado para a campanha Natal Sem Fome, da Ação Cidadania. Camisetas da campanha Sou Pagodeiro estarão à venda no local. A renda será doada para a Ação Solidária do Câncer Infantil. O evento conta com o patrocínio de empresas como Linhas Aéreas Gol, Volkswagen, Axial Petróleo e outras.

JOGO: Artistas x Pagodeiros
LOCAL: Estádio Francisco Marques Figueira (Suzanão)
HORÁRIO: 16h
Mais informações: (11) 3814-2799

Novo site com gravações antigas vem aí

Olá, amigos da Rádio Base!

Comentando o email do Jorge Ribeiro, também sou admirador das vinhetas antigas da Jovem Pan2 FM, desde o início, em 1976 (apesar de eu ter 32 anos).

Em meu arquivo de fitas, que estou digitalizando, tenho gravações da Pan com algumas dessas vinhetas apresentadas no extinto programa "CLÁSSICOS DA PAN", que ia ao ar das 0h às 1h, de domingo a sexta em rede nacional. Saudades do programa, pois gravava-os quando podia. E quando tive que me ausentar do Brasil por um tempo, levei-as comigo na bagagem. É uma pena que algumas delas foram estragadas nesse periodo.

Uma das fitas mais raras que possuo, que aliás era do meu pai, é uma gravação de 1975 ou 1976, em que a Jovem Pan 2 estava em fase experimental. As músicas tocadas na época pareciam as que a Scalla FM coloca no ar (quem diria...) e a vinheta da época era assim: "50 mil watts de potência efetiva irradiada; Jovem Pan 2 FM Estéreo, Sao Paulo." Detalhe: a primeira frase era narrada no canal esquerdo com a voz do jornalista Antonio Alexandre e a segunda voz, no canal direito, se nao me engano, da jornalista Ana Maria Penteado.

Estou querendo preparar um site para divulgar esse acervo raríssimo do rádio brasileiro. Um grande abraço a todos!!!

Edson Kadoya
S. Paulo - SP


Legal, Edson. Assim que o site ficar pronto, nos avise, ok? Um abraço e obrigado pela audiência.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2003

Radiobrás em processo de restauração

Marcos Linhares, do web site Comunique-se

Na coluna do Cláudio Humberto, publicada nesta terça-feira (30/09), no Jornal de Brasília, numa nota intitulada "Surda e Muda", o jornalista diz que "rádio Nacional saiu do ar pouco antes do meio-dia de ontem, quando faltou luz em Niterói (RJ), pifando o transmissor. O gerador de energia está quebrado há anos: um novo custa R$ 22 mil, o conserto, R$ 7mil. A Radiobrás alega falta de dinheiro, mas investe pesado em marketing".

Procurado pelo Comunique-se, Paulo André, chefe de gabinete do presidente da Radiobrás, Eugenio Bucci, disse que a situação da Nacional AM, no Rio, é muito precária, "contudo, estamos num processo de restauração, tanto que assinamos um convênio no início do ano com a Petrobrás, que garantirá a reforma da emissora, assim como a compra e/ou conserto de equipamentos. Tudo num esforço pela restauração da rádio. Agora, infelizmente, não se consegue resolver todos os problemas do dia para a noite", lamentou.

Repórter da Bandeirantes é barrado no Grêmio

A Rádio Bandeirantes de Porto Alegre está revoltada com o episódio mais recente envolvendo seus profissionais e o Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense. Segundo a Band, a direção de futebol do Clube barrou profissionais da emissora em entrevista coletiva concedida pelo técnico Adilson Batista no Estádio Olímpico, no domingo à noite. O aviso de que o repórter Cristiano Silva e o cinegrafista Marcos Passos não poderiam ter acesso à sala de conferências foi dado pela assessoria de imprensa do Grêmio. “É mais uma retaliação do Clube, cujos dirigentes desde outubro passado têm se negado a participar de entrevistas na emissora, devido às críticas que os jornalistas da Band fizeram em relação ao mau desempenho do Clube no Campeonato Brasileiro”, declara nota divulgada pela Bandeirantes.

O diretor de futebol do Grêmio, Evandro Krebs, diz que “houve uma entrevista do técnico Adilson realizada na sala de conferências do Grêmio, uma sala reservada, para a qual convidamos jornalistas, e a equipe da Band não estava entre eles”. Segundo o diretor, a entrevista coletiva aconteceu em seguida, na sala de imprensa, e esta foi aberta a todos os jornalistas, inclusive da Band: “Nenhuma emissora foi impedida de entrar”. Em contraponto, Leonardo Meneghetti, diretor de Jornalismo da Bandeirantes, conta que a coletiva estava marcada há vários dias para as 18h, e que a emissora só pôde falar com o técnico depois de todos os outros veículos, às 19h.

A direção de futebol do Grêmio afirma que vem sofrendo críticas ofensivas dos jornalistas da Bandeirantes há muito tempo e por isso tomou a decisão de barrá-los na sala de conferências. “Eles já nos chamaram de irresponsáveis, pára-quedistas, incompetentes”, detalha Krebs. A discussão veio a público na semana passada, quando o vice-presidente de Futebol do Grêmio, Saul Berdichevski, declarou em entrevista ao vivo dada à Rádio Guaíba, no programa de João Garcia, presidente da Associação dos Cronistas Esportivos Gaúchos (ACEG), que as ofensas de profissionais da Band estavam indo para o lado pessoal, comprometendo sua credibilidade até como médico. Berdichevski disse que, se pudesse, gostaria não apenas de processar, mas de bater nos jornalistas que vêm fazendo as referidas ofensas.

Para Krebs, a postura do Grêmio em relação à Band só depende da emissora: “Se eles estão se sentindo prejudicados, nos procurem, estamos abertos para conversar e resolver conflitos existentes”. Ele conta que, ao longo do segundo semestre, o time teve contato com diversos veículos gaúchos para resolver divergências, e que a Band, no entanto, agiu de forma desrespeitosa com o Grêmio e seus dirigentes: “Procuramos a emissora em três oportunidades nos últimos 90 dias. Falamos com o Ribeiro Neto [coordenação de Esportes], com o Meneghetti, com o Bira Valdez [diretor-geral]. Eles não fizeram nenhum esforço para minimizar o conflito. O Grêmio tem a sua postura, eles têm a deles”.

Preocupado com a situação, o presidente da ACEG enviou correspondência ao presidente do Grêmio, Flávio Obino, na semana passada, solicitando esquema especial de segurança para a equipe da Band durante o jogo do último domingo, dia 14,entre Grêmio e Corinthians. A intenção de João Garcia foi proteger os jornalistas de uma possível reação da torcida gremista: “Somos a favor da livre manifestação, da liberdade de expressão e vamos tentar a pacificação entre a Band e o Grêmio”. Ele lembra que Obino é jornalista e já trabalhou em veículos e espera que a situação seja revertida, ou será necessário encaminhar o caso à Justiça. O diretor de futebol do Grêmio destaca que a equipe da Band não está proibida de atuar junto ao time: “Eles não foram proibidos de trabalhar no estádio, têm livre acesso para entrevistar os nossos jogadores, desde que se adaptem aos horários de atendimento de imprensa”, afirma Krebs.

Svendla Chaves E Fernando Reche, do Web Site Comunique-se

É cada idéia que me aparece...

O presidente do Corithians Paulista Alberto Dualib, rejeitou sugestão da neta, Carla, que trata das parcerias do clube. Ela queria que o seu avô defendesse publicamente que emissoras de rádio tenham de pagar pelos direitos de transmissão dos jogos, a exemplo do que já fazem as de TV.
O dirigente foi dissuadido da idéia por J. Hawilla. O empresário argumentou que é importante a visibilidade obtida pelos clubes por meio das transmissões, o que torna mais fácil conseguir patrocinadores.
Painel FC - Folha de S. Paulo - 15 de dezembro de 2003


Ah, Dona Carla, não faça uma coisa dessas com a gente não!!! Ficar queimando seu filme de graça assim não dá, né?

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Esse moça certamente não gosta de futebol e nem deve saber como ligar o rádio da sua casa, quiçá o que é rádio AM, a faixa que mais promove o futebol.

Mas não há de ser nada. Aqui na Rádio Base a gente explica rapidamente a ela o que acontece com a radiodifusão no Brasil. Se ela não entender, a gente desenha.

Olha, Carla, minha netinha, infelizmente, a maioria esmagadora das emissoras, ainda que tenham na transmissão do esporte bretão a sua principal fonte de renda, não têm 200 mil dólares para pagar em direitos de transmissão em um torneio futebolístico como uma Copa do Mundo, ou alguns milhares de reais para ter o direito de transmitir uma dessas dezenas de campeonatos feitos nas coxas que existem por aí.

Além do mais, eu tenho pra mim que, se não fossem as centenas de rádios espalhadas pelo país divulgarem e promoverem o nosso futebol, ele deixaria de ser o esporte número 1 brasileiro há tempos, apesar dos esforços contínuos de vários dirigentes de futebol.

Se o seu intuito é parar de promover o esporte, você deu a sugestão certa, dona Carla. Ainda bem que seu avô não lhe deu ouvidos, não é mesmo?(Marcos Ribeiro)

terça-feira, 16 de dezembro de 2003

A lista completa dos ganhadores do prêmio APCA

Clique aqui e veja na página da Associação Paulista dos Críticos de Arte todos os escolhidos para receber o prêmio da APCA, em festa que será realizada no dia 29 de março de 2.004, no Teatro Municipal de São Paulo.

Apresentador da Record critica gravadora de Roberto Carlos

O radialista Paulinho Boa Pessoa crititou a gravadora Sony Music em seu programa matinal na Rádio Record AM de São Paulo, na manhã desta terça-feira. O comunicador ficou irritado ao ser informado de que a empresa não entregara uma cópia do mais novo CD de Roberto Carlos para divulgação, como costumava fazer em anos anteriores. "É incrível como uma empresa deste porte despreza uma emissora tão importante quanto a Record. Será que é porque operamos em AM?", questionou Boa Pessoa. "Na edição de hoje do Jornal 'Agora' tem uma matéria falando da força do rádio AM nos dias de hoje", disse ele.

Um pouco depois, um funcionário da Record chegou ao estúdio dizendo trazer uma cópia oficial do CD de Roberto Carlos que, segundo o tal funcionário, teria sido comprado por ele mesmo em uma loja de discos. Só que, ao colocar o disco para tocar na técnica, o aparelho que reproduz CDs rejeitou a cópia. O apresentador perguntou ao seu colega se a cópia não era pirata e este afirmou categoricamente que não.

Paulinho Boa Pessoa lembrou aos ouvintes da "campanha" que ele faz há anos para que ninguém compre CDs pirateados, mesmo reconhecendo o alto preço dos discos originais, que não são vendidos por menos de 25 reais.

MPB FM apresenta programas especiais de fim de ano

A MPB FM (90,3 Mhz) está preparando os já tradicionais programas especiais de fim de ano, e para esse finalzinho de 2003 escolheu presentear seus ouvintes com homenagens a três grandes divas da nossa música. Trazendo seus grandes sucessos e entrevistas exclusivas, o primeiro especial, hoje traz Gal Costa. Dia 23 é a vez de Maria Bethânia e para fechar o ano Maria Rita, dia 30.

Os três especiais irão ao ar às terças-feiras, a partir das 16hs, no lugar do palco MPB FM, que dará uma pausa para as comemorações de final de ano e volta normalmente a partir de 2004. Para conferir outras atrações e promoções da rádio, basta acessar o site www.mpbfm.com.

APCA URGENTE! Sai os premiados do rádio em 2003

Nossos teletipos acabaram de receber o resultado da votação da APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte) que ocorreu agora à noite, no Sindicato dos Jornalistas.
Os premiados na categoria Rádio:

Programa de Humor - Na Geral (Rádio Bandeirantes)
Comentarista - Gilberto Dimenstein (CBN)
Programação Jornalística - Rádio Bandeirantes
Ação Social - Jovem Pan Contra as Drogas (Izilda Alves e equipe)
Jornalista Esportivo - Juca Kfouri (CBN)
Âncora - Zé Paulo de Andrade (Rádio Bandeirantes)
Variedades - Geraldo Nunes (Rádio Eldorado)


Quem votou:
José Paulo Lanyi (Jornalista - website Comunique-se e AllTV) - coordenador do juri
Mirian Ramos (Professora de Locução - SENAC)
Marcos Ribeiro (website Rádio Base)
Pedro Vaz (Professor Universitário)
Silvio Di Nardo (Jornalista Autônomo)
Eduardo Ribeiro (Jornalista - website Comunique-se)
Tobias Jung (website Rádio Agência)

A cerimônia de premiação será no dia 29 de março de 2004, no Teatro Municipal.

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Sinceramente, concordo com essa lista. O prêmio para o Na Geral e para o Zé Paulo de Andrade, principalmente, são merecidíssimos.
Agora é com você, leitor!!!
Você concorda com essa lista? Quais nomes você acrescentaria?
Mande e-mails!!

segunda-feira, 15 de dezembro de 2003

Paulistanos e paulistanas!

A Rádio Eldorado criou um site totalmente interativo para comemorar os 450 da cidade de São Paulo. Basta acessar o site e mandar sua história sobre a cidade para vê-la publicada. O endereço é www.sp450.com.

domingo, 14 de dezembro de 2003

Ouça aqui Bahia e Cruzeiro

Partida decisiva do Brasileirão 2003. Ouça pela Rádio Sociedade da Bahia usando a Real Player.

Ouça aqui Fluminense e Juventude

Partida decisiva pelo Brasileirão 2.003. Ouça pela Rádio Globo do Rio pelo Windows Media Player.

Ouça Grêmio e Corínthians

Partida decisiva do campeonato brasileiro de futebol: ouça em Real Player pela Rádio Guaíba ou pela Rádio Gaúcha de Porto Alegre.

Entre na nossa página de rádios ao vivo pelo Real Player

O ocaso da rádio (as emissoras paulistas são bregas?)

O rádio na marginalidade
Escrito em 9 de dezembro de 2003 por Isabel Pinheiro

Quem ouviu o rádio do Rio ouvia e não vai ouvir mais grande coisa. E o pior que isso não vale só para o Rio de Janeiro.

A diferença é que o rádio do Rio fazia a diferença. Desde 1995 a rádio Globo-RJ está uma droga. Para completar, o Marco Aurélio dá os CDs encalhados da Som Livre. O programa dele já é uma porcaria e ele se acha o máximo. Nos últimos anos a Globo-SP estava melhor do que a carioca, por incrível que possa parecer, embora paulista goste de breguice, eles estavam melhorzinho. Tendo o Rio melhores profissionais, disparado.

Mas, o que vai se fazer? O Antonio Carlos ganha R$ 80 mil por mês e não deve estar nem aí; ele é muito bom, mas ha anos o programa vem sendo levado com a barriga. O melhor da Globo-Rio hoje, fora a programação esportiva (que continua melhor do que a da Tupi, o Penido não é páreo para o Jose Carlos Araújo), continua sendo o Mário Esteves, que consegue ser bom mesmo em meio a mesmice.

A Tupi, aproveitando a grande audiência, deveria ousar e achar um substituto para o diferencial que foi o Doalcei Bueno de Camargo, e daí os esportes iriam às alturas, pois eles tem uns repórteres muito bons.

A Tupi está matando até o Apolinho. Outra chatice da Tupi: todo o dia é o mesmo tipo de programação, embora os comunicadores sejam bem melhores do que os da Globo, com exceção do Mário Esteves. Por que não lançar outro tipo de programação que pode ser até popular-popularesco, mas mais alternativo?

Tem um programa no Rio que eu acho muito bom, que é o Alô Daisy da Daysi Lúcidi (Nacional AM 1130). A Daisy continua sendo a tal, uma pena que os donos de rádio não estejam nem aí. É diferença por que a TV Globo sempre tem grandes patrocinadores e o rádio em geral perdeu-os para as TV.

Por pior canal de TV que se assista hoje, é bem melhor do que ouvir rádio. Olha que eu não sou telespectadora, dificilmente vejo TV, mas acho isso cada vez mais. O rádio não vai morrer, mas vai continuar na marginalidade. Pegando os profissionais que sobram da TV e dos jornais.

Isabel Pinheiro
Santa Maria - RS


Do Tributo ao rádio carioca

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Por que o rádio de São Paulo é brega? Por que tem comunicadores como Paulo Lopes e Paulo Barboza que, por sinal, fizeram muito sucesso no rádio carioca antes de virem para São Paulo? São Paulo é brega por que é sede de 13 redes de rádio? O rádio daqui é brega por que cobra dez vezes mais por um anúncio de 30 segundos? Por que o rádio de São Paulo é brega? Por que está no maior mercado publicitário do país?

E o que acontece no rádio do interior gaúcho? Será que dona Isabel sabe? Será que o rádio de lá é brega? É chique? Ou é mais fácil meter o pau na rádio do quintal dos outros (sem alusão ao horroroso programa noturno da Rádio Globo)?

E qual é o problema em ser brega? Ser brega é o mesmo que ter mau gosto? Cartas para redação, por favor (mesmo acreditando que nenhum ouvinte ou radialista paulista dificilmente vá discorrer sobre o assunto. Se o fizer, fico agradecido)!!!!!!

Serviços

Soulflyer
DJ especializado em "Hits Radios". Acerte na trilha sonora de sua festa, evento ou de sua casa noturna. Ligue para Fone (11) 9556-8861

102 FM de Caxias do Sul tem novo dono

A rádio 102.7 FM de Caxias do Sul que pertencia ao STC (Sistema Trídio de Comunicação) ja tem novo dono. A emissora que desde a saída da Rede Aleluia, no mês passado, estava gerando sua programação através de um computador e MP3, foi comprada pela RBS (Rede Brasil Sul de Comunicação), o maior grupo de comunicação do sul do Brasil.

Os valores da negociação não foram divulgados, tampouco o destino que o grupo dará a emissora em Caxias do Sul. Cogita-se a algum tempo a criação de uma nova rede de rádios na RBS, tendo como emissora geradora a Rádio Cidade (92.1 FM) de Porto Alegre. Pode estar aí a oportunidade para essa rede começar a se desenvolver, tendo sua primeira emissora em Caxias do Sul.

Rafael Ludke - RSRádios
www.rsradios.cjb.net
rafael@rsradios.cjb.net

As atrações da Vez do Brasil

Neste domingo, o programa a vez do Brasil traz o som das bandas Mastiff, Fulanus, Hats, Downbrown, Fistt, Baia e os Rockboys, Vilipêndio, Ponte Aérea, ou seja, tudo aquilo que a emissora deveria tocar ao longo da sua programação normal, mas não tem peito pra fazê-lo, apesar de se auto proclamar "rádio de rock". Além disso, o programa traz dicas sobre shows e abre espaço para divulgação das bandas dos ouvintes.

A vez do Brasil
Domingo, 23h30
Rede Rádio Rock
www.89fm.com.br

APCA escolhe os melhores de 2003

Segunda-feira, às 20 horas, os jornalistas da área de cultura e variedades se reúnem no Sindicato dos Jornalistas (Rua Rego Freitas, 530) para escolher as produções e os artistas que destacaram em 2003.

Os premiados nas categorias Artes Visuais, Cinema, Dança, Literatura, Música Popular, Música Erudita, Rádio, Teatro, Teatro Infantil e Televisão e receberão o troféu-escultura criado por Francisco Brennand para a APCA - Associação Paulista de Críticos de Artes, no dia 29 de março, no Teatro Municipal.


Eldorado muda de endereço

A decisão de tirar a Rádio Eldorado da Aclimação foi tomada há vários meses e está ligada ao processo de reestruturação pelo qual passa todo o Grupo Estado, proprietário da emissora. A Rádio Eldorado ocupará as dependências do segundo mezanino, no mesmo prédio onde já funcionam os jornais O Estado de S. Paulo e Jornal da Tarde, na Avenida Celestino Bourroul, no bairro do Limão, zona norte da capital paulista. Saiba mais detalhes na coluna De Olho na Aclimação, de Geraldo Nunes. (Sueli Amaral)

Radio novelas

Olá, meu nome é Wagner Domingues e trabalho na Rádio Educativa Sul Brasil, em Toledo. Gostaria de saber de vocês algumas informações de rádio novelas, por exemplo:

Vinhetas de aberturas das radio novela da época; como era feito, em fim tudo que for possível, e também sites para que eu possa pesquisar.

Meu e-mail particular é waninguer@bol.com.br.
Obrigado e aguardo respostas

Wagner Domingues
Toledo - SP

sábado, 13 de dezembro de 2003

PERGUNTA QUE NÃO QUER CALAR

O Kaká Siqueira está ou não está a cara do Ciro Cesar (da Radioficina)?????
Ou vice-versa, como preferir...

O negócio é não dormir no ponto...

É muito interessante acompanhar esse "movimento" que há entre as rádios, principalmente quando envolve esse tipo de competição saudável que notei e vou relatar.
Atualmente há duas regravações tocando muito nas rádios pop/rock: "Behind Blue Eyes", do The Who e regravada pelo Limp Biskit e "It's My Life", do Talk Talk e regravada pelo No Doubt.
Ontem, ouvindo a Kiss FM, notei que ela tem tocado com mais frequência as versões originais dessas músicas. Até Talk Talk, que é uma banda "one hit wonder" (de um sucesso só) dos anos 80 e não é lá a cara de uma rádio Classic Rock, está frequentando a grade.
Para quem pensa que uma rádio especializada em Classic Rock não tem como se renovar e competir com as rádios que tocam novidade, esse é um exemplo que mostra que essa rádio pode sim competir com as outras usando a inteligência.
Lógico que ainda falta a Kiss tocar mais músicas nacionais na programação, mas isso é outro papo...

sexta-feira, 12 de dezembro de 2003

TAXA DE ASSINATURA TELEFÔNICA PODE ACABAR

Ligue para 0800- 61 96 19 e solicite que o Projeto 5.476/2001 entre em
votação. Esse é o 0800 da Câmara dos Deputados, vc liga e fala que quer
deixar seu nome em apoio ao projeto 5476/2001 que acaba c/ a cobrança da assinatura dos tels fixos.

Este projeto modifica a lei nº 9472 de 16/07/97 e determina que a
estrutura tarifária dos serviços de telefonia fixa comutada prestada em
regime público seja formada apenas pela remuneração das ligações efetuadas (ou seja, só pagar pelo que vc ligou,sem assinatura!!!).

Este projeto está tramitando na "COMISSÃO DE DEFESA DO CONSUMIDOR NA CÂMARA". Quanto mais gente ligar, mais fácil do projeto ir à votação, portanto, liguem, divulguem. É interesse nosso.(W Station)

quarta-feira, 10 de dezembro de 2003

Nokia inaugura uma nova era do rádio

A gigante da telefonia móvel Nokia planeja lançar no segundo trimestre de 2004 o primeiro aparelho de "rádio visual", equipado com uma tela colorida que, além de exibir conteúdo variado e em tempo real sobre a programação e artistas, oferece várias alternativas de interação com o ouvinte/telespectador - seja na participação de enquetes e concursos, até compras de ingressos para shows e de músicas para a campainha de celulares.

O serviço de mídia Nokia 7700, demonstrado no site da fabricante, terá seu primeiro teste de mercado na Finlândia. A emissora Kiss FM iniciará os testes do serviço 24 horas no começo do ano, e o lançamento oficial coincidirá com a chegada dos novos aparelhos às lojas da Finlândia, no segundo trimestre.

Rede celular

Reidar Wasenius, gerente de projeto na unidade de mídia e entretenimento da Nokia Mobile Phones, disse ao jornal britânico Financial Times que o serviço da Kiss FM, transmitido em rede GPRS (general packet radio service) de 2,5G, será operado por uma empresa finlandesa ainda não determinada.

Os dados fornecidos pela estação, explicou, serão enviados a um servidor e redirecionados, no momento certo, aos usuários do aparelho 7700 sintonizados na emissora. Um serviço de boa qualidade exigirá a transmissão de cerca de 200 KB de dados por hora, explicou, o que significa que, para o usuário que ouvir uma média de 30 minutos diários, a mensalidade do serviço sairá em torno de 15 euros (US$ 18).

Wasenius também informou que a Nokia está desenvolvendo uma série de outros aparelhos de rádio visual, e que a tecnologia será disponibilizada a outros fabricantes. Para as emissoras de rádio, segundo ele, a grande vantagem da tecnologia será a receita extra gerada pela publicidade interativa. (MM Online)

Xerox vai ao rádio divulgar nova linha de produtos

A Xerox, marca que virou sinônimo de fotocopiadoras, vai lançar em janeiro uma campanha de marketing para anunciar seu novo slogan no Brasil: "Xerox Multi". Criada pela DPTO Propaganda e Marketing e fortemente focada em rádio, a ação tem por objetivo comunicar que a companhia tem equipamentos multifuncionais, que agregam tecnologias como impressão e fax, e não apenas copiadoras. O jingle da campanha será baseado na música dos Titãs, tudo ao mesmo tempo agora. O plano de mídia incluirá ainda TV e filmes para TV. O valor investido na campanha não foi divulgado.(MM Online)

Sábia decisão!!!!!!

terça-feira, 9 de dezembro de 2003

Vinhetas da Rádio Cidade

O leitor Eduardo Luis, de São Paulo, que saber onde pode ouvir as antigas vinhetas da Rádio Cidade de São Paulo. Entre em nossa Home page e clique nos Arquivos Sonoros 1. Há algumas vinhetas da Rádio Cidade paulistana. Em breve também colocaremos no Arquivo Sonoros 3. E também algumas vinhetas na página do Fábio Pirajá, cujo link recolocaremos em breve (assim que o acharmos).

Maria Lidia dá uma pequena lição de jornalismo no rádio

A boa do dia: a jornalista Maria Lidia, da Rádio Bandeirantes, encurralou o presidente da Câmara Municipal de São Paulo Arselino Tato, quando ambos conversavam a respeito das acusações de um vereador da oposição que disse no plenário daquela casa que a prefeitura usava métodos ilícitos para aprovar seus projetos ali. A Câmara pretende processar o edil acusador e cassá-lo. A certa altura da entrevista ela perguntou:

"Presidente, o senhor não acha que ao deixar de fazer uma defesa mais enfática da sua bancada, pelo fato de ser presidente da Câmara, não deixa margem à opinião pública pensar que pode haver mesmo os fatos que o acusador relatou? Se o senhor não diz que é tudo uma mentira, tudo uma bobagem, não dá a entender que as acusações podem ser verdadeiras, uma vez que o senhor não as contestou, e que logo pode ter um fundo de verdade?"

O vereador "subiu em cima do muro" e alegou não questionar o mérito por se considerar o mediador desse caso. Ou seja, deixou a apresentadora, e seus ouvintes, sem resposta. Pior para ele.

E ainda há quem tenha a pachorra de dizer que Jornal Gente é um programa jornalístico ultrapassado. Quem diz isso não entende coisa nenhuma de rádio.

Noticiário de Ondas Curtas

Panorama DX

- Edição integrante do boletim eletrônico do DX Clube do Brasil. Edição de 8 de dezembro de 2003. Por Célio Romais, de Porto Alegre, Brasil. Todos os horários mencionados são no Tempo Universal Coordenado. Edição enviada a título de divulgação do hobby do dexismo a emissoras e ouvintes em geral. Saiba mais, acessando: www.ondascurtas.com e http://radioescuta.aminharadio.com

BRASIL – Em 11925 kHz, a Rádio Bandeirantes, de São Paulo (SP), opera com um transmissor da marca Inbelsa, de 10 KW de potência. Está direcionado para o centro, Norte e Nordeste do Brasil. Na programação da emissora, destacamos o início da cobertura de verão, a partir de 11 de dezembro. É o projeto Férias de Verão, que vai contar com equipe de 30 pessoas. Trará sempre as condições das estradas, dicas de turismo, meteorologia e saúde. O projeto vai contar com frota de veículos nos principais pontos de congestionamento e com um helicóptero.

BRASIL – Em Tefé (AM), o dexista e biólogo Paulo Roberto e Souza informa que o sinal da Rádio Guarujá Paulista, que emite desde Guarujá (SP), pela freqüência de 5045 kHz, tem boa sintonia, na região, entre 0250 e 0330. A emissora está com uma promoção de Natal, também válida para os dexistas brasileiros. Para participar, basta enviar uma carta para a Guarujá, informando quais os programas que você sintoniza e como chega o som em sua cidade. No envelope, deves escrever: “Promoção minha carta vale uma bicicleta”. O endereço é o seguinte: Rádio Guarujá Paulista, Rua José Vaz Porto, 175, CEP: 11431-190, Guarujá (SP). Nos sábados, a estação abre espaço para o dexismo. É o programa Nas Ondas Curtas da Guarujá Paulista, às 2330, em 1550, 3235 e 5045 kHz.

BRASIL – De segunda a sexta, às 1930, a Rádio Aparecida, de Aparecida do Norte (SP), apresenta o Jornal dos Jornais. São irradiadas informações da política, economia, esportes e acontecimentos mundiais. A coordenação é da jornalista Andréa Moroni. Confira em 5035, 6135, 9630 e 11855 kHz.

BRASIL – Já faz algum tempo que não são escutadas as seguintes freqüências no Sul do Brasil: 3205 kHz, da Rádio Ribeirão Preto, de Ribeirão Preto (SP); 5955 e 15325 kHz, ambas da Rádio Gazeta, de São Paulo (SP), que retransmite a programação da Rádio Canção Nova, de Cachoeira Paulista (SP).

ALEMANHA – Vale informar que a DW ainda possui uma redação em português, produzida por brasileiros. Está somente na Internet. Quem acessar o sítio da emissora, poderá concorrer a 24 prêmios, por motivo do Natal. Conforme dica de Hailton Biancardine, de Rio das Ostras (RJ), o interessado deve clicar em uma janelinha onde aparecerá o prêmio ao qual concorrerá. Vamos lá? http://www.dw-world.de.

BÉLGICA VIA ANTILHAS HOLANDESAS – O que ocorre na Bélgica pode ser conferido na programação, em língua inglesa, da Rádio Vlaanderen International. Duas emissões, via transmissor em Bonaire, podem ser conferidas, na América do Sul, no seguinte esquema: às 0500, em 9590 kHz. Também às 2200, em 11730 kHz. As informações são de Adalberto Marques de Azevedo, de Barbacena (MG). Endereço para contato: Flanders Today, B-1043, Brussels, Belgium. E-mail: info@rvi.be.

CANADÁ - O Serviço em Espanhol da Rádio Canadá Internacional apresenta um programa especial de contestação das correspondências recebidas. É nos domingos universais, durante a transmissão de 0130 às 0200, nas freqüências de 9590, 9755 e 11865 kHz. As informações são de Adalberto Marques de Azevedo, de Barbacena (MG).

CORÉIA DO SUL VIA CANADÁ – Entre 1000 e 1100, a Rádio Coréia emite, em espanhol, para a América do Sul, via Sackville, no Canadá, pela freqüência de 9760 kHz. Na programação, diariamente, vai ao ar o Panorama de Notícias. De segundas a sextas-feiras, também apresenta o Comentário de Actualidad. Já de segundas a quintas-feiras, irradia o programa Corea A Diário, com informações de artes, cultura, sociedade e esportes, com duração de 25 minutos. Nas sextas, tem 40 minutos de duração. Ainda, nas segundas-feiras, é apresentado o espaço La Nueva Era de la Península Coreana. As informações são de Adalberto Marques de Azevedo, de Barbacena (MG).

DINAMARCA – Confirmado! Terminam no próximo dia 31 as emissões da Rádio Dinamarca, no idioma dinamarquês, em ondas curtas. A informação foi repassada a Leônidas dos Santos Nascimento, de São João Evangelista (MG), pelo responsável técnico da emissora, Eric Koie. Se você ainda não possui o cartão QSL da emissora, tenha pressa! A emissora aceita informe, em inglês, via e-mail. Portanto, escute e mande seu informe para: rdktek@dr.dk.

EGITO – Por ocasião do final e início de novo ano, a programação em espanhol da Rádio El Cairo convida os ouvintes para enviar reflexões sobre o Natal e Ano Novo. Os interessados devem escrever frases breves de, no máximo, 10 linhas sobre as referidas datas festivas. O trabalhado mais comovedor receberá um prêmio da emissora. O anúncio ocorrerá na primeira segunda-feira de janeiro. E-mail para participações: radioelcairoespa@yahoo.com.

ESTADOS UNIDOS – A Rádio Mundial Católica publica um boletim eletrônico com informações sobre estações de rádios daquela denominação religiosa em todo o mundo. Para assinar, escreva para: MikeD509@aol.com.

ESTADOS UNIDOS – Desde o início de dezembro, a Rádio Marti ampliou os blocos de noticiários, conforme informações do dexista norte-americano Dino Bloise.

FRANÇA VIA ÁFRICA DO SUL E GABÃO – Há uma emissão, em português, da RFI, via Moyabi, no Gabão, entre 1700 e 1800, pelas freqüências de 11955 e 12015 kHz. Outra é emitida das 2000 às 2100, em 11965 kHz, via Meyerton, na África do Sul. As informações são de Adalberto Marques de Azevedo, de Barbacena (MG). E-mail para contato: cartadeparis@rfi.fr.

GRÉCIA VIA ESTADOS UNIDOS – Desde Assis (SP), Denílson Garcia dos Santos indica a emissão da Foni Tis Helladas – Voz da Grécia, entre 2000 e 2200, em grego, como boa opção para ouvir músicas típicas daquele país. A programação “é quase inteiramente musical”, informa. A emissão é via transmissor localizado em Grenville, Estados Unidos, em 17565 kHz. Confira!

IRÃ – Última chamada para quem deseja participar do concurso promovido pela programação em espanhol da Voz do Irã! Vai até o primeiro dia do ano de 2004 o prazo para o recebimento dos trabalhos no oitavo concurso Fadjr. O tema é polêmico: “a política expansionista dos Estados Unidos”. Todos os trabalhos devem conter a bibliografia. Podem ser enviados tanto por correio clássico ou por e-mail. Anote as coordenadas: Servicio Exterior de la Voz de la República Islâmica de Iran, Redacción Española, Apartado Postal 19395-3333, Teherán, República Islâmica de Irán. Endereço eletrônico: spanishradio@irib.com.

IRLANDA VIA CINGAPURA – Em 7 de dezembro, às 1025, Jose Jacob ouviu, em Hyderabad, na Índia, pela freqüência de 15280 kHz, que as emissões da RTE Overseas estão, agora, na Internet e no satélite. Estão pedindo opiniões pelo endereço eletrônico: sw@rte.ie. As informações foram publicadas na lista de discussão do HCDX e repassadas à coluna por Leônidas dos Santos Nascimento, de São João Evangelista (MG).

SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE – O DX Clube do Brasil acertou intercâmbio de informações com o Clube DX-STP, daquele país africano. O sítio da referida agremiação é o seguinte: http://www.cstome.net/vitrina/dx.htm. As informações são de Antônio Carlos de Macedo Schüler, de Recife (PE).

SUÉCIA VIA CANADÁ – As informações sobre o que ocorre na Suécia você pode conferir na programação em inglês da Rádio Suécia. A emissora transmite no seguinte esquema: às 0230, em 9495 kHz; às 0330, pela mesma freqüência, via relay em Sackville, no Canadá. Ainda, às 1330, em 18960 kHz, com reprise uma hora mais tarde, pela mesma freqüência. A Rádio Suécia aceita informes de recepção por e-mail. Anote: radiosweden@sr.se.

TAIWAN – Está na roda mais uma promoção dos programas em espanhol da Rádio Taiwan Internacional. Desta feita, os interessados devem participar sobre o tema “10 eventos mais importantes de 2003 através do Estreito de Taiwan”. Todos os detalhes podem ser conferidos no sítio da emissora na Internet: http://www.cbs.org.tw. A dica é do Hailton Biancardine, de Rio das Ostras (RJ).





sábado, 6 de dezembro de 2003

Webradio estréia nova programação dia 15

A partir de 15 de dezembro, a rádio Fênix (www.radiofenix.net) estréia sua nova programação com locutores das principais FMs de São Paulo.
Apesar de transmitir aqui do Brasil, sua maior audiência está no Japão, pois a programação é totalmente voltada para os brasileiros que estão na terra do sol nascente. Em segundo lugar vem os Estados Unidos e o Brasil, em terceiro.
"A Missão da Rádio Fenix é oferecer um importante veículo de comunicação, entretenimento e marketing para a Comunidade Brasileira no Japão.", diz o site da rádio. Por enquanto, todos os anunciantes são do Japão.

Tema de fim de ano da Mix

Já está no ar o "Rock da Mix", tema de fim de ano da FM paulistana.
E aproveitando a ocasião, a rádio ainda lança uma promoção em cima da música.
Para concorrer a dois "Playstation II", basta anotar o nome de cinco artistas que estão no "Rock da Mix", acessar o site da emissora e preencher o cadastro. O sorteio é dia 23 de dezembro.

Revista da FM O DIA terá novos investimentos em 2004

Já está nas bancas a última edição do ano da Revista da FM O DIA. Para 2004, o Grupo O DIA de Comunicação pretende investir forte na publicação e ampliar seu quadro de funcionários. “A expectativa é de consolidação do produto e crescimento tanto no número de páginas - editoriais e comerciais - quanto de circulação. Esperamos chegar ao final de 2004 com uma tiragem de 100.000 exemplares por mês”, conta Mário Reis, superintendente de marketing do DIA.

Com 60 mil exemplares mensais atualmente, distribuídos para todo o Rio de Janeiro e Grande Rio, a revista tem superado as expectativas de venda - e de crítica também - nesses cinco meses de vida. Lançada em agosto, a nova publicação é voltada para o público da própria rádio FM O DIA (100,5 Mhz), líder de audiência entre as emissoras cariocas. Em clima bem natalino, os meninos do B’ROZ estampam a capa de edição mês de dezembro.

Festa do Garagem com discotecagem de Fábio Massari

Olá, amigos e amigas!

A última festa do Garagem, a nossa primeira festa no OUTS, foi um sucesso sem tamanho!Foi, sem dúvida, a festa mais quente de 2003!Mas nossa próxima balada no OUTS, no próximo dia 13, também promete
entrar para a história!

Além de um novo sistema de ventilação, teremos o lançamento oficial do
livro "Emissões Noturnas", do Fábio Massari, que estará no OUTS para
os autógrafos! E também lançaremos o CD "Let It Be... Naked", dos Beatles, com sorteio de discos. Tudo isso mais a discotecagem do pessoal do Garagem (Paulão e Barcinski) com o melhor do rock alternativo !

Essa é a melhor balada de rock de SP! Vai ficar de fora?
Mais detalhes no www.garagem.net

FESTA DO GARAGEM - 13/12 - Sábado - 23h
- Lançamento de "Emissões Noturnas", de Fábio Massari, que estará
autografando os livros no local
- Lançamento de "Let It Be... Naked", dos Beatles, com sorteio de CDs
- Telão com vídeos de rock

OUTS
Rua Augusta, 486
FONE: 3237-4940
Estacionamento com seguro em frente ao clube
Discotecagem: Paulão e Barcinski (Garagem) + DJ convidado surpresa
Porta: Espetacular Larissa
Censura; 18 anos
Preço: R$ 5 (entrada) + R$ 10 (consumação)
Apoio:
EMI
Circuito
Brasil 2000 FM (107,3 MHz) (www.brasil2000.com.br)
London Calling CDs (www.londoncalling.com.br)

A vez do Brasil neste domingo

DOMINGO (07/12/03)

ROLA A VEZ DO BRASIL, ÀS 11:30 DA NOITE

ESPECIAL COM AS BANDAS QUE PASSARAM PELA NOITE DA VEZ DO BRASIL NO MÊS DE NOVEMBRO. DURANTE TODO O PROGRAMA, VOCÊ OUVE DE FUNDO MÚSICAS INSTRUMENTAIS DE BANDAS INDEPENDENTES.

A VEZ DO BRASIL ROLA TODOS OS DOMINGOS

A PARTIR DAS ONZE E MEIA DA NOITE

NA 89 FM A RÁDIO ROCK (SÃO PAULO/SP), 103 FM A RÁDIO ROCK (SOROCABA/SP), 89 FM A RÁDIO ROCK (CAMPINAS/SP), CIDADE A RÁDIO ROCK (VITÓRIA/ES), 98 A RÁDIO ROCK (SANTOS), CANAL 889 DA DIRECT TV (BRASIL) E PELA INTERNET :

www.89fm.com.br

sexta-feira, 5 de dezembro de 2003

Entrevista com o Júlio Medaglia

Júlio Medaglia : "O Rádio revelou a cultura popular brasileira com vigor e criatividade"

Mal tive tempo de dar bom dia e ligar o gravador. O entrevistado da vez me cumprimentou e desandou a falar:

_'O Rádio está sempre presente... o Rádio foi, no Brasil, um dos exemplos de cultura popular brasileira que deu certo.... o Rádio revelou a cultura popular brasileira com tanto vigor e com tanta criatividade quanto a música e o futebol. Só os últimos anos é que o veículo virou uma máquina de fazer dinheiro e vender disco, então, realmente, acabou o chamado 'rádio de brodcasting', que era o rádio de produção. As emissoras tinham, em outros tempos, orquestras sinfônicas, tinham casts enormes de atores, locutores com vozes específicas, cada um com um timbre, cada um pra um horário... e também tinham corpos de redatores, novelistas... fora os sonoplastas deslumbrantes, que usavam só música clássica, quer dizer... o Rádio foi uma coisa riquíssima, uma das coisas mais maravilhosas que a cultura popular criou.'.

Deu pra ter uma idéia do papo quem vem por aí, né ? Quem sucede o tranquilão Afonso Braga aqui no nobre espaço de entrevistas do Rádio Agência é o maestro bom de papo, música e briga, Júlio Medaglia.

Enquanto prepara uma nova orquestra fora se São Paulo e espera pela conclusão das obras num teatro para 700 lugares no último piso do Shopping Frei Caneca, onde deve assumir a direção artística, o regente recebeu o RA em sua confortável casa, no bairro do Morumbi.

Em quase 40 minutos de conversa, Medaglia conta como começou sua relação com o veículo, entrega como viu bem de perto o começo do jabá, relembra a experiência no comando da rádio Roquete Pinto e, claro, alfineta com sua batuta afiada. Na mira: TV Cultura e OSESP.

Coloque um Schoenberg pra tocar no fundo e boa leitura.


RA – Agora que já testamos o áudio (e que teste !), vamos lá... eu fiquei sabendo que você começou a ouvir rádio na carona da sua mãe, enquanto ela ouvia as novelas...

Medaglia – Minha mãe sempre foi costureira, a vida toda. Ela tinha uma tabuinha, assim mais ou menos (mostrando o tamanho), de 1,5 m por 0,5m, que ela deixava em cima do joelho e ali ela fazia as costuras, o dia inteiro. A imagem que eu tenho da minha mãe é ela sentada ali naquela cadeira, fazendo as costuras dela... e a máquina na frente, pra quando precisasse. Mas sempre, sempre, o rádio ligado, naquelas emissoras que faziam o broadcasting, que tinham novelas durante o dia, shows, espetáculos...

RA – Era a TV da época, né ?

Medaglia – Só que era muito mais criativa. O povo brasileiro conseguiu entender mais do que os europeus – quando nasceu o rádio – que o som tem uma capacidade de mexer com a imaginação das pessoas muito mais do que a imagem da televisão o faz. Trabalhando com a sonoridade da voz e da música, você constrói na cabeça das pessoas uma imagem que a própria pessoa inventa. Eles dão aqueles subsídios, eles inventam uma sonoplastia, um tipo de locução e redação que faz com que você seja induzido a provocar a imaginação. Então, o Rádio é muito mais. A TV te anestesia, vem tudo pronto. Por isso dizem que o Rádio é o veículo quente e, a TV, o veículo frio. À primeira vista, essa frase não faz sentido mas, quando você entende o que ela quer dizer com isso, você vê que tem toda a razão. No Brasil, diferente do que aconteceu na Europa, as pessoas foram logo brincando com o veículo. Quando surgiu o Rádio na Europa, a primeira coisa que eles fizeram foi buscar Bethoveen, os grandes músicos do passado, os grandes literatos, para radiofonizar toda a velha tradição cultural européia. E com isso, o rádio passou a ser um veículo de outros veículos: do concerto sinfônico, da literatura, do cabaré... o veículo de algumas culturas sofisticadas. Nos EUA isso também ocorreu mas, no Brasil, não, o pessoal foi brincar com o veículo. Uma desfaçatez absoluta, irresponsável, típica brasileira. Eles foram lá começar a inventar, fazer efeitinhos, brincadeiras, sonoplastias e, como isso, foi criada uma linguagem radiofônica muito agressiva. Desde que eu era criança eu ouvia essas coisas... a minha mãe ficava com aquele rádio ligado e eu fui memorizando determinadas sonoridades e, quando eu fui estudar música, me dei conta de que os sonoplastas usavam o que havia de mais moderno no século XX: Stravinsky, Weber... compositores que, se você colocasse no (Teatro) Municipal, o público sairia correndo de lá ! No entanto a minha mãe, semi – alfabetizada, ficava ouvindo aquilo numa boa. O rádio era mais cultural do que o Teatro Municipal.

RA – Então, sem saber, a sua mãe ouvia os tais ‘artistas impopulares’ que você cita em um dos seus livros (Música Impopular, Global editora) ?

Medaglia – Exatamente. Os artistas impopulares no rádio eram populares, sem que o público soubesse. Existem trechos que tocam ainda hoje. Por exemplo: "Noite Transfigurada", de (Arnold) Shoenberg, que foi o cara mais vanguarda do século XX, incompreendido até morrer, hoje ouve-se um pouco mais da música dele. E tem um trecho dessa peça que, até hoje quando eu ouço, quando eu toco, vem a imagem da minha mãe ali sentada, fazendo costura, ouvindo aquilo. Toda essa música de vanguarda do século XX estava no rádio, que era, efetivamente, um veículo de vanguarda no Brasil.

RA – Em outra oportunidade, você disse ao RA que a boa música anda afastada dos meios de comunicação, inclusive do rádio. Isso sempre aconteceu ?

Medaglia – Não, não, não... pelo amor de Deus ! (enfático). No Brasil o Rádio sempre foi o veículo da boa música, opa ! Nos áureos tempos, quando a presença da televisão não era tão forte, você ligava as rádios e ouvia: Pixinguinha, Dilermando Reis, Altamiro Carrilho, Baden Powell, Paulo Moura, orquestras sinfônicas... as rádios tinham sinfônicas ! Arranjadores que faziam sucesso nas salas de concerto, com suas sinfonias... Radamés Gnattali, Guerra Peixe, Cláudio Santoro, eram compositores, grande músicos que faziam sucesso na música de concerto, escreviam para as salas de espetáculos do mundo inteiro e estavam fazendo arranjos todo dia pro Rádio ! Eu me lembro que os três maiores violoncelistas do Rio de Janeiro, Mario Tavares, que foi regente do Teatro Municipal muitos anos; Ibere Gomes Grosso, considerado o maior violoncelista brasileiro do século e Aldo Paisu, que é professor da universidade de Yale, nos EUA, eram os três primeiros celos da Rádio Nacional ! Ficavam lá tocando para a Angela Maria cantar... na realidade, as rádios tinham grandes esquemas de produção, muitos músicos e cantores da melhor qualidade. Francisco Alves, Carlos Galhardo... toda essa turma. Eram cantores sofisticadíssimos ! A Dalva de Oliveira era uma verdadeira Maria Callas da música popular ! Tinha uma voz, uma técnica vocal, que eu não sei onde ela aprendeu. Ela usava a voz como se tivesse estudado 20 anos no conservatório de Paris ! E esses artistas eram populares, quer dizer, o povo brasileiro adorava o que existia de melhor.

RA – E o que foi, digamos, estragando o rádio, a televisão ?

Medaglia – A TV foi se espalhando, crescendo demais... foi preciso produzir muito e muito depressa. Então, nessa correria toda de fazer o mercado da música mais rápido, mais profissional, mais barato e mais abrangente, aos poucos a qualidade foi ficando para trás em função da necessidade do mercado de consumir muito. Então os produtores, tendo pressa e não tendo paciência, faziam o seguinte: ‘Ah, o Cartola fez aquela música tão bonita, mas ainda não acabou... tá faltando um pedaço. Bom, vamos esperar mais uma semana, quem sabe semana que vem ele termina. Quer saber ? Deixa o Cartola pra lá ! Vamos pegar aquele cara ali, que fez um sambinha parecido com o dele e...’. Quer dizer, aos poucos, foi sendo substituído o talentoso pelo mais simples, pra se produzir mais depressa. Essa música ruim, que eles chamam de dupla caipira, que na verdade e um bolerão brega, pode ser muito romântica, mas é tão fraca, sem consistência musical, pobre, né ? Aí você esquece ela (a canção) logo, e é o que eles querem: uma música que você compre o disco, ouça no rádio, na televisão, faça um puta evento comercial e pumba, esquece no dia seguinte ! Isso é bom pra indústria, porque aí ela já põe outra. O Pixinguinha fez o "Carinhoso" 80 anos atrás e continua sendo cantado... isso aí não interessa, eles querem uma coisa que dure 8 dias !

RA – E como você lidava com tudo isso no período em que ficou à frente da Rádio Roquete Pinto, no Rio de Janeiro ?

Medaglia – Essa foi uma das experiências mais deliciosas da minha vida. Era uma rádio de funcionários públicos e, nada que é de funcionários públicos no Brasil funciona bem, né ? Então, o que eu fiz ? Mandei esse pessoal, uns 300 funcionários – se todos aparecessem ao mesmo tempo não caberiam na rádio – embora. O Rio de Janeiro, na sua velha tradição de cabide de emprego. Os políticos sempre pagavam suas dívidas políticas dando empregos para parentes, amigos e amantes... aliás, tinham umas gostosonas que eram as típicas mulheres que ganhavam cargos dando pra algum. Lembro de umas boazudas que eu tinha lá... mas enfim, o que eu fiz ? Selecionei 20 pessoas que gostariam de fazer uma rádio diferente. Falei assim ‘Vocês topam fazer um projeto novo ?’. Para os outros 280 eu disse: "Vocês vão assinar ponto na puta que o pariu, longe daqui ! Na secretaria de cultura, no Palácio do Governo... eu só não quero ver vagabundo aqui!". Aí eles adoraram, não precisavam nem aparecer na rádio. Eu não podia mandar embora, funcionário público é eterno, né ? Esses ficavam ganhando pra não atrapalhar. Então peguei os 20 que sobraram e contratei mais seis, que eram os meus assessores. Aí eu disse o seguinte: ‘Olha, pessoal... eu quero que vocês façam um levantamento os melhores programas radiofônicos do Rio de Janeiro.’. Ai eles saíram gravando os melhores programas do Rio, que eram excepcionais do ponto de vista de radiofonia criativa, com muito jornalismo agressivo.Tinha um programa chamado "Patrulha na Cidade" que era um barato: quatro atores faziam 20 vozes cada um e radiofonizavam os crimes. E eles eram tão geniais que o crime não tinha a menor importância, a radiofonização era tão sensacional que o público levava aquela farsa a sério. A sonoplastia era de um gênio chamado Formiga, ele fazia uma verdadeira ópera com uns 500 tipos de sons diferentes ! Aquilo foi uma das coisas mais geniais que eu vi na minha vida. Então eu peguei todos esses grandes modelos de rádio popular da melhor qualidade, pus um ao lado do outro, juntei a equipe e falei: "Minha gente, eu quero ver isto aqui agora, a mesma coisa, só que inteligente, feito por pessoas que tenham nível cultural, conteúdo.". Por exemplo: tinha um cara que fazia um programa matutino lá na rádio, que era sensacional, só que era um troglodita, mas fazia rádio melhor do que ninguém ! Aí eu perguntava: quem é o correspondente a esse cara que poderia fazer isso na nossa rádio ? Pensamos no Hugo Carvana ! O Carvana é um malandrão carioca, só que é um cara com bagagem cultural, ou seja, ele poderia fazer um programa semelhante ao popular, só que com mais informação, inteligência. E assim eu fui procurando em cada setor um representante. Inclusive, convidei o Big Boy, que era o maior DJ da época. Ele teve uma passagem memorável pelo rádio. Eu falei pra ele: ‘Você vai ser Big Boy aqui na minha rádio... eu vou falar com o pessoal da Globo, eles vão te liberar, só que aqui você vai ser o Big Boy da música clássica !". Ele levou um susto e disse: ‘Mas po, eu só conheço roqueiro !’. Aí eu falei: ‘Eu vou te dar os discos, todas as informações e você vai falar de Stravisnsky como você fala dos Rolling Stones !". E fizemos a experiência. Foi um barato. Ele falava com aquela mesma desenvoltura... então eu consegui manter a forma, maravilhosa, criativa dinamica e moderna do Rádio brasileiro, só que acrescentando um conteúdo melhor.

RA – E isso durou quanto tempo ?

Medaglia – Seis meses. Depois desse tempo as outras rádios começaram a tirar o meu pessoal ! Um deles foi ser diretor da Radiobrás, tá até hoje lá em Brasília...

RA – Foi em que ano mesmo ?
Medaglia – Em 75. Faz quase 30 anos.

RA – E você não tem vontade de repetir essa experiência em outra rádio ? Por que não tentou de novo ?

Medaglia – Porque não me deram oportunidade! Se eu pudesse pegar uma Rádio Cultura, uma TV Cultura, eu faria uma puta festa.

RA – Taí... porque a Rádio Cultura não tem tantos ouvintes quanto merece? Ou não merece ?

Medaglia – Porque tem alguns equívocos de programação. É uma gente muito séria e tudo mais, ela já esteve em décimo lugar. E a TV Cultura, que deveria ser um laboratório de pesquisa de linguagem televisiva, não é. Hoje, com as TVs a cabo, o público acima do nível da empregada doméstica já tem onde assistir uma televisão melhorzinha. O cara liga no cabo e pronto. A TV Cultura perdeu o sentido... se ela sair do ar hoje, ninguém vai perceber. Você tem um ou outro programa, como o "Roda Viva", sei lá o que mais... infelizmente. Ela deveria ser uma estação acima das outras, no sentido de ser uma provocação à TV brasileira. E para isso teria sentido gastar dinheiro público, fazer uma televisão que traga uma contribuição à linguagem do veículo... aí eu faria a mesma coisa que fiz na Roquete Pinto: um programa que tivesse a dinâmica de uma TV de boa qualidade, só que com melhor conteúdo. Pegaria o Boni e pediria que ele fizesse a televisão genial que ele sempre fez, só que com idéias.

RA – Por que as rádios de música clássica tem uma cara tão sisuda ? Os clássicos são assim carrancudos um é uma questão de imagem ?

Medaglia – Outro dia saiu no Estado (de São Paulo) uma reportagem sobre Kiri Te Kanawa cantando no Parque do Ibirapuera... ela é a maior soprano, a maior cantora viva no mundo inteiro hoje em dia. Custou uma puta duma grana trazer essa mulher pra cá ! Foi caríssimo ! Essa mulher só canta no Metropolitan, Carnegie Hall, no Golden Garden... de repente, ela estava cantando no Ibirapuera. E tinham 90 mil pessoas assistindo ! E não deixavam a mulher sair ! Aos berros o pessoal pedia pra ela voltar... aí ela voltou e cantou uma música. Se você coloca o caviar na boca das pessoas, o caviar musical, as pessoas gostam ! O que precisa é ter uma estratégia. Na realidade, o grande mercado musical prefere a coisa mais primária. É mais fácil você chegar e criar um tipo de sensacionalismo, como o Gugu Liberato, que colocou lá um cara encapuçado dizendo que era do PCC dizendo que ia matar um e outro... todo mundo liga, claro.
Qualquer chantagem que você faça dessa natureza, de provocar através do grotesco. Existem tipos de provocações que você pode fazer com o grosseiro, o vulgar, que as pessoas ligam pra acompanhar aquilo. E como a maioria da população não tem possibilidade de lazer, não pode ir ao teatro, cinema... então, pumba ! Liga a televisão, que foi comprada à prestação - e que assim mesmo custou horrores, encheu de grana os banqueiros - pode ir lá e ver alguma coisa. Como os meios de comunicação não têm nenhum controle – e eu não falo de censura - quando se consegue um bem público como esse, que se faça bom uso dele ! Quem faz um mau uso deveria ter a concessão cassada ! Mas isso não acontece. Monitorar não é censurar. Eu fui na sede do Silvio Santos (SBT), na rodovia Anhangüera, e fiquei embasbacado... como é lindo aquilo, putz ! É uma das coisas mais sofisticadas que eu vi na minha vida... a universidade da Califórnia não é tão moderna quanto os estúdios do Sílvio Santos! Você chega lá e um pessoal educadíssimo te recebe na porta e te coloca numa sala VIP com ar condicionado. Fora os jardins maravilhosos, a excelente comida do restaurante... aí você liga no ar e vê o Ratinho? O Gugu Liberato mentindo ? Aqueles programas grotescos... é uma pena que o Sílvio Santos não saiba fazer televisão. Em vez de ele dar pro Boni fazer aquilo "vai lá... brinca com isso aí e me dá uma grana de vez em quando !", ele ia ficar mais milionário do que já é. Ele não sabe fazer programação de televisão, o que a Globo soube.

RA – Então a lição da Rádio Roquete Pinto continua valendo, certo ? A música clássica precisa de uma embalagem mais moderna pra tocar em rádio ?

Medaglia – Isso. O problema é que, como a música clássica é uma coisa mais trabalhada na sua forma de expressão, as músicas são um pouco mais longas... o chamado rádio comercial não se interessa por ela, porque é um tipo de música que exige uma certa concentração dos ouvintes, tem que comprar o disco e ouvir mais de uma vez, começar a gostar... coisas desse tipo. A música popular, não. Você pega um cantor, uma mulher linda, a Sandy, bonitinha, com as suas coisas lá, vai no palco, canta... e a música acaba em dois minutos e meio, né ? Pronto, isso resolve o problema: a beleza melódica, o charme, etc. Em menos tempo você resolve o problema de sedução. Já a música clássica exige um certo cuidado... então, a indústria não quer saber disso. A indústria cultural quer vender e que você jogue fora o mais depressa possível, consuma e descarte. Essa é a grande filosofia. Agora, quando surge a oportunidade de alguém conhecer um pouco mais, acaba gostando, vê que não tem nenhum bicho de sete cabeças. Esses concertos que a gente faz em parques, de vez em quando, mostram que o público senta lá e fica aos berros, parece até show de Chitãozinho e Xororó ! Quer dizer, o público não é imbecil como acham os donos das gravadoras.

(Toca o telefone. O maestro pede uma pausa e vai atender à ligação.)

RA – Continuando... porque esse interesse só acontece em shows ao vivo ? É muito difícil transportar essa empolgação dos parques para o rádio ?

Medaglia – Eu acho que é possível. Se eu fosse diretor de uma rádio, começaria a colocar aos poucos esse tipo de música. Aliás, houve essa possibilidade uma vez... um grande empresário aqui de São Paulo queria comprar uma rádio e me deixar brincar com ela, ele já é dono de rádio. Eu propus a ele uma outra programação, e a minha idéia seria essa, fazer uma programação de rádio semelhante à Rádio Cultura, mas com outras características. Seria uma música clássica palatável, sem grandes vanguardas ou experimentalismos, uma música de boa qualidade, tranqüila e, de pouco em pouco tempo, notícias. Assim o público que tem um certo nível deixaria aquela rádio ligada o tempo todo e, de vez em quando, um cara falaria a cotação do dólar e coisas desse tipo. Assim acho que poderíamos seduzir ouvintes. A programação da CBN, por exemplo, que é uma rádio informativa e faz um jornalismo de excelente qualidade, é insuportável de ouvir ! Eles fazem sonoplastia de Jovem Pan, parece rádio pra teenager ! Um dia eu ainda vou contar quantas vezes entra aquela vinheta em uma hora, acho que mais de 500 vezes ! É uma atrás da outra ! Lá não precisa disso... o cara que vai ligar na CBN o dia inteiro, que precisa da notícia, não tá afim de aturar aquela gritaria em casa o tempo todo. Existem muitos projetos de rádios que poderiam ser feitos, mas eu não vejo nada acontecer. Ou eu vejo as pessoas tentando vender disco – aliás, tentando vender sustentados pelas próprias gravadoras, que tem até tabelas. Se você é dono de uma rádio, e quer por (uma música) três vezes por dia no ar, custa tanto, parece que 20 paus. Não sei quantas vezes já custa 80 (mil reais)... pra por na televisão custa 200, pra por no programa do Faustão custa não sei quanto...

RA – Então o jabá foi oficializado ?

Medaglia – O jabá é oficial. Eu me lembro que essa história nasceu na TV Globo, quando eles perceberam que o Chacrinha recebia grana por fora para divulgar músicas. A Globo percebeu e falou "Opa ! Se alguém tem que receber jabá que seja a emissora ! Vamos até dar uma parte pro Chacrinha...". E aí eles oficializaram o jabá, foi nessa época que eu me aproximei do Boni e falei: "A coisa do jeito que ficou assim, com as gravadoras pagando pra pôr no ar, toda a música brasileira vai ficar na mão das gravadoras... a televisão e a rádio estão perdendo a sua função de investigar a música, criar e popularizar artistas e deixar a gravadora vir por último e documentar aquilo".

RA – Sei... o jabá tirou a naturalidade do processo ?

Medaglia – Como as gravadoras foram crescendo, crescendo, crescendo, começaram a precisar produzir muito. Então, nessa velocidade de produção, ela tirou aquilo que havia na rádio antigamente. As rádios tinham contato através dos programas de calouros, pessoas que trabalhavam ali dentro traziam um outro convidado, iam inventando. Existiam programas de auditório – apesar de ter aquela figura da "macaca de auditório" – mas o auditório acabava aplaudindo mais um, menos o outro, havia um contato com o público. Não é uma coisa que nem hoje, que os caras ficam sentados num ambiente de ar condicionado inventando os monstrengos. Não, a coisa nascia naturalmente... ela saía do povo e chegava ao rádio e, através do veículo, se tornava popular. Depois vinha a gravadora e documentava. Esse era o processo. Eu falei isso pro Boni naquela época, me lembro até de ter feito um projetinho, o "Pedro Álvares Cabral – vamos descobrir o Brasil", eu falei pra ele: ‘Você faz tão bem televisão, como ninguém no mundo, e qualquer coisa que você faça dá certo... então, vamos fazer uma coisa de qualidade !". A idéia era ir investigando, procurando pessoas no Brasil, e a gente traria pra TV e começaria a criar os ídolos, os novos cantores, compositores... infelizmente isso não aconteceu e tudo ficou na mão das gravadoras. Aí as gravadoras passaram a ser donas da música. E como elas não podem pagar pelo horário noturno, a televisão não põe música no ar há quase 20 anos ! No horário nobre não tem música... os últimos programas foram em 1985, 86, como Chico & Caetano, não tem mais Globo de Ouro, nada.

RA – Tirando um especial ou outro...

Medaglia – Um ou outro... aí juntam um patrocinador daqui ou dali, todos ganham uma puta grana e botam lá Sandy & Jr no ar. Agora, essa dinâmica acabou... tanto é que, quando tentaram implantar um festival, criaram aquele em... acho que 2001, e acharam que artificialmente eles poderiam recriar o interesse pela música na televisão. No dia seguinte ninguém mais lembrava ! Nem a música que ganhou as pessoas sabiam ! A coisa não penetrava nos meios de comunicação, nem as músicas vencedoras...

RA – E como é o Medaglia radialista, que já está há 17 anos no ar (programa Tema e Variações, Cultura FM)?

Medaglia – Eu procuro fazer um programa onde, com algumas poucas frases, motive as pessoas a ouvir a música que vem logo em seguida. Procuro não encher o saco, ser curto e grosso e provocar alguma inquietação, pra que o cara quando ouça saiba que ali tem alguma coisa interessante pra ele ouvir. No final faço um pequeno comentário, alguma provocação e, às vezes, eu deixo sair umas faíscas, né ? Tem tanta porcaria aí vendendo no Brasil de hoje – e na Europa também. Você liga o rádio na Europa e é uma porcaria que dá até pena. Antigamente, as rádios estatais tinham programas de música clássica. Como eles não tem cultura popular, a música clássica lá é melhor. A música popular deles consegue ser pior do que a nossa 20 vezes ! É de morrer de rir ! Eu fui agora fazer uma conferência no sul da Alemanha, depois fui pra Berlim... como eu tinha uns dias livres, pensei: ‘bom, vou alugar um carro’ e fui, devagarzinho, subindo pela Alemanha, visitando uns amigos.. e não foi possível deixar o rádio ligado durantes esses dois dias, tanto era a porcariada que tocava. Era só lixo. Até os programas de música evangélica daqui são 500 vezes melhor ! Voltando ao programa, vou pontuando para que o ouvinte possa ouvir com um pouco mais de interesse. O público da Rádio Cultura é qualificado por natureza, que já gosta desse tipo de música: publicitários, engenheiros, advogados... gente que quer um som agradável no seu escritório. Aí eu chego e digo algumas poucas coisas e tal, nada de revolucionário. Só de vez em quando eu faço umas entrevistas no programa de sexta – feira.

RA – Nós já demos aqui no RA a notícia (leia leia aqui) de que você vai assumir a direção de um teatro no Shopping Frei Caneca, com inauguração prevista para janeiro de 2004... ele vai receber o mesmo tratamento de luxo que foi dado à Sala São Paulo ?

Medaglia – Não, não, não...

RA – É que a Sala São Paulo custou caro, né ?

Medaglia – Mas não é só esse o problema. É que a OSESP (Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo), que é a melhor orquestra que já se fez no Brasil, toca para aqueles assinantes que se sentem donos da orquestra, mas quem não é (assinante) tem que pagar uma nota pra entrar. Essa orquestra vai tocar na Alemanha, mas não toca em Jundiaí, pô ! O cara que paga imposto, que deveria poder ver a orquestra na sua cidade, não vê. Agora, o cara lá na Suíça, vai ouvir a orquestra ! É uma loucura, entre outras loucuras dessa orquestra... mas fazer o que ? Ninguém acha ruim... os jornalistas, que estão aí pra criticar, não criticam. Eu não posso falar.

RA – Então vamos lá: quais são as loucuras da orquestra ?

Medaglia – Uma porção de coisas... eu não posso falar. Como eu teria interesse em ter a OSESP na minha mão, as coisas que eu poderia denunciar vão dizer que é despeito meu. Vocês (jornalistas) que investiguem isso lá... tá cheio de loucura ali dentro, uma série de coisa. Mas o que eu vou fazer ? Pagar 35 mil dólares pro maestro ? Onde é que tem isso ? O salário do maestro é mais do que ganha a orquestra da Rádio (Sinfonia) Cultura inteira ! Enfim... e outras coisas que eu não posso dizer, porque é a minha área e, se um dia me convidarem pra dirigir essa orquestra ou outra eu vou fazer um trabalho... e não se faz nada destruindo o trabalho dos outros.

RA - Mas esses desafios você está pronto pra topar ? Dirigir uma rádio, assumir uma orquestra...

Medaglia – Claro, qualquer coisa ! Eu to com um projeto agora de fazer uma grande orquestra fora de São Paulo, que vai correr o Brasil inteiro levando a música de altíssima qualidade, fazendo concertos populares e, onde os músicos passarem, vão dar aulas aos músicos da região. Isso é gastar dinheiro público com coerência. A OSESP custa uma puta de uma grana e aqueles cinco mil assinantes que freqüentam a sala são os donos da orquestra. O Estado gasta não sei quantos milhões só para aqueles caras ! O cara que mora em Bauru e pagou imposto não vê a orquestra. Mas em pouco tempo o Brasil vai ter uma nova sinfônica, e com idéias. Uma orquestra deve ser uma usina de idéias, provocar a vida cultural da cidade... pode fazer música para filmes, óperas, concertos populares e até para rádios. Estou pronto para o que der e vier, mas eu não tenho muitos aliados, as pessoas não gostam de trabalhar comigo... porque eu sempre quero colocar idéias, provocar, e os políticos não querem tumulto na área deles. E não dá pra fazer omelete sem quebrar ovos, né ? (Rodrigo Rodrigues, da Rádio Agência)

quinta-feira, 4 de dezembro de 2003

Bandeirantos com tudo!

A Rádio Bandeirantes ganhou prêmio da Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de São Paulo, a Aceesp, como melhor rádio esportiva. Este é o segundo ano que a emissora ganha o prêmio tornando-se bicampeã na categoria.

Da equipe do "O Fuxico"
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Ontem, no programa Na Geral, as congratulações já estavam sendo dadas à equipe.
Parabéns pelo prêmio!

Cantor acusa FM carioca de cobrar jabá na cara dura

O cantor Wanderley Cardoso, em entrevista ao programa "Te vi na TV", da Redetv, disse que há 3 anos atrás procurou teria procurado um diretor da Rádio Nativa FM para divulgar uma música de seu CD chamada mornago do Nordeste, que na época havia sido gravada por mais 3 artistas populares. O tal diretor teria dito a ele que, para tocar sua faixa de trabalho, Cardoso teria de dar-lhe um carro zero quilômetro, aparelhos de CD e outras coisas mais. Caso o cantor quisesse também que a música fosse veiculada na matriz da rádio, em São Paulo, o valor aumentaria. Achei um absurdo!!! Isso é Jabá ou não é? Se a emissora faz isso, o que não é nada difícil, a mesma deveria ter sua concessão cassada, não acham?

Henrique Gallo
Belo Horizonte - MG


Calma, Henrique, você anda muito estressado!!!! Quer um chazinho? A gente sabe que a maioria das FMs do eixo Rio - São Paulo usam e abusam do jabaculê. Mas, infelizmente, o depoimento do Wanderlei Cardoso não prova muita coisa. Você sabe o nome do diretor que ele acusa de praticar o Jabá? Você não acha meio estranho o funcionário de uma rádio franqueada ofereça para tocar uma música em outra praça ao qual ele não tem nem acesso? Por que ele pediria um carro zero em vez de dinheiro? Não levantaria suspeitas do fisco? Não seria mais fácil a gravadora dele entrar em contato com a direção da emissora e oferecer algum esquema de promoção mirabolante - com nota fiscal e tudo - para escapar da malha da receita? Será que uma jabá desta forma seria oefercida para uma gravadora pequena? E por que só agora Wanderlei Cardoso contou esta história?

Agora, Henrique, tente se colocar no lugar do "jabazeiro" para tentar entender o mecanismo. Você seria "ingênuo" o suficiente de cobrar jabá de um cantor calejado com esta história de gravadora-rádio-divulgação e que também não costuma ter papas na língua, nem de engolir arroz mal feito? Por que ele foi pedir para tocarem a música e não a gravadora dele? Certamente porque a gravadora é pequena ou é um selo dele próprio, não é mesmo? Se fosse o caso, você pediria e este artista um carro e um monte de coisas que ele não teria a menor condição de lhe dar, caso topasse a trapaça? E como é que você cobraria jabá de uma emissora sobre a qual você não tem o menor controle para um artista "macaco velho" (no bom sentido)? Você acha que ele não iria desconfiar da proposta?

O pessoal que faz parte do esquema do Jabá nas rádios pode ser tudo, menos burro. A "payola" é uma prática para lá de sofisticada e envolve altas verbas promocionais. Pode ser que em um canto ou outro a coisa seja meio tosca, na base de corromper índio com espelhinho, isto é, oferecer "presentinhos" para o programador, produtor ou algum funcionário menos graduado da rádio. MAs isso pode ser uma exceção.

Da forma que Wanderlei Cardoso expôs o fato que teria ocorrido, deixa muitas dúvidas no ar, não exatamente contra ele, mas quanto a história relatada. Assim, fica a palavra dele contra a da rádio.

De qualqur maneira, você tem razão ao dizer que o jabá é deplorável, embora ainda não seja crime praticá-lo. O debate mal começou. Ainda bem que este blog saiu na frente. Creio que estamos muito longe de resolvermos esta pendenga, se é que ela tem solução em um país como o nosso. No entanto, não custa tentar, não é mesmo? Um abraço.