sábado, 19 de julho de 2003

Record AM clona Record TV
Magaly Prado
Da Folha Online

Fiquei ouvindo a "nova" programação da Record AM esta semana. Nada de muito novo. Entraram alguns comunicadores que vieram da TV. E levaram também aquele estilo meio de denúncia, com tom indignado e no pique de programas como o "Cidade Alerta" da TV.

Ricardo Capriotti, pela manhã, das 7h às 8h, não é mal, porém é do tipo televisivo. É jornalismo, notícias principais do Brasil e do mundo, muito sobre o futebol, e o que o rádio sabe melhor fazer: trânsito na cidade e movimentação nas estradas.

No horário do almoço, outra dose de jornalismo com Eleonora Paschoal e Ulisses Rocha, também nada contra os repórteres. São também televisivos com entonação dos programas sensacionalistas. Mas, bem que poderiam deixar espaço para os radialistas, hein?

Cristina Rocha vem na sequência. Ela segue a linha mais popular como faz há séculos Paulinho Boa Pessoa na frequência 1.000 pela manhã. Conversa com o ouvinte, com o artista convidado, quer dizer, pelo que senti, ela fala sem parar, meio rápido, de um jeito ansioso, acho que acaba deixando o ouvinte cansado. Eu fiquei. Mas ela não foge do estilo dos comunicadores populares, só fala de forma exaltada demais.

Acho que a Record pela tradição que tem, poderia caprichar na programação e incluir nomes de peso aliado a novos comunicadores com idéias diferentes. Resta o Cacá Rosset a incumbência de fazer algo de diferente no AM. Vamos torcer!

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